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domingo, 26 de setembro de 2010

Poesia

José Sette e Maria Gladys "Um Filme 100% Brazileiro" 1985
ATO DA CRIAÇÃO
(Para se en-cantar)
Quantum belo - Quão és cantando
Canta passarinho - Contos do amanhã
Eu vou cantar - Outros cantos
Em outros cantos - Inusitados cantam
Canto de um rio - Quantas mentiras
Cantos da mata - Canta aos poucos
Onde canta o sabiá - Todos os tontos
Quanto chorinho - Julgam cantar
Canta você - Canta passarinho canta
Canto da gente - Tudo que falta contar
Cantos da casa - Canta o atrevido
Contos de fada - Canta o bandido
Quanta terra - Canta e afina
Contra o mar - O velho guerreiro
Contra a natureza - Canta o violeiro
Quantos contos - Canta o aprendiz
Canta o poeta - Canta a menina
Quanta tristeza - Canta a meretriz
Canta a juriti - Cante comigo
Canta o canarinho - Essa canção
Canta o galo garnisé - Canta a viola
Canta quem pode cantar - Canta a vitrola
Canta quem sabe o que é - Canta quem conta
Canta o fado - O que sabe cantar
Quanta riqueza - Conta passarinho conta
Canta as minas - O que é preciso contar.
Enquanto a luz canta - Canta o sol
O fim do dia - Canta a lua
O amanhecer - Canta você
A noite escura - Na minha rua
Canta o mar - Cantando o seu pranto
Cresce a maré - Ao amanhecer
Espalma a pedra - Ao anoitecer
Sofre quem quer - Canta passarinho canta
Pois quem canta - Em cada canto
Seus males espantam - Quanta tristeza
Canta o branco - Traz o seu canto
Canta o índio - Canta a sereia
Canta o negro - No mar azul
Cantam todos os pássaros - Canta o barqueiro
De terras mil - De norte a sul
Canta o povo - Canta o baião
Com voz febril - No coração
Todo esse enredo - Canta o violão
Toda beleza - O samba canção
Da natureza - O que ainda falta cantar
Do meu Brasil - Canta o perdão
Quanta saudade - Cantando ou não
Conto contigo - O cruzeiro de luz
Canta passarinho canta - Dessa arte milenar
Canta amigo - Não estamos sozinhos
A estrela a brilhar - Nesses velhos caminhos
O céu estelar - Só nos resta esperar
A alma que encanta - O novo que já vai chegar
O universo infinito - Canta passarinho canta

Um comentário:

Cambralha disse...

Excepcional trabalho de arte contemporânea! 100% Brasileiro logo em seus 15 minutos iniciais, falados em Francês. texto, montagem, sinergia! pena que o Estado Brasileiro não consegue investir em produções com essa substancialidade cambraleônica do filme do Zé, ver esse filme é quase uma obrigação aqueles q trabalham com conteúdos oníricos.