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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Casos Políticos

Redobrando a eterna vigilância

Sempre disse ao meu amigo Mario Drumond, autor da Gazeta.blogspot.com, que o governo democrático, transformador e socialista do presidente da Venezuela, Hugo Chaves, só teria futuro se tivesse o apoio incondicional das Forças Armadas do seu país.
Como Hugo Chaves é um militar vitorioso, inteligente e carismático, penso que ele e suas idéias conquistaram a maioria dos jovens oficiais,dominando, entendendo e controlando a sede golpista dos velhos militares latinos americanos que tem como ideal e formação, toda a cultura belicista apreendida, praticada, desejada e invejada, das Forças Armadas do Império anglo-saxão.
Acredito que o presidente Chaves tem o apoio do seu povo, em sua grande maioria, mas acho que ele e seus seguidores deveriam redobrar a vigilância aos seus subordinados da caserna.
As últimas notícias vindas do país vizinho são de deserção e desabastecimento, desilusão e revolta popular. (Precisamos dar os devidos descontos a uma mídia capciosa e claramente comprometida aos poderosos interesses contrários)
Mesmo assim é preciso, portanto, ficar atento e forte, pois além da pressão interna, minoritária, composta das elites, que tiveram alteradas suas economias; dos empresários (das comunicações), que foram muitas vezes forçados a aceitarem as novas regras de um país que se quer socialistas. E agora da classe média, famintos consumidores, todos contrários a qualquer mudança no sistema que possa acabar ou racionar com o melhor que o dinheiro pode comprar.
Esses grupos sociais que sempre viveram das mordomias capitalistas, ficam enlouquecidos, possessos, quando vão a um supermercado, uma loja, um bazar, das suas cidades e os encontram fechados ou com suas prateleiras vazias.
Os militares, classe média, são sensíveis a tudo aquilo que provoca a insegurança nacional. Desestabilizando o apoio das Forças Armadas ao governo bolivariano, surge novamente a possibilidade do golpe.
Abram os olhos, sonhadores! Eles estão ficando loucos...
Já vivemos estas histórias umas dezenas de vezes pelas bandas de cá. Mas, é preciso lembrar que na Venezuela, diferente de Cuba, não se fez uma revolução armada, mas se conquistou o poder através de eleições limpas diretas e democráticas.

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