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sábado, 21 de julho de 2012

ACHADOS & PERDIDOS

UM DISCO IMPERDÍVEL
http://www.warnermusic.com.br/portal/AVA
Texto encontrado com uma grande entrevista com AVA ROCHA
http://bandadesenhada01.blogspot.com.br/2012/07/rebento-substantivo-abstrato.html
( No link acima você encontra a entrevista completa)
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 BD – Havia me esquecido! Que nome formidável! Mas voltando à banda, como é o processo criativo de vocês? O que é delegado a cada um?
Ava Rocha – Cara, o processo não é assim linear, hierárquico, sabe? No caso especifico deste disco, do nosso primeiro trabalho, eu comecei me encontrando com o Emiliano e com a Nana, separadamente. Mas logo eles se conheceram. Mostrei minhas canções para o Emiliano, como “Só Uma Mulher”, que ele harmonizou, e outras, que ele desenvolveu no violão. Além de compor e ser muito generoso, o Emiliano também me ajudou a escolher várias canções que iriam compor o repertório da banda. Já a Nana, tem uma musicalidade muito especial. Ela trata o violoncelo com rebeldia, o que acabou incitando muitas descobertas sonoras. Nós nos identificamos muito, pela força feminina mesmo. Foi a Nana que propôs “Pra Dizer Adeus”. Ficamos por um tempo com este núcleo, só nós três. Trabalhamos muito, nos encontrávamos diariamente, amadurecendo as canções. Durante este processo, tivemos o Edson Secco, um músico e designer sonoro que inseria uns elementos eletrônicos. Depois, chamamos o Daniel. Eu pessoalmente não queria bateria, estava afim de algo mais estranho. O Emiliano então sugeriu o Daniel porque ele tem uma grande força inventiva. É um cara que pesquisa som, tem uma sensibilidade enorme, e já tinha uma ligação com a gente. Antes de formarmos a banda, tínhamos feito uma gravação de uma música do Emiliano, “Infinito Azul”, onde o Daniel fez as programações. Bom, então quando o Daniel veio, ele processou todo o repertório que já estava na mão e sugeriu uma canção sua, “Acorda Amor”. Depois o Edson saiu e o Daniel assumiu seu lugar. No fundo, são muitas nuances. Não tínhamos baixo. Durante um tempo nossos shows foram sem baixo, salvo em dois momentos que o Daniel saía da bateria e tocava. Nas apresentações, a Nana também abandonava o cello e tocava piano. Com o processo de gravação do disco, inserimos estes dois instrumentos, fomos agregando outras sonoridades. Agora estamos em uma nova etapa: os shows. O palco também é um campo fértil de experimentação e temos algumas novidades. Apresentamos canções que não entraram no disco e outras que ainda estão em fase de amadurecimento.
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Ava Rocha – Para começar, acho que estou cantando melhor, parece que estou no mundo de um outro jeito e isto me ajuda a cantar, a estar, a ser... é uma outra sensação. Também estou muito inspirada e reflexiva. É muito difícil passar por esta fase de forma indiferente. Isso não quer dizer que as coisas estão diretamente ligadas à gravidez. Mas acabei de dirigir um clipe com o meu irmão, o Eryk Rocha, da canção “Filha da Ira” que é uma homenagem à minha filha, que vai se chamar Uma. Antes mesmo de engravidar, fiz uma canção [ainda inédita] para ela. Um dia, quando você escutar, você vai entender... Fora isso, é um momento de muito amor na minha vida, onde eu e meu marido [o músico Negro Leo] nos preparamos para a chegada de Uma, além de estarmos vivenciando uma união criativa muito intensa.

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