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sábado, 18 de maio de 2013

EM MEMÓRIA


VINÍCIUSMUITOS VINICIUS DE MORAIS
Remetido pelo poeta Tavinho Paes

Vinicius está aí sendo comemorado pelos seus 100 anos. Não importa que tenha morrido em 1980 aos 67 anos. Está vivo e eu vim a Brasília para fazer duas conferencias sobre o “ poetinha”, como ele ironicamente se chamava. Vinicius foi o mais amado e dulgado dos poetas modernos brasileiros.
Os baianos bem que o conheceram quando ele morou com Jessy na Bahia e fez aqueles afro sambas inovadores com Baden Powel…
Quem não quer passar uma tarde em Itapoá, com o Sol que arde em Itapoá…?
Há vários Vinicius, e como já disse alguém, o nome dele já vinha no plural. Há um Vinicius católico, cheio de remorsos diante do pecado.’E o primeiro Vinicius dos primeiros poemas da década de 30. Há o Vinícius que tentou se liberar desse fardo e entregou-se `a vida e aos amores dionisiacamente. Há o Vinicius tornou a letra de música mais literária, e que fez as parcerias com Tom ,Carlinhos Lyra e outros. Há o Vinicius folclórico: o que sequestrou a namoradinha adolescente e foi com ela morar na Europa, homem de vários casamentos e muitas amantes. Há o diplomata que numa festa em Los Angeles dançou toda a noite com uma atriz que estava começando e se chamava Ava Gardner.
E há um outro Vinicius que tentei analisar no livro O CANIBALISMO AMOROSO, sobre o qual vim falar na Universidade de Brasília e na Sociedade Psicanalítica da capital. Ou seja, aquele poeta onde amor e medo se misturaram. O homem dividido entre a mulher única, que ele tanto procurou e a mulher que passa, a qual ele seguia inapelavelmente.
Vinicius tipifica os conflitos do macho brasileiro e ocidental que faz da mulher o seu objeto de consumo, seu alvo, seu desejo. Nele está o ternura canibal, o irresistível Don Juan que fazia a glória o sofrimento de suas amadas.

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