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sábado, 29 de janeiro de 2011

Loucura Pouca é Bobagem


Estudos da pré-história da América Latina

(Parte 1)

Diego de Landa Calderón foi bispo do Yucatã. Os seus textos contêm muita informação valiosa sobre a civilização maia pré-colombiana, apesar de ter sido o principal responsável pela destruição da história, literatura e tradições daquela mesma civilização; observou num relatório que os habitantes do Yucatán diziam ter ouvido de seus ancestrais que sua península fora ocupada por um povo originário do leste, “ao qual Deus salvara, abrindo 12 passagens através do oceano”. Os estudos de Landa sobre a escrita maia serviram de base para Bounbourg tentar traduzir os códices em 1864. Resultado: um deles narrava uma catástrofe que levara ao afundamento de uma ilha chamada Mu, tal qual Platão descrevera no caso da Atlântida.
A história não vem em uma linha reta, mas em estágios, em algumas civilizações, sob alguns aspectos, foram muito mais sofisticadas do que as que lhe sucederam. As “grandes cabeças”, encontradas na Bolívia, Três Zapotes, com traços e feições da raça negra assim como as estátuas da cultura olmeca. Crê-se que tenham ao menos 2.000 anos. Inequivocamente têm características africanas. Todavia, se supõe que os negros não chegaram à America senão depois de Colombo. Os Olmecas, como eram chamados, ostentavam traços diferentes dos da população nativa e também guardam semelhanças impressionantes com as feições da esfinge do Egito. Estátuas e cerâmicas da cultura maia representando homens brancos com nariz semita, roupas sapatos e elmos completamente diferentes dos usados pelos maias são mais provas de que perdemos algo de nossa história.
O “Disco do Sol dos Astecas” fala de quatro ciclos de destruição. Por dilúvio, fogo, vento, por sangue e guerra. E prevêem o fim do mundo por uma sublevação das entranhas da Terra.
Mitos de outros lugares da América antiga falam de grandes dilúvios e uma inundação de fogo de erupções vulcânicas e terremotos. Eles falam, com um realismo perturbador, de um passado que não nos lembramos nem esquecemos completamente.
A verdadeira questão aqui é: se existiu uma civilização antiga, ainda não identificada, que influenciou o Egito, o México e a América do Sul, deixando sua marca, ainda que difícil de ser reconhecida no conhecimento? Analisando as provas isoladamente, cada uma revela muito pouco. Mas vamos analisar todos esses elementos juntos.
Pirâmides enormes, alinhadas com os pontos cardeais, incorporando conhecimentos sofisticados da matemática.
Hieróglifos fenícios foram encontrados em numerosas ruínas nas selvas da América do Sul e são tão antigas que as tribos indígenas próximas perderam as lembranças de quem as construiu.
Groelândia significa “terra verde”, o que é um paradoxo em nossos dias ao estar completamente coberta de neve e gelo praticamente todo ano. Mas a arqueologia descobriu restos de culturas tropicais, arados e outros utensílios que indicam o uso contínuo da agricultura e, portanto, a existência de um clima muito mais benigno
Tanto os aquedutos incas quanto os da Ásia Menor tem o mesmo desenho, e a conhecida pirâmide escalonada do Egito também pode ser encontrada na arquitetura pré-colombiana da América. As pirâmides são um tipo de construção muito extensa. Elas são encontradas não somente no Egito, mas também na China e na América Central, mostrando a interligação dessas culturas no passado. Como tal conhecimento chegou a culturas tão distintas e em lugares tão distantes do globo? O que interliga todas essas civilizações antigas?
Dra. Balabanova, da Universidade de Ulm, na Alemanha, descobriu que muitas múmias egípcias continham cocaína e nicotina, nativas da América do Sul. “Recebi muitas cartas ameaçadoras e ofensivas, dizendo que isso era um absurdo, que eu estava inventando. Que era impossível, porque foi provado que antes de Colombo, essas plantas só eram encontradas na América.” Ela repetiu a pesquisa em centenas de múmias e provou sua teoria. Será que, em um passado distante, marinheiros influenciaram culturas nos dois lados do Atlântico?
Coleção Plongeon (manuscrito troiano), existente no Museu Britânico de Londres:
No ano 6 de Kan, no 11º Muluc no mês Zac verificaram-se terríveis terremotos que continuaram sem interrupção até o 13º Chuen. O país dos montes de lama, a terra de Mu, foi sacrificada: foi duas vezes erguida e desapareceu repentinamente durante a noite, enquanto a bacia era constantemente abalada por erupções vulcânicas. A sua localização fez com que a terra se afundasse e se erguesse várias vezes em diversos lugares. Finalmente, a superfície cedeu e dez países foram divididos e espalhados. Não conseguiram resistir à força do abalo e afundaram-se junto.
As regiões foram então separadas umas das outras, e depois dispersas. Dez países separaram-se e desapareceram, levando consigo 64 milhões de habitantes. “Isto se passou 8060 anos antes da composição deste escrito”.
As Ilhas Sandwich, a Nova Zelândia e a Ilha da Páscoa, estão separados entre si por uma distância de mil e quinhentas a mil e oitocentas léguas, e os grupos das ilhas intermediárias, ilha Fidji, ilha Samoa, ilha Tonga, ilha Fortuna, ilha Ouvea, ilha Marquesas, ilha Taiti, ilha Pumuta, as ilhas Gambier, distam daqueles pontos extremos de setecentas ou oitocentas a mil léguas. Todos os navegantes são unânimes em dizer que os grupos extremos e os grupos centrais não podiam se comunicar entre si em virtude de sua posição geográfica e dos insuficientes meios de que dispunham. É fisicamente impossível transpor semelhantes distâncias numa piroga… sem uma bússola, e viajas durante meses sem provisões. Por outra parte, os aborígenes das Ilhas Sandwich, de Viti, da Nova Zelândia, dos grupos centrais de Samoa, de Taiti etc., jamais haviam se conhecido e nunca tinham ouvido falar uns dos outros, antes de chegarem os europeus. No entanto, cada um desses povos afirmava que a sua ilha outrora fazia parte de uma imensa superfície de terras que se estendia para o ocidente em direção à Ásia. Confrontando indivíduos de todos esses povos, viu-se que falavam a mesma língua, tinham os mesmos usos e costumes e adotavam a mesma crença religiosa. Quanto à pergunta: Onde está o berço da vossa raça? – limitavam-se, em resposta, a estender a mão na direção do sol poente.

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