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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

INFORME

Loucura Pouca é Bobagem
Tornado no Rio de Janeiro
Só falta isso para se instaurar o pânico e em seguida o caos. Há algo de podre nos canais do mangue...

A história cinematográfica do presidente Lula foi recusada pela academia americana de cinema... É muita ingenuidade dessa gente!


O meu amigo Sérgio Santeiro, que é um artista de cinema 100% brasileiro, está, mais uma vez, 100% certo nas reflexões que publica nas listas dos cineastas brasileiro. Segue o texto:

Incógnitas

E que tanto fêz a Sav ou o Minc para o audiovisual brasileiro? Manteve como há décadas a "ótica do mercado" tentada desde a Embrafilme e que ainda não se instituiu não só porque é dominado pelo filme estrangeiro mas tambem porque agora emerge o conluio globo-columbia a açambarcar a tal da vergonhosa cota de tela pra nós. O que devia haver é cota de tela pra eles. E claro nem um centavo publico para eles, direta ou indiretamente, como nos "festivais internacionais", nos adicionais de renda e outras mamatas oficiais. Que se queira mudar é ótimo. Precisamos é torcer que não seja para pior. E pior é continuar o governo a descumprir a lei do curta, por exemplo. É continuar a inventar filmes de papel. Quanto ao comando o mínimo é que seja quem conheça, aprecie e defenda o cinema brasileiro. Reformas de governo nunca deram certo. Só sabem inventar besteiras como Ancine, um gigante a atravancar a nossa área. Desde a genial intervenção do Humberto Mauro, além de cineasta, implantou o INCE. Em território ocupado temos que ser politicos para chamar a atenção do estado em cumprir seu dever. Mas aí predominam os interesses do mercado e a cada governo mudam as pessoas e as coisas e continua a exclusão de quase todos em favor do que acham que é o cinema comercial. Cada filme é cada filme, saber exibí-los e apoiá-los é o que caberia à ação de governo sem favorecimentos como sempre ocorre. Uma agência comercial para todos é o que se deveria esperar. Mas aí vêm um bando de curiosos sem eira nem beira e saem inventando manuais de editais, concursos, chances de excluir quase todos em benefício de quem nunca viu um filme na vida. Ignorantes eternizam a ignorância.A Sav veio rolando desde que o INCE perdeu o E, virou o INC mais preocupado com o mito do cinema industrial, restando um pífio Departamento do Filme Educativo que na Embrafilme virou a bobagem da "Diretoria de Operações Não-Comerciais". No sistema capitalista que nos governa não há nada não-comercial. Defendemos com a ABD a criação do Centrocine que acabou sendo instituido como Fundação do Cinema Brasileiro, infelizmente ocupada com a mesma preocupação do mito do cinema industrial e extinta nos 90. Restou o CTAv que não podia ser extinto porque parte do acordo comercial com o Canadá. Mais tarde surge a Secretaria do Audiovisual parece-me que dedicada às atividades da área cultural do cinema mantendo-a infelizmente a reboque dos interesses do cinema comercial nacional ou estrangeiro, debilitando os realizadores independentes impedindo-os de continuarem seu trabalho de construção da imagem brasileira.Se querem mudar, mudem, seria bom saber quem ou quens e o que. Se é pra fazer no escurinho de Brasília é ruim. Na minha opinião era bom distinguir cada um e todos os setores do cinema brasileiro. Essa "frente ampla", saco de gatos de interesses díspares só ajuda a permanência da manipulação e monopólio do cinemão.É preciso definir em que e como cada setor merece ser apoiado. E francamente quem não faz filme não sabe o que um filme é, devia palpitar e atrapalhar menos. Afinal não me meto em diagnóstico médico ou contenção de encostas porque não sou do ramo.

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