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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Carta a um amigo cineasta

Meu querido irmão de muitos anos Noilton,
vi uma vez parte do seu documentário euclidiano e com essa notícia de um longa metragem sobre o mesmo tema, ou ficção, talvez, eu gostaria de lhe pedir uma profunda atenção a contradição dialética do ente real, no presente, documental, e o que se pretende com o futuro, esquecido, ausente hoje nas artes de um passado esquecido, utópico sendo transformador, revolucionário,que elevando, em todas as contradições sociais, em todos os tempos, em todas as lutas de classe, em todos os sentidos do homem latino-americano,eternamente colonizado, aqueles que querem não só ver mais ter visões, como eu acho que tem um cineasta que trabalhou com o teatro oficina, que filmou o rei da vela, que é na certa oswaldiano, deva ter para esse complexo de informações de um povo que vê um artista sensível como você que quer trabalhar, que precisa saber o drama euclidiano que desvendou a grandeza e a miséria brasileira, deve, ao meu ver, ser sentidas em um filme de autor, independente, experimental e político, tal qual uma caravana que pretende desvendar a terra de abruptas escarpas habitada por um povo que tem a sua gênese em todas as contradições da mistura de todas as raças e que hoje está impregnado pela ignorância neoliberal globalizante de suas elites.
Só a partir de uma edição primorosa de todos os registros do caminho, inovadora em tudo aquilo que se quer propor, pode ter alguma coisa de novo.
Nada é mais importante para o povo brasileiro do que um filme que resgate sua identidade geopolítica em uma perfeita e musical edição de toda a sua cultura.
Esperando não ter me excedido receba um grande abraço do amigo distante

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