ABAIXO TEXTOS - CRÍTICAS - ENSAIOS - CONTOS - ROTEIROS CURTOS - REFLEXÕES - FOTOS - DESENHOS - PINTURAS - NOTÍCIAS

Translate

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Poema e Crônica Urbana




Mentira. Si lo hacía de engaños, 
y nada más. Ya está. De otro modo, 
también tú vas a ver 
cuánto va a dolerme el haber sido así. 

Mentira. Calla. 
Ya está bien. 
Como otras veces tú me haces esto mismo, 
pero yo también he sido así. 

A mí, que había tanto atisbado si de veras 
llorabas, 
ya que otras veces sólo te quedaste 
en tus dulces pucheros, 
a mí, que ni soñé que los creyeses, 
me ganaron tus lágrimas. 
Ya está. 

Mas ya lo sabes: todo fue mentira. 
Y si sigues llorando, bueno, pues! 
Otra vez ni he de verte cuando juegues.



Reflexões do Desespero
Nana Carneiro Da Cunha

Ontem eu tava exausta, chorei baldes. O negócio foi forte, tipo histérica, louca, desesperada. Andei pela casa, sentei no chão aos prantos, rezei, acalmei um pouco, desesperei de novo e entrei no chuveiro, meleca escorrendo pra todo lado e o ápice : aquela falta de ar de quem se esqueceu como é que se respira. Tipo assim a coisa tava braba mesmo. Daí parti pro S.O.S. Natureza e fui andar no Jardim Botânico. Cheguei numa arvrona que tem lá e que eu amo, olhei pra cima vendo aquele esplendor imenso e chorei mais baldes. Pensei, caramba essa árvore tá aqui há séculos, impávida, e a realeza dela me acalmou. Sentei numa das raízes e fiquei respirando de olhos fechados. Deu resultado. Melhorei horrores. Fiquei ali sentindo o solzinho do fim de tarde e achei que tinha passado o surto de desespero. Me dei por satisfeita e fui andando pra saída do parque. Passei por uma alameda que dá vista pro Cristo Redentor. E ao avistar aquela montanhona linda com a floresta em baixo e o céu azulíssimo atrás me debulhei de novo... botei os óculos escuros pra não dar muito na vista e segui andando e chorando dessa vez tranquilamente, não tão soluçante. Já tava numa boa, quase cantando quando um guarda veio de bicicleta e disse que o parque tava fechando. Eu disse que sabia e tava indo pra saída mesmo... Foi só abrir a boca pra falar que comecei a chorar de novo. E assim segui até a saída. Dali achei melhor continuar a terapia na Natureza e me embrenhei na mata em direção a cachoeira. Foi lindo porque tive que me concentrar muito no caminho que normalmente é fácil e conhecido, mas que tava um caos por causa da última chuva. Quase me arrependi da idéia quando vi aquele cenário pós torrente mas acabei encarando a parada e virei uma macaca. Não deu tempo mais de chorar. Segui. Suando. A cara vermelha e quente com o esforço da escalada pelos troncos imensos caídos pelo meio da trilha rio acima. Finalmente cheguei na gruta. Não tinha ninguém e já tava quase escurecendo. Entrei. Cantei baixinho, dei mais uma choradinha básica e finalmente um grito daqueles que se você escutar e não souber o que é vai te dar medo. Saí da gruta e fiquei quieta no silêncio da mata. Escutando os bichinhos da noite. Coisa boa de se fazer quando se está meio maluca. O escuro da noite chegando me fez pensar que tava de bom tamanho e comecei a voltar. Cheguei no asfalto já quase noite. Cheguei em casa exausta e bem mais relaxada. Comi um peixinho e dormi profundamente. Hoje acordei ótima e me dei conta de que além de todas as paradas desse fim de ano revolucionário que já bastariam pra uma leve enlouquecida na minha cabecita o que rolou ontem foi a TPM!!! Gente, é realmente incrível o poder dos hormônios na vida de uma pessoa. Mais incrível ainda o poder da Natureza na regeneração da saúde mental e física. Sem ela não consigo seguir. Floresta é a minha droga. E viva os hormônios!!! 


Nenhum comentário: