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domingo, 6 de novembro de 2011

Estamos chegando ao fim de alguma coisa...

Desde que a guerra tornou-se tecnológica, como vimos na invasão do Iraque, com bombardeios e perseguições acompanhados por imagens transmitidas pelas televisões de todo mundo, ficou claro que neste planeta estamos todos vigiados por milhares de olhos eletrônicos e a qualquer deslize nosso podemos ser atacados e trucidados por bombas e projetos que cairão, como uma chuva sinistra de luzes, de todas as partes do céu.

A experiência bélica americana continua mundo afora agora ela é testada na selva amazônica: o revolucionário Afonso Cano, um intelectual de classe média e líder máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, morreu nas sombras da noite de sexta-feira, dia 4 de novembro, depois de um bombardeio tecnológico em plena selva.

Assisti a cena do ataque a FARC pela tevê em filmagens noturnas feitas com infravermelho - tecnologia usada na guerra do Iraque, Afeganistão, até a mais recente contra os países árabes do petróleo: o massacre da Líbia.

Agora é o presidente de Israel, Shimon Peres, com a balela conhecida das armas nucleares, químicas e de destruição, que o estado judeu possui em quantidade secreta, que afirmou ser favorável a um ataque contra instalações nucleares do Irã.

Aonde vamos chegar com tudo isso? Quem tudo quer nada pode! Uma hora chega ao fim... O pior é se for o fim de tudo!

Noam Chomsky, professor de lingüística, filósofo e anarquista americano, que eu vim a conhecer pelos seus artigos, me parece que é o grande analista das possíveis mudanças do pensamento da juventude, dos trabalhadores, estudantes, negros e muitos outros americanos que protestam na Wall Street em NY.

Diz ele: “...Essa mudança na perspectiva estadunidense evoluiu a partir dos anos 70. Numa mudança de direção, vários séculos de industrialização converteram-se numa desindustrialização. Claro, a manufatura seguiu, mas no exterior; algo muito lucrativo para as empresas mas nocivo para a força de trabalho... A economia centrou-se nas finanças. As instituições financeiras se expandiram enormemente. Acelerou-se o círculo vicioso entre finanças e política. A riqueza passou a se concentrar cada vez mais no setor financeiro. Os políticos, confrontados com os altos custos das campanhas eleitorais, afundaram profundamente nos bolsos de quem os apoia com dinheiro... O mundo está dividido em dois blocos: a plutocracia e o resto, resumiu. Estados Unidos, Grã Bretanha e Canadá são as plutocracias-chave: as economias impulsionadas pelo luxo... Quanto aos não ricos, às vezes se lhe chamam de precariado: o proletariado que leva uma existência precária na periferia da sociedade. Essa periferia, no entanto, converteu-se numa proporção substancial da população dos Estados Unidos e de outros países... Pela primeira vez na história há ameaças reais à sobrevivência da espécie humana. Desde 1945 temos armas nucleares e parece um milagre que tenhamos sobrevivido. Mas as políticas do governo Barack Obama estão fomentando uma escalada. Karl Marx disse: a tarefa não é somente entender o mundo, mas transformá-lo. Uma variante que convém ter em conta é que, se queremos com mais força mudar o mundo, vamos entendê-lo. Isso não significa escutar uma palestra ou ler um livro, embora essas coisas às vezes ajudem. Aprende-se a participar. Aprende-se com os demais. Aprende-se com as pessoas com quem se quer organizar. Todos temos de alcançar conhecimentos e experiências para formular e implementar ideias.

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