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sábado, 3 de novembro de 2012

NOTÍCIAS


FIM DE MAIS UM CINEMA 
O cinema da praia de Ipanema está fechado e o contrato com a estação botafogo foi rompido por ganância ou incompetência do estado a quem foi doado o espaço. O Laura Alvim é administrado pela Secretaria de Cultura do Estado. O espaçofoi doado por sua última proprietária, Laura de Villalba Alvim (1902-1984),em 1983, para fosse utilizado como centro cultural. Além dos três cinemas, a casa abriga um café, uma livraria, um teatro com 245 lugares, uma galeria de arte e um museu. Dizem que uma nova licitação de ocupação das três salas já está em andamento. É esperar pra ver!!!
O CINEMA NIGERIANO NAS TELAS DA CAIXA CULTURAL RIO   Mostra “Nollywood – O caso do cinema nigeriano” reúne 12 filmes inéditos no Brasil e 4 mesas de debate com convidados internacionais A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta, de 06 a 18 de novembro, a mostra “Nollywood – O caso do cinema nigeriano”, com uma seleção de 12 filmes produzidos em Nollywood, a indústria cinematográfica da Nigéria, que em 2012 celebra oficialmente vinte anos. Todos os filmes são inéditos no Brasil, selecionados pelos curadores Maria Pereira e Bond Emeruwa. A programação fornece ao público um panorama histórico das expressões e práticas de Nollywood, desde o clássico “Living in Bondage” até “Tango With Me” - grande produção recentemente em cartaz no circuito nigeriano e europeu -, e traz alguns de seus profissionais mais expoentes para mesas de debates na CAIXA Cultural.“Na escolha dos títulos, uma lista de dificuldades, a começar pelo desafio de eleger 12 filmes de uma cinematografia vastíssima e inédita no Brasil. Foram pré-selecionados 35 filmes a partir de sua relevância na história de Nollywood, seja pelo êxito comercial alcançado, debate que foi capaz de provocar na sociedade ou pela notoriedade obtida internacionalmente. Para este olhar histórico foram considerados três grandes períodos. Momentos que, segundo profissionais nigerianos e estudiosos sobre o tema, marcam propostas estéticas e estruturas de produção e distribuição da indústria: 1992-98 (conhecida como “The Beggining” ou “Classics VHS”); 1999-2007 (nomeada como o Boom); e 2008 até o presente (chamada de Nollywood Now ou New Nollywood)”, explica a curadora Maria Pereira. No período de 14 a 17 de novembro (quarta-feira a sábado), sempre às 19h, acontecem os debates com diretores dos filmes programados e especialistas como Zeb Ejiro, Kunle Afolayan, Mahmood Ali-Balogun, Marco Aurélio Marcondes, Julia Levy, Jonathan Haynes, além do curador Bond Emeruwa, cineasta e produtor nigeriano, também presidente da Associação de Cineastas, Entre os temas em pauta, o contexto de realização e difusão dos filmes  no continente africano e propostas alternativas para o cinema brasileiro inspiradas na experiência nigeriana. 

O Familiar é um ser terrível engendrado como fruto do pacto de Patrão com Zupay, uma entidade maligna, com o intuito de garantir terras e poder. Em troca, o sangue e a alma dos peões, que são violentamente explorados pelo Patrão, são destinados a Zupay, cabendo ao Familiar, que se manifesta por várias formas, o dever de manter o mando de Patrão sobre tudo e todos na região. No entanto, surge uma forma de resistência, liderada por outros seres que visam libertar os peões de sua escravidão.Filmado em Salta e Tucumán, em 1972, durante o governo do General Lanusse, El Familiar é exibido comercialmente na Argentina somente em outubro de 1975, após ter ficado censurado, durante anos. O filme, sob tom alegórico, retrata a ação do imperialismo estrangeiro, auxiliado pelas forças conservadoras nacionais (latifundiários e militares), em pugna com as organizações guerrilheiras do país. Getino se inspirou no folclore do Norte argentino para criar a sua alegoria de uma Argentina convulsionada pela violência política. Zupay é um ser maligno, às vezes interpretado como sendo o próprio diabo. É um ser que representa o mal, o sofrimento, o infortúnio. Por sua vez, o Familiar é o cão do diabo ou, às vezes, o próprio diabo, embora se manifeste sob outras formas, como o de uma grande serpente, chamada Viborón. Segundo as lendas da região açucareira de Tucumán, os senhores de engenho sacrificavam um peão ao Familiar, em troca de um ano próspero. É descrito como um enorme cão preto ou como um demônio, arrastando uma corrente, ou então, como um cão sem cabeça, que atravessa os canaviais atrás de suas vítimas. Octavio Getino nasceu na cidade de León, Espanha, em 6 de agosto de 1936. Fugindo do franquismo, se fixa na Argentina, em 1952, com os seus pais. Vinculado ao peronismo, cria ao lado de Fernando Pino Solanas o Grupo Cine Liberación e ambos realizam a mítica trilogia fílmica La hora de los hornos (1966/8). Em seguida, os dois fundadores do Grupo, junto com Gerardo Vallejo, codirigem os longas Perón: actualización política y doctrinaria para la toma del poder (1971) e Perón, la revolución justicialista (1971). É corroteirista de El camino hacia la muerte del viejo Reales (1968), de Vallejo. Escreve e dirige em 1972 o seu único longa de ficção, El Familiar. Com a posse do presidente peronista Héctor J. Cámpora, Getino é convidado a dirigir o Ente de Calificación Cinematográfica, o temível órgão de censura criado em 1969. Libera vários filmes até então proibidos, mas permanece poucos meses no cargo, retirando-se por divergências com o governo. Após o Golpe militar de 1976, exila-se no Peru e, em seguida, no México, onde inicia a sua profícua tarefa de pesquisador, realizando vários estudos sobre mercado audiovisual, comunicação e cultura na América Latina, com várias publicações importantes sobre o tema. Com a redemocratização da Argentina, regressa em 1987, e assume a direção do Instituto Nacional de Cinematografía (INC), de 1989 a 1990. Leciona na Universidad Nacional Tres de Frebrero e na sede argentina da FLACSO (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais).

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