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terça-feira, 10 de junho de 2014

Deformação artística

VER COM OLHOS LIVRES


É preciso conhecer a atriz Maria Gladys para depois não falar qualquer coisa sobre ela. Mulher guerreira, libertária, atriz de primeira grandeza, sempre a frente do seu tempo, não pode ser desprezada, principalmente pelos seus pares artistas, que, de uma forma ou de outra, estão perto dos poderosos da mídia. Eles precisam saber se são pessoas sensíveis e talentosas, que podem transformar realidades e mudar histórias, ou nada são.

Quero crer que essa extraordinária atriz, como tantos outros talentos perdidos por esses brasis afora, não precisa de esmola, precisa é de trabalho!                                                                                                     

O verdadeiro artista trabalha até morrer em sua arte.                 

Portanto, autores da dramaturgia nacional, produtores, realizadores: Maria Gladys é a imagem de um Brasil que esta se perdendo, não é como uns e outros estereótipos do povo brasileiro que hoje domina a cena, ela é peça única no mercado de arte e, no mínimo, merece mais respeito por todo o seu trajeto histórico. Uma pessoa de tão grande importância para a cultura e identidade brasileira merecia ser tratada como um patrimônio da cidade do Rio de Janeiro. Foi o que fez o Deputado Estadual Roberto Henriques quando lhe honrou com a medalha de Tiradentes em nome da sua grande contribuição a nossa cultura.

Para quem não conhece segue um resumo de sua talentosa história.
Nascida na zona norte carioca, começa sua carreira no teatro, sob as ordens de Gianni Ratto e Kleber Santos.
Seu primeiro papel importante é em 1959, numa ponta na peça "O Mambembe", apresentado no Teatro dos Sete.
Em seguida atua no Teatro Jovem, no Mesbla e no Dulcina, onde tem como mestre, Ziembinski.
Estréia no cinema em 1959 no filme Um Canalha em Crise, dirigido por Miguel Borges, que acaba proibido pela censura e só estréia em 1963.
Faz mais de trinta filmes, destacando-se Os Fuzis (64), Copacabana Me Engana (69), A Família do Barulho(70),  Sem Essa Aranha(70), Cuidado Madame (70), Bandalheira Infernal (75)Um Filme 100% Brazileiro(86)e Matou a Família e Foi ao Cinema (90) entre outros.
De personalidade forte e grande talento, é uma das grandes atrizes da geração anos (60)
Ultimamente tem se dedicado à televisão, atuando em inúmeras telenovelas pela TV Globo, como "Brilhante" (81) e "Vale Tudo" (88).
Ao lado de Helena Ignez, Maria Gladys é uma das musas eternas do Cinema poético, de resistência e invenção, corrente da vanguarda do cinema brasileiro que surgiu no final da década de 60.

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