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quinta-feira, 8 de julho de 2010

História de Cinema

Neville de Almeida fotografado por Fabio Carvalho em Ouro Preto MG

Um pouco da curta história dos 114 anos do cinema brasileiro

Sete meses depois de os irmãos Lumière inaugurarem o cinema, em Paris, com a primeira projeção do que viria a ser a sétima arte, a cidade do Rio de Janeiro pôde assistir à primeira sessão de cinema do Brasil, mais exatamente no dia 8 de julho de 1896.Em 1897, Paschoal Segreto e José Roberto Cunha Salles abriram, na rua do Ouvidor, a primeira sala de cinema, "Salão Novidades de Paris", ficando, para o ano seguinte, a projeção do filme inaugural do cinema brasileiro, rodado por Afonso Segreto, com imagens da Baía de Guanabara.Em 19 de julho de 1898, o irmão de Paschoal Segreto, Afonso Segreto, rodava o primeiro filme genuinamente nacional no Rio de Janeiro. Tratava-se, na verdade, de um documentário, com cenas da Baía de Guanabara.Ao retornar da Itália, a bordo do navio Brésil, Afonso fez tomadas para o filme que pretendia rodar em solo brasileiro. O primeiro plano cinematográfico mostra o navio entrando na Baía de Guanabara, estreando equipamentos modernos para a época, trazidos do exterior.A seguir, até 1907, o documentário seria o gênero predominante. Cenas sobre o cotidiano carioca e filmagens de locais como Largo do Machado e a Igreja da Candelária, com o mesmo estilo dos documentários franceses do início do século.A partir deste ano, diversas salas de projeção foram inauguradas tanto no Rio quanto em São Paulo, fazendo com que o período entre 1908 e 1912 fosse considerado a belle époque do cinema brasileiro. Até mesmo um centro de produção foi criado no Rio, mas logo suas atividades diminuíram, com a entrada de fitas norte-americanas no país.
A invasão de filmes norte-americanos no circuito brasileiro, logo no início deste século, não impediu o aparecimento dos ciclos regionais de cinema em Campinas (SP), Minas Gerais, Pernambuco e Rio Grande do Sul, na década de 20. No município de Cataguases, em Minas, o cineasta Humberto Mauro produziu "Os três irmãos" e "Na primavera da vida", em parceria com o fotógrafo italiano Pedro Cornello. O paulista José Medina, após uma experiência com curtas metragens, realizou, em 1929, o clássico "Fragmentos da Vida". Também em 1929 foi lançado o primeiro filme brasileiro totalmente sonorizado: Acabaram-se os Otários, de Luiz de Barros, além de ter sido rodado no Rio o vanguardista "Limite", de Mário Peixoto, que se baseou nas tendências européias da época.Cinédia: este é o nome do primeiro estúdio de cinema do Brasil, instalado no Rio de Janeiro por Adhemar Gonzaga, no ano de 1930, e que levava ao público comédias musicais e dramas populares. Em 1934, Carmem Santos montou ainda a produtora carioca Brasil-Vita Filme, que contou com Humberto Mauro no seu quadro de cineastas. Em 1941, surgiu a Atlântida, filmando as inesquecíveis chanchadas (comédias muito populares, de custo baixo), que marcaram época. Filmes como Não Adianta Chorar, de Watson Macedo, e Nem Sansão Nem Dalila, de Carlos Manga, fizeram enorme sucesso.No fim da década de 40, foi fundada a Vera Cruz, considerada na época a "Hollywood brasileira". O estúdio foi instalado em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, por um grupo de empresários, que tinha à frente do projeto o italiano Franco Zampari e o cineasta pernambucano Alberto Cavalcanti, convidado para dirigir a empreitada. A intenção era rodar filmes bem ao estilo hollywoodiano. Técnicos de outros países, inclusive, vieram ao Brasil para trabalhar em algumas produções, como "Floradas na Serra", de Luciano Salce, e "Tico-Tico no Fubá", de Adolfo Celi. O filme "O Cangaceiro", rodado em 1952 por Lima Barreto, conseguiu entrar no circuito internacional – foi premiado no Festival de Cannes em 1953 -, começando uma fase de histórias sobre o cangaço.Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

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