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domingo, 30 de janeiro de 2011

Poesia e Pré-história

EPITÁFIO

Se à treva fui, por pouco fui feliz.
Se acorrentou-me o corpo, eu o quis.
Se Deus foi a doença, fui saúde.
Se Deus foi o meu bem, fiz o que pude.
Se a luz era visível, me enganei.
Se eu era o só, o só então amei.
Se Deus era a mudez, ouvi alguém.
Se o tempo era o meu fim, fui muito além.
Se Deus era de pedra, em vão sofri.
Se o bem foi nada, o mal foi um momento.
Se fui sem ir nem ser, fiquei aqui.
Assim chegarei ao meu momento
Para que me reflitas e me fites
Estas turvas pupilas de cimento:
Se devo a vida à morte, estamos quites.

tavinho paes


Loucura Pouca É Bobagem

Estudos da pré-história da América Latina (Parte 2)

O CONTINENTE PERDIDO DE MU

O Pacífico foi também, segundo o coronel inglês James Churchward (1851-1936), o abrigo de outro continente perdido, Mu – o mesmo nome da ilha citado pelo abade Bounbourg em sua tradução do códice maia. Em 1926 publicou um livro chamado “O Continente Perdido de Mu”, no qual afirmou que Mu era um continente que havia existido no Pacífico, ao mesmo tempo em que Atlântida no Atlântico – mas esta havia sido uma mera colônia de Mu. Em seu livro ‘”Forças Cósmicas de Mu“, publicado em 1934, o militar contou que tomou conhecimento dessas terras a partir do contato com um sacerdote Rishi indiano, com quem supervisionara o atendimento às vítimas de uma epidemia de fome na Índia, no século 19. O sacerdote ensinou-lhe rudimentos de Naacal, língua que seria a primeira da humanidade, e foi com esse aprendizado que Churchward traduziu as inscrições de algumas tabuinhas sagradas de pedra pertencentes a um templo na Índia (denominadas “tabuletas muvianas” ou Tábuas de Naacal), grafadas na mais antiga escrita humana, esse dialeto, de nome Nagamaia, já havia desaparecido há milhares de anos, tábuas nas quais se falava da criação do mundo e da primeira colonização da terra, levada a cabo pelos habitantes de Mu, chamados Uigures. Nelas se descreve uma religião de tipo monoteísta, que parece ser o modelo em que foram baseadas as demais.
E o tal sacerdote, também havia falado da criação do mundo e das primeiras civilizações que povoaram a Terra. Segundo Churchward, o continente e continha uma população de 64 milhões de pessoas. As inscrições indicavam sua localização (ligeiramente abaixo da Linha do Equador), sua extensão (9.600 quilômetros de Leste a Oeste, e 4.800 quilômetros de Norte a Sul). O continente abrangia quase a metade do Oceano Pacífico.
O Mapa de Mu, segundo James Churchward, se estendia do Havaí às Ilhas Fiji e da Ilha da Páscoa às Ilhas Marianas, com uma extensão de 9.600 quilômetros de leste a oeste e 4.800 quilômetros de norte a sul. O continente estava coberto por uma vegetação luxuriante e era baixo e plano, porque as montanhas só surgiriam no mundo depois da catástrofe. Nos seus dias de glória, albergara 64 milhões de pessoas divididas em dez povos, governadas por um sacerdote-imperador chamado Rah, que também era o nome dado ao Sol e a Deus. Nesta época remotíssima, a Europa era um grande pântano, e grande parte dos atuais continentes ainda estavam submersos.
Churchward também se referiu a cerca de 2.600 tabuinhas de pedra (Andesita) encontradas em “Santiago Ahuizoctla” (na verdade, San Miguel Amantla, em Azcapotzalco, ao norte da Cidade do México), pelo mineralogista norte-americano Willian Niven (1850-1937) em 1921. Nada menos que 2.500 tábuas de terra cozida, que repousam no Museu Smithsonian e no Instituto Carnegie de Washington, e cuja particularidade, não possuir qualquer traço comum nas diversas escritas pré-colombianas. Nos decalques dessas tabuinhas, James Churchward teria encontrado os mesmos caracteres naacal.
O continente teria sido o palco de uma civilização altamente desenvolvida, de onde surgiram todas as raças humanas. As diferenças entre elas, segundo Churchward, se explicavam pela “degeneração” de colonizadores emigrados de Mu. As diferenças raciais teriam levado os grupos colonizadores a migrar para diferentes partes do mundo. Tal como a Lemúria de Blavatsky, tudo o que restou de Mu foram as ilhas do Pacífico. Grandes navegadores, os Muvianos viajaram muito para fazer comércio e fundar colônias. A mais importante delas foi o império Uigur, no nordeste da Ásia. Os remanescentes dos uigures tornaram-se os arianos, de acordo com Churchward. Os mais poderosos formaram o império Uigur, cuja capital encontra-se até hoje enterrada sob o Deserto de Gobi, na Ásia. Os outros formaram outras civilizações, entre elas as também hipotéticas Atlântida e Lemúria.
Todas as ilhas do Pacífico fizeram parte um dia do enorme continente de Mu, que como a Atlântida foi devastada por um cataclismo há cerca de 12.000 anos e submergiu, levando consigo uma civilização de 200 mil anos e sessenta milhões de pessoas. Esta foi a Mãe-Pátria do Homem, o Império do Sol que fundou colônias na América do Norte e no Oriente muito antes de as tribos nômades se fixarem na Mesopotâmia. É esta a origem de tantas ruínas intrigantes e das muitas lendas e símbolos idênticos presentes em povos os mais distantes. Assim, Mu seria o berço da civilização, de onde surgiriam as colônias que depois passaram a representar o império Atlântida no Oceano Atlântico e Rama na Índia e Lemúria em um continente que existiu onde hoje é a Indonésia, Malásia, até a Austrália e um grande império onde hoje é o Deserto de Gobi, na Ásia.
Logo apareceram novos dados em que apoiar esta suposta coluna fundamental. De acordo com antigas lendas de povos que habitavam a América do Sul muito antes da chegada de Cristóvão Colombo ao “Novo Continente”. Essas lendas caíram no esquecimento após a chegada de Cristóvão Colombo à América, que culminou com a dizimação de grande parte da cultura desses povos. Mas, Augustus Le Plongeon, viajante e escritor do século XIX interessado nas Ruínas Maias do Yucatán, anunciou ter conseguido traduzir com clareza o famoso Códice Troiano [em honra de seu proprietário Dom Juan Tro e Ortelano, professor da Universidade de Madri, e que atualmente está depositado no Museu Britânico de Londres]. O manuscrito, que ele acreditava ter 3.500 anos, contaria a história de um continente que afundara com seus 64 milhões de habitantes, que teria sido conhecido dos maias.
Há uma tradição que afirma que Quetzalcoatl, o deus branco dos Astecas e Toltecas, voltou para o seu país no mar do leste, depois de haver fundado a civilização tolteca. Esse mesmo deus era adorado entre os maias sob o nome de Kukulkán.
A Literatura Tamil fala de um reino mítico chamado Kumari Kandam, comparável à Lemúria, que submergiu.
No Código Cortesiano Maia, atualmente na Biblioteca Nacional de Madri, se diz: “Com seu poderoso braço Homem fez que a terra tremesse depois do por do sol, e durante a noite, Mu, o país das colinas, foi submerso“.

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