
Acabei de assistir o filme de Marcelo Ikeda, um jovem economista,
agora professor, que faz também cinema e me senti na obrigação de
tecer alguns comentários sobre esses 25 minutos
agora professor, que faz também cinema e me senti na obrigação de

que ele me presenteou. Se não fosse por detalhes, que julgo importantes, eu consideraria “Carta de Um Jovem Suicida” uma obra prima.
Primeiro o filme é de quem sabe o que quer com o fazer cinema. É precioso na decomposição do espaço-tempo da ação dramática e poético na dramaturgia da interpretação da atriz, mãe conformista em uma terra de cegos de espíritos e pobres de prazer. O conhecimento das artes plásticas no enquadramento do ponto de leitura ou da memória, chega a ser clássico. A trilha, a maneira
de Cage, traz-nos a voz do silêncio, com toda a sua música realçando o movimento da imagem muda, em toda a dramaticidade do adeus final e dos incompreendidos apelos entre o filho e a mãe, entre o ser e o não ser.
de Cage, traz-nos a voz do silêncio, com toda a sua música realçando o movimento da imagem muda, em toda a dramaticidade do adeus final e dos incompreendidos apelos entre o filho e a mãe, entre o ser e o não ser.
Ikeda mostra o talento de quem sabe escrever cinema na
criação cruel do texto da carta do filho rebelde, que é atual, verossímil e
pertinente ao suicida no contexto dramático da história.
O movimento sutil da câmera, no extraordinário e estudado plano-sequência,
identifica, por fim, o grande artista das imagens que nele habita.
O que me incomoda no filme é o ator suicida estar de cueca, ou calção, deitado
na cama – ou ele deveria estar nu ou totalmente de roupa. O retorno dele a ação é,
a meu ver, totalmente desnecessário, pois divide o tempo da memória na ação
poética do movimento sem fim, quase pendular, do plano-sequência.
O texto off da carta deveria ter iniciado quase no começo do filme – provocando um maior suspense e valorizando a sua leitura, se não, como esta, a voz deveria ser a masculina do suicida – com, é claro, uma maior interpretação dramática.
criação cruel do texto da carta do filho rebelde, que é atual, verossímil e
pertinente ao suicida no contexto dramático da história.
O movimento sutil da câmera, no extraordinário e estudado plano-sequência,
identifica, por fim, o grande artista das imagens que nele habita.
O que me incomoda no filme é o ator suicida estar de cueca, ou calção, deitado
na cama – ou ele deveria estar nu ou totalmente de roupa. O retorno dele a ação é,
a meu ver, totalmente desnecessário, pois divide o tempo da memória na ação
poética do movimento sem fim, quase pendular, do plano-sequência.
O texto off da carta deveria ter iniciado quase no começo do filme – provocando um maior suspense e valorizando a sua leitura, se não, como esta, a voz deveria ser a masculina do suicida – com, é claro, uma maior interpretação dramática.
No mais, raramente eu vejo um filme de média-metragem ficcional e descritivo feito com tanta sensibilidade. Ikeda, isto é apenas o começo...
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