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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Poema

Morreu à mingua

O Brasil não tem mais graça
Deixou de ser um sonho
Passou a ser uma rima
Do casal enamorado
De o metafísico ser que dizia

Só contemplo o que não pode ser visto
Só penso o que não pode ser pensado
Só ando por onde não se deve andar
São as marcas da minha rebeldia

Aos quatro ventos insisto
Por onde quer que eu vá
Vejo quem é marcado
Pela brasa rubra da valentia

Só se é valente quando a certeza é maior que a razão
Só se é covarde quando o medo é maior que a certeza
Só se é santo quando a razão deixa de existir

Aos puros a presunção do perdão
Aos ímpios o castigo da pobreza
Aos teístas a adoração e o refletir

Não nasci guerreiro
Não comi o pão que o diabo amassou
Não me convenceram de nada
Não sei o que faço aqui

Quem é esse brasileiro?
Quem é a sua mulher amada?
Quem sabe se eu sou?
Quem nós vamos encontrar ali?

Sim! Eu mesmo me espero
Sem pressa de chegar
Sim! Eu e você no juízo

É assim que vamos está
É só isso que espero
Com o fim do paraíso

Uma farsa aliterante
Um dogmatista causticante
Uma onda que passa
Um sonho infantil que fica


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