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domingo, 30 de março de 2014

DOIS EM UM


A MORTE
Não são todos os dias que vemos cientistas se lançando a explorar temas mais filosóficos como a existência da alma ou da vida após a morte, por exemplo, muito menos que venham a público defender suas teorias. Contudo, Robert Lanza, um respeitado pesquisador norte-americano, defende que a morte não existe, afirmando que esse evento não passa de uma ilusão criada pelas nossas mentes. Segundo Lanza, a vida não passa de uma atividade do carbono e uma mistura de moléculas que dura por tempo determinado. O que morre é o nosso corpo que, então, se decompõe sob a terra. Para o cientista — que baseia suas alegações na física quântica e no biocentrismo —, a ideia de “morte” apenas existe porque ela foi sendo passada de geração para geração, ou seja, porque fomos ensinados a acreditar que morremos. Além disso, a nossa consciência associa a vida com a existência do corpo, e todos sabemos que os corpos morrem. De acordo com Lanza, a morte não deveria ser encarada como algo definitivo, como o fim de tudo, pois, seriam a biologia e a vida as responsáveis por criar a realidade do Universo, e não o contrário.  E mais: o espaço e o tempo não passam de ferramentas criadas pela mente para que a nossa realidade faça sentido. Sendo assim, uma vez que a ideia de que o espaço e o tempo não existem é aceita, isso significa que nos encontramos em um mundo sem limites espaciais ou lineares. Essa mesma hipótese é defendida pelos físicos teóricos, que acreditam na existência de múltiplos universos nos quais diferentes situações estariam acontecendo simultaneamente. Portanto, se o transcorrer de nossas vidas — começo, meio e fim — está acontecendo em todos esses universos simultaneamente, então a morte não pode existir. Mas e o corpo, que morre e se decompõe? Essa “mistura de moléculas e atividade do carbono” volta para o Universo, onde passa a existir como parte dele.
RENASCER EM OM

Joseph Campbell fez uma visita a Jung. Quando estava prestes a partir, Jung disse: 
"Então, você vai para a Índia. Deixe-me contar-lhe o que significa OM. Quando eu estava na África, alguns de nós foram dar uma caminhada. A um dado momento, nos vimos perdidos. Olhamos em volta e vimos uns rapazes com umas coisas no nariz, numa perna só, apoiando-se em lanças. Ninguém sabia como conversar com ninguém. Não conhecíamos a sua língua. Foi um momento tenso. Todos apenas se sentaram e ficaram se olhando. Quando todo mundo sentiu que estava tudo bem - 'tá tudo bem, essas pessoas são boas, são totalmente do bem' - o que eu escuto? 'OM ... OM... OM...'
"No ano seguinte, estava na Índia com um grupo de cientistas, e se tem uma variedade da espécie humana que não é suscetível ao espanto, são eles. Fomos para a região de Darjeeling, para a Colina do Tigre, que é uma experiência maravilhosa. Você é acordado bem cedinho, cerca de uma hora antes do nascer do sol, e vai de carro, no ar frio da manhã, até a beira de uma montanha alta. Está escuro. Quando o sol nasce, vê-se milhões de milhas quadradas de picos do Himalaia, formando as cores do arco-íris. O que eu ouvi dos cientistas? 'OM ... OM ... OM ...' OM é o som que a natureza faz quando está satisfeita consigo". O que quero dizer é que AUM (ou OM) ouvido em silêncio informa todas as coisas. Todas as coisas são manifestações dele. Agora você está voltado para dentro. O segredo de se ter uma vida espiritual enquanto caminha pelo mundo é ouvir o AUM em todas as coisas, o tempo todo. Se fizer isso, tudo se transforma. Você não precisa mais ir a lugar algum para encontrar sua satisfação e realização e o tesouro que procura. Está aqui. Está em toda parte.

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