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terça-feira, 12 de julho de 2011

CINEMA E MEMÓRIA

Os nazistas e os homossexuais

Na década de 1920, Berlim tornou-se conhecida como um éden para os homossexuais , onde gays e lésbicas viviam uma vida relativamente aberta no meio de uma cultura emocionante e transformadora de artistas e intelectuais. Berlim era uma festa. Com a chegada ao poder dos nazistas, tudo isso mudou. Entre 1933 e 1945 100.000 homens foram presos nos termos do Parágrafo 175, a pena para a homossexualidade do código penal alemão, que remonta a 1871. Alguns foram presos, outros foram enviados para campos de concentração. Destes últimos, apenas cerca de 4.000 sobreviveram. Hoje, menos de dez desses homens são conhecidos por serem vivos. Cinco deles vêm contar suas histórias pela primeira vez neste filme novo e poderoso. A perseguição nazista aos homossexuais pode ser a última história não contada do Terceiro Reich. Parágrafo 175 preenche uma lacuna importante no registro histórico, e revela as conseqüências duradouras deste capítulo oculto da história do século 20, como dito por meio de histórias pessoais de homens e mulheres que a viveram: o combatente da resistência, meio judeu, meio gay que passou a guerra ajudar refugiados em Berlim, a lésbica judia que fugiu para a Inglaterra com a ajuda de uma mulher que tinha uma queda por ela; o fotógrafo alemão Christian, que foi preso e encarcerado por sua homossexualidade e, em seguida, se alistou no exército ao ser solto porque ele "queria estar com homens"; o adolescente francês que viu o seu amante torturado e assassinado nos campos. São histórias de sobreviventes - às vezes amargas mas apenas como muitas vezes cheios de ironia e humor; torturados por suas memórias, ainda repletas de muita vontade de resistir. Seus comoventes testemunhos, prestados com imagens evocativas da sua vida e da época, contam uma história, assombrosa e convincente de resistência humana em face da crueldade inominável. Parágrafo 175 levanta questões provocativas sobre memória, história e identidade. Foi exibido no 8º Mix Brasil, em 2000, Parágrafo 175, para variar, não foi distribuído comercialmente no Brasil. Veja o trailer.

O cinema francês de hoje e de ontem


Assisti, outro dia ao filme O Diário Roubado (Le Cahier Volé, 1993), de Christine Lipinska.Um dos roteiristas deste filme, Bernard Revon, trabalhou com Truffaut, inclusive nos roteiros de Beijos Proibidos (Baiser volés, 1968) e Domicílio Conjugal (Domicile conjugal, 1970). A característica típica da obra de Truffaut, a mistura de lirismo e crueldade, contaminou a trama de O Diário Roubado. Eis aqui uma belíssima cena entre Virginie e Anne, as jovens amantes.




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