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domingo, 30 de maio de 2010

Poesia

ESTRELASNada no bar.
medra a luz
infinda.
nos destroços
de papos furados
as rimas
estrofes temperadas
por um zé ninguém
do reich.

Será assim que se escreve?
Dito alto até parece!
Mas será ?

Todos querem saber
não sei responder

Só sei ser
sem ser
eis a questão
racional

Sem saber de você
todos nós somos

Brasil pois é
árvore dura
de roer
podemos e fudemos
na terra fofa

Não há quem não sabe!
Quem sois Enigmas
Projeções esferas
Feras findas
Estrelas

Serão íntimas
mulheres
de um mesmo mundo
de um mesmo sonho
de todos...
os nossos sonhos coletivos

Ônibus de poucos passageiros
seres vivos
de um bar qualquer
sombras mortas
procurando
um outro bar
um outro copo
talvez...

Oh! Ilustres estrangeiros
não me importa
para o mundo inteiro
ser neste quintal
das américas
o ser verdadeiro
ou
o que não se viu
ser ainda
por alguns minutos
menino
no tempo

O senhor da razão
do pião e do iô iô
sol e lua
noite e dia,
sim ou não
em mil algarismo
o único silogismo
o maniqueísmo
chauvinista
desta questão.

É ele que me passou
muitas vezes desapercebido
me fez ver você
encontrar
sem saber
fazer o que
ou ser simplesmente ser
quem sou

Linda mulher
que me ama
me lambuza
na cama.

Fontes dos amores
me encante
com tamanha nobreza
oh! natureza
dos meus sonhos!

Eis o porvir
das ambrósias
dos deuses neuróticos
sucedâneos da humanidade
e do tempo!

Também
será que tem alguém
que pudesse desejar
bem ali distante
uma caverna
adiante?

O que a vida
deseja e tece
umedece
debalde
o amor?

Quem sempre foi
quem sempre existiu
no infinito dele mesmo?

Tornou-se pó
presente e coeso
na simples troca do olhar
onde o todo
o que é mais
se refaz
do mundo maior
do mar indômito
do vômito
do verbo
ver

Nada se compara
a linha
do horizonte
lá longe
nua e crua

Como você
e sinto
não minto
que lá no bar
Absinto

A tocar
esta sonata
desafino
meus instrumentos
meus olhos
mas afino
meu olfato
meu sexto sentido
passando-lhe
a verba
vejo-te
linda
paixão
mistério
do medo
de me ver ridículo
de antemão
no ensejo
de só tê-la então
nas minhas duas mãos
dentro dos meus dez dedos
infinitamente cobiçá-los
nos seus desejos
nos meus desejos
vejo-os.

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