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domingo, 13 de outubro de 2013

Um Conto de Reis



COMO AS MULHERES TEM FICADO MAIS BONITAS

 Fábio Carvalho


Tumbir frases para não dizer amor. Que gênio quase desconhecido era o Louis Armstrong o negão, casa de sombra,vida de monge, quanta cachaça na minha dor. O silêncio pode ser uma resposta. Tem sido difícil ao mesmo tempo muito profundo e cálido, talvez um necessite do outro, se intercalando em paralelo. Pra que negar a beleza? Nem sei se isto é uma pergunta. Que coisa meu; aonde vamos juntos chegar. Onde será. Nova interrogação. Porquê tudo na vida há de ser sempre assim. Da janela ouvi Lucio Alves cantando Dindi, pela segunda vez, da primeira era ontem à noite e eu já estava qualquer coisa, mesmo assim nunca serei mais o mesmo. Cataguases. O fenômeno da lua vazia. Voltei ao jardim de gerânios plantados no minúsculo canteiro da entrada do prédio de classe média na velha rua que era um córrego em frente ao supermercado. Já estivemos vivendo nos mesmos e vários lugares da região, digo para mim e para meus outros eus. Sempre os carrego. E agora vamos ao Wagner. Ouvimos todas as faixas nas procelas do mar, dia e noite sem intervalos de descobertas, que assim como poemas não tem utilidades aparentes, muito menos palpáveis. Se bem que estou pegando muito bem nessa opulência branca boa de pegar. Penso indo além da magnífica música que toca vinda do Megacubo depois de consertado o Bad block. Muito bom. Ouvindo Baden Powell lembrei quem era exatamente quando vi um concerto dele, o mesmo Baden, no Teatro da Cidade, durou mais de três noites. Deixa porque hoje tudo é natural. Espalhou um pé de Avenca e a Rosa, pergunta. Canção das Flores. Não eu só vou se for para ver uma estrela aparecer. Até eu. Prosseguir sem ter para onde ir. Vendo a vida passar. Duvido o dó. Ô professor! Grita lá de baixo do Centro de tudo o aluno mais velho sem se importar com a audiência e assim mesmo foi gol. Selvagem. Ela inventou me sacaneando muito bem. Gostei mais ainda dela metida naquele vestido Rosa, falando ao celular no corredor iluminado da Galeria Central na hora do rush. Imagina sem. O quê responder? Mais uma pergunta se apresenta. Sem respostas só imaginando. Também respostas para o quê? Quem vem Lá? Mais uma interrogação. Nem foi tempo perdido. Se já está falado, para que escrever, quero mesmo é voltar ao meu Rio de Janeiro. Todo o mundo vendo. É por isto que não dou colher de chá, nem vem na cola, se entrar de sola você vai dançar. O surdo batendo no coração. Chega de dúvidas nem certezas estou querendo, o abismo é de Rosas. Dilermando Reis. Fui mesmo assim novamente ao Bar do Caçapa porque era Sábado e tive que ouvir de novo o solo do Jimmy Page, mais uma vez e foi muito bom. Na sequência a vida ainda Supertramp, pode ser brega mais acontece, quero mais um, minha filha puxou minha orelha, não posso me derramar. Vou dormir no sofá por hoje, de madrugada volto para cama. Full screem. Tá legal, eu aceito o argumento, mas não me altere o Samba tanto assim. Fora do Carnaval. Samba no chafariz. A Lua alumiara o mar. Vagueia devaneia.  Retorci com as lembranças dentro da aquarela aguada naquele pequeno retalho de papel Canson dos anos 40. Vintage. Tira e pendura a saia que eu quero ver. Até o Sol raiar.  Amor não tem que se apagar. Amanhã é Domingo. Até o fim eu vou te amar. Não posso negar que gosto do é nós e tá ligado. Use somente sua imaginação, encontrei com minha turba onde estou narrando, e a gente vai levando. Não faltou ninguém naquela calçada protegida por todos os Santos com tudo em cima, vamos tomando de cuca nova, nó na madeira. A criança menino é o mistério do Guignard. Todo mistério deve ser respeitado. Não dá para concordar com tudo. Depois que vi todas as alunas reunidas e vestidas com a roupa do parque na medida certa, pensei em parar de pensar e nem olhar par trás, o transporte estava garantido. Ela tinha a chave do carro. Furo o dedo. Continuo observando sem idealizar quando a pedra divide as águas límpidas da pequena viagem da festa das Jabuticabas, ainda tento imaginar. Ouço a rádio com prazer. Talvez ela venha, de repente e sorrateira, como nem se espera, improvável. O desejo. Consegui sem falar Cinema. Onde havia espanto foi só ousadia. Brincadeiras de um curumim.

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