
Soa a campanhinha da porta.
Gabriel:
- Quem será a essa hora?
Na sala da casa, Gabriel abre a porta para Marcos entrar apressado. Ele vai apressado até onde o velho está sentado com seu capacete e fala para Demóstenes.
Marcos:
- Pai! O Gabriel me falou que um milagre aconteceu aqui nessa casa, nessa noite, pois é, vamos, fala! Eu estou esperando...
Gabriel:
- Esperando o quê?
Marcos:
- O milagre!... Vamos pai! Fala comigo... Anda velho mitômano, fala uma mentira que seja...
Demóstenes:
- Estou com fome... Não tem nada para comer aqui nessa casa Gabriel? O que é que você quer comigo?
Marcos:
- Caralho! Você falou! Meu pai!
Demóstenes:
Pare com esse melodrama Marcos, não tem milagre nenhum... É como dizem lá no interior: - Ele esta recebendo a visita da saúde...
Marcos:
- Que bom papai que você voltou... Tenho tantas coisas para lhe dizer que nem sei por onde começar... Sei sim! Pra começar tire esse capacete ridículo da cabeça...
Julio e Mariana procuram pelas ruas da cidade um hotel, uma pousada, para passarem a noite.
Julio:
- Até agora eu não consegui entender o que esta acontecendo, acho que você tem que me dar uma explicação.
Mariana:
- Explicar o quê? Vamos amanhã a noite entregar uma encomenda...
Julio:
- Encomenda! De noite em uma praia deserta?
Mariana:
- Sim! Era necessário, além do mais o mensageiro não quer aparecer...
Julio:
- Mensageiro?... Olha! Esse hotel parece simpático, você não acha?
Julio encosta o carro na porta do pequeno hotel. Os dois saem do carro e entram na recepção.
Na casa de Gabriel, o seu pai tem o seu comportamento quase normalizado, um milagre, sem dúvida. De capacete, esperto, ágil, levantando-se com um pulo da cadeira, ele passa a andar na sala. Excitado, gesticulando muito, ele sai falando sem parar para os dois filhos atônitos.
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