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terça-feira, 30 de outubro de 2012

UM NOVO MERCADO PARA O CINEMA INDEPENDENTE DO BRASIL


Informações completas sobre os novos canais de exibição do audiovisual brasileiro. 

 

Aprovada há mais de um ano, e regulamentada em junho, finalmente, passou a
valer, a partir do último setembro, a Lei 12.485/11, mais conhecida como Lei
da TV paga. Visando um público de mais de 14 milhões de assinantes, o setor
audiovisual está em ebulição. Mudanças previstas agora começam a tomar forma
e a previsão é de enorme crescimento. Uma das medidas responsáveis por isso
é a instauração dos chamados "canais brasileiros de espaço qualificado",
canais que exibem programas ficcionais e documentários brasileiros na maior
parte do horário nobre.
Recentemente, a Ancine publicou a lista dos canais de espaço qualificado,
atendendo a algumas particularidades da legislação. A lei determina que, em
todos os pacotes de assinatura ofertados, a cada três canais de espaço
qualificado, um deve ser brasileiro, tendo como limite máximo 12 canais
brasileiros de espaço qualificado. Desses canais, ao menos dois deverão
veicular, no mínimo, 12 horas diárias de conteúdo audiovisual brasileiro,
produzido por produtora brasileira independente, três das quais em horário
nobre. Quatro canais foram habilitados nesta categoria: CineBrasil TV, Prime
Box Brazil, Curta! O Canal Independente e Canal Brasil, sendo que apenas o
último não pertence a uma programadora brasileira independente – no caso, a
Globosat. "Esses canais são os que farão a diferença para a produção
independente. Os outros mais facilmente ficarão numa terceirização de sua                                                                                                        produção própria", afirma a diretora geral do CineBrasil TV, Tereza Trautman.                                         
 Tereza Trautman: "Os canais brasileiros independentes estão numa sinuca,de um lado o conteúdo, que vem a ser o seu insumo principal, disparando depreços, e de outro as operadoras querendo o canal grátis" A mudança e a necessidade de cumprir as cotas vêm sendo festejadas pelosetor, porque permite a funcionalidade de uma emergente indústriaaudiovisual brasileira. Mas nem todos veem assim. Trautman crê que a Ancinecometeu um grande erro ao referendar o autocredenciamento dos próprioscanais dentro dos regimentos – ou seja, quem diz se o espaço é qualificado eaonde se encaixa na lei é o próprio canal. Segundo Trautman, vários dessescanais tidos como espaço qualificado não obedecem à lei. "Isso criou falsasexpectativas no mercado que agora pretende a classificação desses canais,pelos quais nada ou muito pouco se paga, para o cumprimento das cotas decanais, e desta forma diminuíram ainda mais os parcos centavos por assinanteque as operadoras se predispunham a pagar pela veiculação dos verdadeiroscanais das cotas. Ou seja, os canais brasileiros independentes estão numasinuca, de um lado o conteúdo, que vem a ser o seu insumo principal,disparando de preços, e de outro as operadoras querendo o canal grátis. Éuma conta que não fecha", lamenta.A autodeclaração funciona quase como um voto de confiança nos canais, masa diretora colegiada da Ancine, Vera Zaverucha, garante que haveráfiscalização e haverá mudança no credenciamento se for o caso. "Afiscalização será feita com base nas informações que os canais estãoobrigados a nos fornecer", explica.Produção independente e mudanças no FSA "As cotas, como em outros segmentos, são apenas um fator impulsionadorpara uma indústria sustentável. Em países como o Canadá, por exemplo, issofuncionou perfeitamente, e hoje aquele país tem uma realidade sustentável.Portanto, além de maior visibilidade ao conteúdo nacional e um incremento deinvestimento no setor, certamente a lei beneficiará a atividade de produçãode conteúdo audiovisual como um todo. Este primeiro impacto foi muitopositivo. Algumas programadoras já haviam obtido excelentes resultados com aprodução independente brasileira e, com a lei, esta relação ficou mais clarae direta, houve um amadurecimento do setor", comenta Marco Altberg,presidente da ABPITV (Associação Brasileira de Produtoras Independentes deTelevisão). "Com a regulamentação, esperamos um equilíbrio daspossibilidades entre a produção de conteúdo dos canais por assinatura jáexistentes e os novos que serão criados. Quanto à criação de uma indústriaaudiovisual, essa responsabilidade não deve ser atribuída unicamente à TVpor assinatura, por ser este apenas um segmento importante e em francocrescimento", complementa.Marco Altberg: "Com a regulamentação, esperamos um equilíbrio daspossibilidades entre a produção de conteúdo dos canais por assinatura jáexistentes e os novos que serão criados"O aumento da demanda por produtos para cumprir as cotas diversas já vemsendo visto desde a aprovação da lei no ano passado e cada vez é maior."Temos sentindo um grande e natural aumento na busca de conteúdo por partedos canais. Esta procura se dá em dois sentidos: busca por conteúdo jáexistente, no qual estamos conversando com o mercado sobre projetos, como aminissérie 'Natália', os documentários 'Amores Expressos' e 'Histórias doRio Negro', além de longas-metragens como 'Natimorto' e 'Amanhã Nunca Mais',e produção de novos conteúdos, que já estamos negociando", conta PauloSchmidt, sócio do Grupo INK, que já trabalha em cinco novas séries, "OVigilante Rodoviário", "Destemperados", "Adorável Dora", "Santa Teresa" e"Zona Lost". Visando promover o desenvolvimento audiovisual de quem está tentando seafirmar na área, mas não tem tanta experiência, a regulamentação do FSA(Fundo Setorial do Audiovisual) prevê dois indutores: para produtorasestreantes e para estados da federação que não tenham sido contemplados naseleção inicial do edital de produção. Pela sistemática, cinco projetosserão de diretores estreantes e cinco para produtoras sediadas em estadosque não tenham tido projetos contemplados dentre os 30 selecionados. Ouseja, ao todo serão 40 projetos contemplados, com 10 obedecendo à regra deindução.Paulo Schmit: "A lei foi sábia em prever a possibilidade de recursos parafinanciar parte destes conteúdos que cumprirão cota de produção nacional"Um dos medos dos produtores – e do público – é a reprise excessiva doconteúdo brasileiro, desgastando-o – assim como costumam fazer com osprodutos estrangeiros –, especialmente buscando cumprir a cota semdesembolsar um pouco mais. "Não acredito que as programadoras façam reprisesexcessivas apenas para cumprimento das cotas. Temos que lembrar que oespectador tem o controle remoto na mão e que caso haja abuso nasrepetições, bastará mudar de canal. Desta forma, a diretoria optou por nãoregular o número de repetições permitidas, mas restringiu o tempo em que aobra poderá ser utilizada para cumprir a cota", explica Vera Zaverucha oporquê das reprises não serem normatizadas.A maior demanda de produtos pelos canais não tem como propósito aumentaros bolsos das produtoras e sim tornar possível que mais pessoas sobrevivamdo audiovisual, fazendo com que o mercado absorva mais profissionais, sejamtécnicos ou criadores de conteúdo. "As produtoras terão que estar prontaspara atender a uma grande demanda dos canais e isso envolveprofissionalização do mercado, tanto do ponto de vista de profissionais,quanto à estrutura e equipamentos prontos para suportar o aumento degravações. É necessária a criação de novos empregos para reforçar um mercadoque hoje é limitado e que, atualmente, os profissionais que dirigemprogramas de TV são do meio publicitário. Estamos falando de um verdadeiroboom de pessoal e estrutura. Aqui na casa, damos bastante atenção a novostalentos que nos procuram e mantemos profissionais criativos voltados apensar novas e interessantes possibilidades para as emissoras. Talentosescondidos serão revelados", pontua Paulo Schmidt.Produtoras aumentam custos de produção e licenciamentoA ideia é, também, que a maior demanda e o fluxo contínuo de projetosdiminuam os custos de produção desses novos produtos. "Está aberta atemporada de caça, ou seja, há uma possibilidade de negociação aberta parase chegar num ponto de equilíbrio entre o desejo da emissora e o daprodutora. Não creio que haverá um encarecimento na produção. Isso seriamuito ruim, pois em São Paulo já temos um alto custo de produção, emcomparação a outros estados e, principalmente, países vizinhos", comenta ocineasta Rubens Rewald, presidente da APACI (Associação Paulista de Cineastas).Rubens Rewald: "Antes de qualquer ação específica, temos que ver como osprodutores e realizadores de São Paulo irão se movimentar nos próximos meses""O desafio é que os produtores consigam propor modelos de negócio queatendam aos limites de investimento das programadoras independentesbrasileiras neste momento de consolidação, oferecendo alternativas deconteúdos de orçamentos variados, composto por um mix de projetos de grandeestatura e com produção diferenciada de alta qualidade, somados a projetosmais econômicos", afirma Cícero Aragon, diretor-presidente da programadoraBox Brazil. Vera Zaverucha também crê que não deverá haver inflação. "Osvalores de licenciamento não são tão elásticos a ponto de permitir que osvalores de produção aumentem de forma a inviabilizar o lucro. Considerandoque para a produtora ter um projeto de TV aprovado é necessário um contratode licenciamento com um canal de televisão, quanto mais alto o valor doorçamento, mais alto será também o valor de licenciamento. Desta forma, oprojeto terá que se adaptar aos valores praticados no mercado", argumenta."Os valores praticados em produção de TV são tradicionalmente bem menoresque os de cinema, mas existem características inerentes aos diferentesformatos que determinam os valores praticados em TV. A produção em maiorescala tende a reduzir os custos e isso é desejável, diferente da valoraçãoem licenciamento de produtos prontos que certamente será revista",complementa Marco Altberg.Aliás, o licenciamento de obras já prontas tem subido exponencialmente.Tereza Trautman aponta que, nos últimos três meses, subiu em 250%. CíceroAragon também notou aumento nos licenciamentos, mas está esperançoso. "Ovalor dos licenciamentos de conteúdos prontos tem subido mensalmente e,neste caso sim, a maior procura inflacionou. Todavia, acredito que a buscapor mais produtos vai gerar novas oportunidades para diversos produtores queantes não tinham para quem produzir e, neste caso, vai aumentar aconcorrência, com o surgimento de novos fornecedores e, consequentemente,uma tendência ao reequilíbrio de valores", aponta.Cícero Aragon: "Estamos em plena negociação com todas as empacotadorasbrasileiras. A Box Brazil nasceu pensando no mercado brasileiro e internacional"A fonte dos recursosAtualmente, todos os recursos federais disponibilizados ao audiovisual,através dos mecanismos existentes, figuram na casa dos R$ 500 milhões porano. Só o PRODAV tem R$ 55 milhões à disposição das produtoras que queiramproduzir projetos para TV. "Com os recursos novos que incre mentaram o FSA,teremos mais recursos que ajudarão, inicialmente, o processo de cumprimentosdas cotas da TV paga. No futuro, acredito que estes recursos poderão deixarde apoiar projeto a projeto e passar a apoiar as empresas. Existem diversasnecessidades apontadas pelo mercado que poderiam vir a ser contempladas comrecursos do FSA, tais como capacitação, empresas e núcleos de criação,desenvolvimento de formatos, pesquisa e inovação, entre outros", explicaVera Zaverucha. "O FSA passou a contar com recursos para as diversas açõesde fomento, garantindo assim uma quantidade de recursos capaz de alavancarde vez o setor, e assim competir com a indústria hegemônica estrangeira",complementa.A importância do FSA tem sido bastante grande nesse planejamento. Porconta disso, a Ancine tem tentado desburocratizar os processos, como, porexemplo, a aprovação de projetos. "Verificamos que cerca de 40% a 50% dosprojetos aprovados não captavam recursos suficientes para terem os valorescaptados liberados. Isto fez com que mudássemos a regra. Hoje, só passam poruma análise mais minuciosa os projetos que tem captação correspondente a,pelo menos, 20% do valor estimado aprovado quando da sua apresentação àAncine", esclarece Zaverucha.Essas medidas são cruciais, na opinião do produtor Paulo Schmidt,especialmente nos próximos dois anos, quando as três horas e trinta minutosde programação brasileira semanal já estiver em vigor. "A lei foi sábia emprever a possibilidade de recursos para financiar parte destes conteúdos quecumprirão cota de produção nacional. A utilização de recursos dos fundossetoriais e de renúncia fiscal será fundamental", aponta. "Imagina-se quecom o passar do tempo os canais comprem mais conteúdos nacionais além dacota estabelecida nesta lei e que os recursos necessários para a produçãovenham da receita do próprio canal, já que a aumento da base de assinantesterá um crescimento geométrico nos próximos anos", complementa, esperançoso.O governo do Rio de Janeiro, através da RioFilme, já está se mobilizandopara atender o setor. Até 2012, foram R$ 7,9 milhões investidos. Para 2013,os valores disponibilizados para TV serão equivalentes aos do cinema."Elevaremos o investimento em conteúdo para TV de modo que a indústriaaudiovisual carioca aproveite plenamente o contexto favorável do setor",explica o presidente da RioFilme, Sérgio Sá Leitão, que ainda não podedivulgar valores por conta da mudança de mandato. "Faremos investimentosreembolsáveis e não reembolsáveis, com critérios e normas distintos. Ter umcanal interessado no projeto será fundamental. Manteremos as parcerias com oCanal Brasil e a Oi TV. E estamos abertos a novas propostas", complementa.A RioFilme é uma empresa estatal que age no Rio de Janeiro, ou seja, temcomo mote alavancar a produção do estado. "Com o nosso investimento, serámais interessante para os canais selecionarem e investirem em projetos deempresas do Rio. Haverá um crescimento de pelo menos 10 vezes no número dehoras de conteúdo nacional exibido em TV paga no país", estima. São Paulo, o outro grande estado produtor audiovisual, em contrapartida,não tem projetos semelhantes. "Estamos sempre lutando por maiores aportes dopoder público para o setor, tanto junto ao estado como no município. Esseano, graças a nossa pressão, a Secretaria Municipal da Cultura teve umorçamento para o cinema maior que nos últimos anos e parte dessa verba foiaplicada para o desenvolvimento de projetos para TV", comenta Rubens Rewald.Dentro da APACI, a movimentação também não é muito maior. "Não há nenhumaação específica para o setor. O que fazemos é uma divulgação em nossa listade associados se haverá algum pitching ou edital aberto. Antes de qualqueração específica, temos que ver como os produtores e realizadores de SãoPaulo irão se movimentar nos próximos meses, para sentirmos as carências doprocesso e aí sim propor alguma ação", explica.Os canais para produção independenteSão três os canais brasileiros de espaço qualificado, programados porprogramadoras independentes, com mais de 12 horas diárias de produçãoindependente. São justamente eles que estão tentando realmente fazer a lei,e os ainda parcos recursos têm feito que encontrem soluções para veicularuma grade de programação de qualidade. Dos três, o CineBrasil TV é o maisantigo. São mais de oito anos. O Prime Box Brazil tem um ano e Curta! OCanal Independente ainda não está no ar.Segundo o diretor responsável pela Synapse Brasil, Julio Worcman, Curta! OCanal Independente ainda está em negociações com as operadoras, mas deveseguir a receita do portal de internet Porta Curtas, que permite que osusuários assistam online, gratuitamente, a mais de mil curtas do acervo,desde 2002. O canal já possui um acervo com 622 curtas-metragens e 505documentários brasileiros independentes, além de ter projetos de programasfeitos por produtoras independentes.O CineBrasil TV é comandado pela programadora Conceito A, de TerezaTrautman, voltado à cultura popular, com preferência por obras declassificação etária livre. Atualmente, negociando com a grandes operadoras,Net, Sky e Claro TV, o CineBrasil TV está sempre em busca de novos conteúdos(os produtores podem inscrevê-los via site www.cinebrasiltv.com.br), porémprefere obras prontas. A ideia é começar, agora com a valoração do canalpara as operadoras, a buscar fomentos para produções novas. "Uma coisa équerer, outra é poder. Tudo vai depender da distribuição que o canal tiver edo valor que as operadoras se predispuserem a pagar por ele. Se este valorfor muito baixo, mas a distribuição do canal tiver uma base de assinantesconsiderável, teremos que obter os recursos da publicidade, o que nãoacontece da noite para o dia. São ainda muitas as incógnitas. Por ora,estamos vivendo na expectativa", comenta Tereza.O Prime Box Brazil, voltado para o cinema e para o audiovisual, é oprincipal canal da programadora Box Brazil, que ainda conta com o Music BoxBrazil, voltado à música, o Fashion TV Brazil, voltado à moda, e o TravelBox Brazil, voltado ao turismo, todos classificados como canais brasileirosde espaço qualificado. Cícero Aragon quer, para a programadora, ser um dosmais importantes parceiros da produção independente brasileira. Segundo ele,mais de 80% dos conteúdos brasileiros exibidos nos canais serão licenciadosou coproduzidos com a produção independente brasileira. "Estamos em plenanegociação com todas as empacotadoras brasileiras e também com o mercadointernacional. A Box Brazil nasceu pensando no mercado brasileiro einternacional, formatada também para exportação, começando pelo Brasil comZ, que é como o país é conhecido internacionalmente, além dos nomes doscanais com nomes internacionais apesar do foco no conteúdo brasileiro", comenta.Atualmente, a Box Brazil busca filmes, séries, documentários e programasespeciais em geral e também com temas específicos como música, folclore,cultura, gastronomia, esportes, turismo, moda, comportamento e qualidade devida. "O grande desafio é encontramos projetos que pensem em volume deprodução, em valores muito competitivos por capítulo, em que todos ganhamcom o volume de contratação. Em geral, os projetos que recebemos têm um altovalor por capítulo e como um todo. Estes projetos são importantes,interessantes, mas é preciso que tenhamos uma maior oferta de conteúdos degrade, de baixo valor, para que consigamos ter um mix mais equilibrado deconteúdos quanto aos seus financiamentos", argumenta. "A referência seriaprogramas que fiquem, por capítulo, com preços próximos daqueles que se opróprio canal fosse contratar uma equipe básica fixa e produzi-los.Logicamente, o valor proposto pelo produtor independente precisa ter tambémuma taxa de produção, natural do negócio e da contratação", esmiúça. Ascoproduções e os licenciamentos de conteúdos serão financiados com um mistode recursos dos fundos, editais, leis de incentivo e recursos próprios."O mundo está olhado para o Brasil e certamente seus conteúdos passam ater um apelo infinitamente superior ao de anos atrás, dentro e fora do país.Como disse, este é o momento do Brasil e, em especial, o momento doaudiovisual brasileiro", conclui Cícero Aragon.Por Gabriel Carneiro



domingo, 28 de outubro de 2012

IN MUNDO


O TEMA DE HOJE
(Notícia colhida da Tribuna da Imprensa)
O tema é a Refinaria de Manguinhos no Rio de Janeiro.
Refinaria que vulgarmente é conhecida no meio político como a Lavanderia do Zé Dirceu, do Marcelo Sereno e deste que governa o Rio, Sérgio Cabral!
Há quatro anos, o braço direito de Zé Dirceu, Marcelo Sereno, adquiriu na bacia das almas a Refinaria de Manguinhos.
Essa refinaria de petróleo, que pertencia ao grupo Peixoto de Castro, é a mesma que ontem, em 1964, na tentativa de sua estatização pelo governo trabalhista do PTB, precipitou um dos muitos motivos que derrubou o presidente João Goulart e justificou o golpe militar.
Essa refinaria estava falida e tentavam vendê-la a qualquer preço... Vislumbrou-se ali um negócio da China e ela foi vendida para três espertinhos.
O grupo integrado por José Dirceu e  Marcelo Sereno comprou a refinaria por R$ 7 milhões.
Agora,o governador Sergio Cabral anunciou a desapropriação da refinaria entre 170 e 200 milhões de reais, na maior operação de lavagem de dinheiro nunca antes vista no Brasil!
A sua desapropriação custará quase TRINTA VEZES  o valor da aquisição, em menos de quatro anos!!!                                                                                                                                                                                                                                          
Um pequeno lucro que as benesses do poder concederam ao ex-chefe da Casa Civil, que ele entendia como sua, lógico!
É difícil engolir a lógica política de certos personagens “socialistas” da recente história da república democrática do Brasil. 

sábado, 27 de outubro de 2012

INATURA


CHINA

Paulo Nogueira (Diário do Centro do Mundo) Tribuna da Imprensa
Leio a monumental História da Inglaterra de David Hume, filósofo, historiador e escritor inglês do século XIX.
Hume, um dos grandes ideólogos do liberalismo, viveu e morreu como um verdadeiro filósofo. Era um homem simples, frugal, honesto, leal, corajoso, moderada até em sua única vaidade — literária. Segundo seu amigo e admirador Adam Smith, Hume chegou moralmente ao ponto mais alto que a fragilidade humana permite.
Vários trechos da A História da Inglaterra me despertam a atenção admirada. Num deles, no capítulo que trata de Carlos I, o rei inglês que se bateu com o Parlamento e acabou deposto e decapitado em meados do século XVII na primeira revolução burguesa da humanidade, Hume lança um olhar para a influência da religião entre os britânicos nos dias do monarca infeliz.
Assim disse Hume: “De todas as nações europeias  a Grã Bretanha era naquele momento, e por muito mais tempo, a mais influenciada por aquele espírito religioso que tende mais a inflamar o fanatismo do que a promover a paz e a caridade.”
São palavras eternas.
Lamentavelmente, ao longo da história, a religião tem servido muito mais para piorar do que para melhorar as pessoas e a sociedade. Quem acaba dominando-a não são os moderados, os tolerantes, aqueles que aceitam a diversidade. São os radicais, os fanáticos, os que acham que podem matar os infiéis em nome de seu Deus, seja qual for.
O filósofo inglês Bertrand Russell atribuiu ao judaísmo, no Ocidente, a semente da ideia de que uma religião é melhor que outra ao estabelecer que os judeus eram o povo escolhido. Os cristãos, posteriormente, trucidaram ignominiosamente os judeus por entender que escolhidos, na verdade, eram eles. Depois os cristãos se destruíram uns aos outros, quando Lutero inventou o protestantismo. Os muçulmanos já surgiram com a convicção de que Alá é o único deus genuíno.
Tenho para mim que um dos maiores fatores do fenômeno chinês está na ausência de religião e da figura de Deus. A China era a civilização mais adiantada do mundo quando foi pilhada pelos britânicos no século 19, superiores em uma única coisa: canhões. Depois dos britânicos, outras potências militares ocidentais foram tirar sua fatia da China — já então um mercado cobiçado de 400 milhões de pessoas. E quando parecia que nada mais poderia castigar a China apareceram seus vizinhos japoneses.
A China poderia ter virado um figurante no mundo. Mas não: se reergueu depois de tantas agressões predatórias, e ninguém acredita que em dez anos ela já não tenha ultrapassado os Estados Unidos como superpotência número 1. (Sempre existe a possibilidade, é claro, de que os americanos inventem um pretexto para declarar guerra à China.)
A impressionante resistência chinesa deve muito à inexistência de religião tal como conhecemos. Confúcio, o grande filósofo que estabeleceu as bases éticas que governam a China há 2 500 anos, acabou fazendo o papel de Deus para os chineses com a vantagem de não ser Deus e nem ser entendido como tal. Confúcio pregou três coisas, essencialmente: os jovens devem ser muito bem instruídos; os amigos devem ser leais uns aos outros; e os filhos devem cuidar exemplarmente dos velhos.
Confúcio deu aos chineses um guia de conduta prático e sempre atual. A musculatura interior veio do budismo, em que não existe a figura de Deus. Buda era um ser humano como todos nós — entregue às tentações, cheio de dúvidas, repleto de tentações. Na fraqueza aparente de Buda diante dos deuses de outras religiões estava, paradoxalmente, a força do budismo — e em consequência da China.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012




O PRINCÍPIO NUCLEAR

 Fábio Carvalho
“Os homens apaixonados se importam pouco com o que
pensam os outros, o seu estado os eleva acima da vaidade”.
Friedrich Nietzsche

 É melhor se sofrer junto, que viver feliz sozinho. A linda negra que casou com uma das minhas crias retrucou o verso dizendo que ninguém é feliz sozinho. Sei não. O mesmo poeta já disse que o whisky é o cachorro engarrafado, o melhor amigo do homem. Também sei não, existem os dois legumes da faca, e por vezes existem outros mais. Vou ao sacolão comprar uma abobrinha, por hora esta é minha missão. Já que ninguém leu Marx como deveria. Um passarinho me contou que o Madeira perdeu o vôo. Nesta segunda sem lei, ele realmente ainda estava lá dedilhando seu bandolim elegante, tomando vinho tinto e diferente de sempre sorrindo muito. Nesta mesma noite de anteontem tinha um jovem bandolinista com o cabelo hasta-fari, seu aluno que inacreditavelmente tocava bem, só faltando o tempo para se esmerar. Joguei no Galo e no Touro com o Biro-Biro na hora do almoço lá no Bar do Cabral. Chega de números, vamos aos símbolos. Antes, na noite de ontem, fui a um show que me pareceu extraordinário. Aconteceu no Vinil, Toninho, Juarez, Beto, uma jovem orquestra de sopro e o Tiãozinho da Batera. Que coisa, velho. Noutro dia tive que ir ao minúsculo banheiro com um único mictório apertado entre a pia e a porta de lata que não se fechava inteiramente. Como o tempo de tirar a água do joelho foi longo, olhando para o alto, percebi três vassouras dependuradas no vão da parede, duas de piaçava e uma de pelos. O Galo empatou com o Peixe. Num jogo de arrebentar com qualquer nervo de aço. Aconteceram gols espíritas e dois jogadores do Galo quase morreram em campo. Galo Doido Cinematográfica. Era o nome fantasia que queria dar para minha produtora, meus sócios de araque não deixaram. Continuo sonhando na mesma fantasia. Hoje, sexta feira dia 19, aniversário de uma de minhas filhas, telefonei e falei com cada qual, que elas estavam proibidas de ver o último capítulo da novela. Na seqüência, entre milhões de outros afazeres todas perguntaram o porquê da proibição. Respondi com calma para uma por uma, que a proibição era pelo motivo absoluto e claro de que se todo o mundo ia ver, elas deveriam ser diferentes de todo mundo. Um argumento incontestável, eu acreditava. Embora de personalidades muito diferenciadas entre si, como é natural entre irmãs, e de todo meu esforço, imediatamente elas responderam em uníssono: pai você é muito bobo. E desligaram na minha cara. O que aparentemente soou muito bem aos meus ouvidos. Ser pai é dominar a arte de ser desnecessário. Tentei falsear uma compreensão. Claro está que jamais compreenderei. Fazer o quê. Ganhar dinheiro. Deve ser a minha obrigação. E está muito difícil. Até tenho pensado em mudar de ramo. Vou dar uma bola até amanhã. Finalmente choveu. No dia seguinte que era um sábado antes da volta do horário de verão, pensei em outros rumos. Brasil exportação. O morro não tem vez. Saí mais uma vez, andando pela rua ao som dos imbecis. O mar não quer te ver chorar assim, vai me trazer de volta para ti. Eu vou mais sei que posso me guiar. Para quê fazer cinema depois do imortal Nelson Pereira dos Santos? A pergunta que não quer calar. A estrada da vida. Outro passarinho me contou que há muito o Toninho não passa mais o som, nem leva mais seu violão nem sua guitarra, simplesmente pega o que tiver lá no local do show, afina em frente ao público e toca. Este despojamento provoca a ira de alguns e a admiração de outros como eu. Aquarela Brasileira. Ultimamente tenho detestado os pernambucanos, logo eu que também sou pernambucano da linha direta de Olinda. Agora me sinto mais holandês. Tenho tocado acordeon de sete claves, um piano de cauda está me esperando lá em Juiz de Fora. Vai meu lamento vai, contar toda tristeza de viver. Cordão de ouro. Hoje dia 22, uma segunda santa depois que o Galo ganhou com louvor do tricolor dos meus amigos, estou em frangalhos, com altivez. Sempre fui meu campeão moral. Passada a sexta feira dia do aniversário da minha filha, como narrei, à noite junto com o fim de mais uma novela, ainda teve o evento drástico que meu cunhado virou um pedaço de bife numa batida de carro na estrada, como muito facilmente se enxerga, a vida não pára. Continua rara. De novo hoje temos o chorinho, e tenho ainda que levar o Jakson careca para consertar a tampa do forno do fogão no meu ex-apartamento. Vamos lá. Nesta terça feira, escapei da festa de encerramento da Mostra CineBH, foi a justa dosimetria. E agora para onde vou? Já sei. Felizmente ainda me surpreendo com algumas pessoas.
De onde a gente menos espera nasce uma amizade. Existem divindades do bem. A fulícula do cinema antigo que queima e arde no fogo. Vou ver a Maria tomando a brisa, em seguida vou passear. A atração dos homens. A ponte. Ela pôs na geladeira um caju amigo.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Notas e tostões



Essa é a câmera que eu quero para o meu próximo filme:

Amigos e amigas,
estou encaminhando este e-mail, por achar essencial a nossa ajuda em prol
dos verdadeiros donos das terras brasileiras, os índios.
Fico chocada com as arbitrariedades sofridas por esses nossos irmãos, sempre
tão sacrificados.
Por favor, assinem a petição no site do avaz!
http://www.avaaz.org/po/petition/Salvemos_os_indios_GuaraniKaiowa_URGENTE/?telzkbb
Você vai "perder" menos de 01 minuto, para se juntar a um movimento digno,
cidadão e popular, pelas 170 vidas em risco dos Guarani-Kaiowás.
Basta de tanta injustiça! 

Não vi mas já gostei...
"O DIA QUE DUROU 21 ANOS",
DIREÇÃO DE CAMILO TAVARES.
PRODUÇÃO DE FLAVIO TAVARES
Duração: 77 minutos
Não percam, por nada
deste mundo, na MOSTRA SP,
a exibição do documentário brasileiro
"O Dia Que Durou 21 Anos".
Trata-se de um filme com fontes raríssimas.
As entrevistas, feitas pelo jornalista Flávio
Tavares, um dos brasileiros trocados pelo
Embaixador Elbrick, são impressionantes. E
o filme traz documentação raríssima
dos arquivos norte-americanos.
Confiram a sinopse: "O filme desvenda
a conspiração dos EUA para apoiar o Golpe Militar
no Brasil, em 1964, revelando audios
da Casa Branca e de
embaixadores". Entre os pesquisadores de
imagens do filme está o craque Antonio
Venancio. O filme é sintético, corajoso, enfrenta
assuntos como tortura, o uso da religão
contra o Comunismo (hoje este uso se dá
contra direitos civis, em especial
das minorias, não é?).O filme encontra
em "Cidadão Boylesen" um "parceiro de alma
cinematográfica". Na sessão, ontem, no
Itau Frei Caneca, havia um bom público.
Tomara que o filme seja finalista na
categoria DOCUMENTARIO!!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

PEQUENAS OBSERVAÇÕES


História antiga...



Mais de 500 anos e o massacre continua...

Nas últimas semanas, além do futebol de sempre, dois assuntos ocuparam as manchetes: o julgamento do chamado "mensalão" e, na campanha eleitoral em São Paulo, o programa de combate à homofobia, grotescamente apelidado de "Kit Gay". Quase nenhuma importância se deu a uma espécie de testamento de uma tribo indígena. Tribo com 43 mil sobreviventes.

A Justiça Federal decretou a expulsão de 170 índios da terra em que vivem atualmente. Isso no município de Iguatemi, no Mato Grosso do Sul, à margem do Rio Hovy. Isso diante de silêncio quase absoluto da chamada grande mídia. (Eliane Brum trata longamente do assunto no site da revista Época nesta segunda-feira, 22). Há duas semanas, numa dramática carta-testamento, os Kaiowá-Guarani informaram:

- Não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui, na margem do rio, quanto longe daqui. Concluímos que vamos morrer todos. Estamos sem assistência, isolados, cercados de pistoleiros, e resistimos até hoje (…) Comemos uma vez por dia.

Em sua carta-testamento os Kaiowá-Guarani rogam:

- Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas decretar nossa morte coletiva e enterrar nós todos aqui. Pedimos para decretar nossa extinção/dizimação total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar nossos corpos. Este é o nosso pedido aos juízes federais.

Diante dessa história dantesca, a vice-procuradora Geral da República, Déborah Duprat, disse: "A reserva de Dourados é (hoje) talvez a maior tragédia conhecida da questão indígena em todo o mundo". 

Em setembro de 1999, estive por uma semana na reserva Kaiowá-Guarani, em Dourados. Estive porque ali já se desenrolava a tragédia. Tragédia diante de um silêncio quase absoluto. Tragédia que se ampliou, assim como o silêncio. Entre 1986 e setembro de 1999, 308 índios haviam se suicidado. Em sua maioria, índios com idade variando dos 12 aos 24 anos. 

Suicídios quase sempre por enforcamento, ou por ingestão de veneno. Suicídios por viverem confinados, abrutalhados em reservas cada vez menores, cercados por pistoleiros ou fazendeiros que agiam, e agem, como se pistoleiros fossem. Suicídios porque viver como mendigo ou prostituta é quase o caminho único para quem é expelido pela vida miserável nas reservas.

Italianos e um brasileiro fizeram um filme-denúncia sobre a tragédia. No Brasil, silêncio quase absoluto; porque Dourados, Mato Grosso, índios… isso está muito longe. Isso não dá ibope, não dá manchete. Segundo o Conselho Indigenista Missionário, o índice de assassinatos na Reserva de Dourados é de 145 habitantes para cada 100 mil. No Iraque, esse índice é de 93 pessoas para cada 100 mil.

Desde fins de 1999, quando, pela revista Carta Capital, estive em Dourados com o fotógrafo Luciano Andrade, outros 555 jovens Kaiowá-Guarani se suicidaram no Mato Grosso do Sul, descreve Eliane Brum. Sob aterrador e quase absoluto silêncio. Silêncio dos governos e da chamada mídia. Um silêncio cúmplice dessa tragédia.

ROMÂNTICA LEMBRANÇA

Em de 9 outubro de 1967 há 47 anos,o exercito boliviano com apoio da CIA assassinaram  o “Che Guevara”.
 Ernesto Rafael Guevara de la Serna, conhecido como "Che" Guevara (Rosário, 14 de junho de 1928[1] — La Higuera, 9 de outubro de 1967)  foi um político, jornalista, escritor e médico argentino].
Guevara foi um dos ideólogos e comandantes que lideraram a Revolução Cubana (1953-1959) que levou a um novo regime político em Cuba. Ele participou desde então, até 1965, da reorganização do Estado cubano, desempenhando vários altos cargos da sua administração e de seu governo, principalmente na área econômica, como presidente do Banco Nacional e como Ministro da Indústria, e também na área diplomática, encarregado de várias missões internacionais.
Convencido da necessidade de estender a luta armada revolucionária a todo o Terceiro Mundo, Che Guevara impulsionou a instalação de grupos guerrilheiros em vários países da América Latina. Entre 1965 e 1967, lutou no Congo e na Bolívia, onde foi capturado e assassinado de maneira clandestina e sumária pelo exército boliviano, em colaboração com a CIA, em 9 de outubro de 1967.
A sua figura desperta grandes paixões, a favor e contra, na opinião pública, e converteu-se em um símbolo de importância mundial. Foi considerado pela revista norte-americana Time uma das cem personalidades mais importantes do século XX.[5] Para muitos dos seus partidários, representa a rebeldia, a luta contra a injustiça social e o espírito incorruptível.


MÚSICA CONTEMPORÂNEA EM BRASÍLIA

A música erudita moderna e experimental latino-americana estará presente no FLAAC 2012, a nova edição do Festival Latino-Americano e Africano de Cultura, promovido pela Universidade de Brasília. A apresentação estará a cargo da Orquestra Ars Hodierna, de Brasília, sob a regência do maestro Jorge Lisbôa Antunes. No programa estão obras dos brasileiros Guilherme Bauer e Jorge Antunes, do venezuelano Alfredo Rugeles, do cubano Carlos Fariñas e do mexicano Javier Alvarez. O maestro Jorge Lisbôa Antunes, que venceu em 2011 o Concurso de Jovens Regentes da OSPA (Orquestra Sinfônica de Porto Alegre), dá continuidade ao trabalho de difusão do repertório contemporâneo, desta vez priorizando a música latino-americana.dia: 25 de outubro de 2012 local: Oca dos Povos Indígenas Darcy Ribeiro, UnB

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

OS DONOS DO MUNDO


VALE A PENA CONHECER AS TRAMOIAS DOS BANQUEIROS E O DOMÍNIO DA USURA NO JOGO DO PODER.
Leia no link abaixo artigo fundamental escrito pelo advogado Nehemias Gueiros, para se entender o que acontece com a exploração do capital por todas as fases da história do homem.

sábado, 20 de outubro de 2012

LEMBRETE



O nosso melhor chargista é mineiro... (Jornal O TEMPO)
Frases soltas 
“MSN é como elevador, não é porque eu entrei que a gente tem que conversar.”
“O ronco é a prova de que, mesmo desacordado, o ser humano pode ser chato.”
 “Caros professores de matemática, X é sempre igual a 10. Atenciosamente, os Romanos.”
“to com sono fico olhando pro cantinho do monitor vejo as horas passarem mas não vou dormir por motivos que não sei”

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Memorial da América Latina, Instituto Cervantes e Librería Española e Hispanoamericana convidam para a Mesa-Redonda
Brasil e Argentina: a Literatura no Cinema
26 de outubro de 2012, sexta-feira, 19h30
Biblioteca Latino-Americana
As relações entre o cinema brasileiro, o cinema novo e a literatura brasileira, tendo como foco a obra de Glauber Rocha, bem como a presença da Literatura Argentina no cinema daquele país, são alguns dos temas que serão debatidos nesse encontro.
Palestrantes:
Mempo Giardinelli - Escritor e jornalista argentino. Exilado no México entre 1976 e 1984, quando voltou fundou e dirigiu a revista "Puro Cuento" (1986-1992). É autor de novelas, livros de contos e ensaios, e escreve regularmente em jornais e revistas da Argentina e de outros países. Publicou artigos, ensaios e contos em meios de comunicação em quase todo o mundo.
Mário Alves Coutinho - Doutor em literatura comparada (Faculdade de Literatura, UFMG), tem pós-doutorado no Departamento de Comunicação Social da UFMG. É autor de “Escrever com a câmera: a literatura cinematográfica de Jean-Luc Godard” (Crisálida, 2010). Escreve sobre literatura, cinema, música e psicanálise para vários jornais e revistas brasileiros.
Apresentação e mediação: Victor Barrionuevo.

Entrada Franca – não é necessária inscrição prévia (serão emitidos certificados de presença).

Informações:

FUNDAÇÃO MEMORIAL DA AMÉRICA LATINA - www.memorial.org.br
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Metrô Barra Funda – São Paulo – SP