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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

IDÍLIO DE UM ARTISTA
Jose Vieira
Vocês me aceitariam de volta?
No convívio íntimo entre vocês como um "igual!"?
Necessito voltar....Necessito voltar a viver...
Pressionado sempre como qualquer ser "vivo", e pressionado a "ser" diante de todas as condições adversas ...
Eu quero ser o NADA!Eu quero poder chorar!...
Não sou mimado... Sou um merda! (neste mundo) eu só sei viver a sonhar!
Eu não sei ser só ser (como a maioria é) uma merda!
Que merda é essa de vida que me foi colocada como caminho único?
Também não se pré ocupe com o NADA ...
Sou a favor do NIILISMO ATIVO, mesmo que catastrófico , autofágico (in) conseqüente ao encontro do ser ou do não ser. A vida enfim.
Na passagem do tempo, que de certa forma está ao nosso favor, cabem a nós as decisões; as fatalidades; os certos não certos; os ditos pelos omitidos; o gozo não gozado; a verdade tida e dita como mentira... Cabe tudo... Sei lá!
A bíblia diz que as moradas de meu pai são muitas...Eu só preciso de uma delas!... Posso nela viver mais...
Mas o que eu digo e peço, não no sentido de purificar o meu ser, mas em grandeza quantificada e em grandeza qualificante, é de estar, é de permanecer, de forma fiel ao meu sentir...
Sentimentos que não tem um valor agregado em si, como também nada nesse mundo da eterna usura têm, são impecáveis produtos dos sentidos...
Às vezes eu me sinto como um produto "mal acabado", com defeito de fabricação e impróprio para o consumo. Não sei quem eu sou, para o que sirvo, a não ser para o desgosto dos que sobre mim depositaram qualquer tipo de esperança...
Assim espero não ser por você recriminado sobre a impossibilidade do meu ser. Não que isso me sirva como desculpa de não saber ser o que de fato não sou.
Sou formas de sombra e luz em eterno desespero.
Somos a impossibilidade de sermos.
Somos a coragem que sobra do medo vigente e intransponível.
Não somos cromossomos!
Cronos, o deus temporal, o deus castrador, o deus restritivo.
Que vida é essa que se apresenta diante de nós com o seu mistério mais caro desvendado?
A transverberação do capital. A Moral residual da fraqueza. O suplício do perdão gratuito e do erro não cometido.
Meu deus que sofrimento é esse?
Filhos da puta, sacra crendice, frutos de ventres inférteis, putrefaço e histéricos...
Tenho que xingar! Ai meu deus! Que idílio que insiste em ser real é esse?

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