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domingo, 22 de novembro de 2009

Meu próximo filme

Sérgio Bandeira
Herói Marginal

Um musical? Um policial? Uma comédia? Um dramalhão? ...

Uma obra aberta?

Qual será o fim dessa história?

Apresentamos nossos personagens:

Erodino é o nome do nosso herói marginal.

Erodes é o nome do seu pai.

Maria, sua mãe, já tinha uma filha de seu primeiro casamento quando casou com Erodes, que por não gostar do nome da menina, passou a lhe chamar de Erundina, embora não fosse esse o seu nome de batismo.

Erundina tinha sete anos quando Erodino nasceu.

Herodes, moralista e religioso, batia em Maria quando ela estava grávida, pois cismava que o filho que ela esperava seria fruto de uma traição.

Erodinho nasceu prematuro, em casa, no bairro classe média da cidade.

Sua mãe não teve tempo de chegar ao hospital, morreu quando ele nasceu.

Erodinho! Assim ele era chamado quando criança.

Erodes começa a beber e a brigar com o filho e com sua filha de criação.

Erodes trabalhava como chefe de segurança da noite no shopping da cidade e dormia em casa de dia.

Erodino tinha dez anos, quando viu o seu pai Erodes, chegando do trabalho, acordar, molestar e depois bater em sua irmã, Erundina, agora com dezessete anos. Erundina amava Erodino e foi ela quem lhe despertou o desejo e depois passou a lhe ensinar, na ausência do pai, de como ele deveria se comportar com as mulheres. Recebia do irmão o carinho que não tinha com o velho Erodes. Erodino lhe prometia que um dia lhe tiraria das garras covarde do pai.

Erodino era uma criança tímida, mas não tinha medo, falava pouco e nunca chorava. Sempre solitário, escondia-se pelos cantos da casa e andava de cabeça baixa pelas ruas da cidade.

Ali perto havia dois grandes comerciantes: o dono da joalharia, o Senhor David, com seu filho Mateus, de cinco anos e a dona de uma loja de roupas, a Senhora Judite, com sua filha Madalena, um pouco mais nova.

Erodino, um dia, andava pelas ruas, quando avistou uma criança que ia ser atropelada. Por puro instinto, corre em direção do menino, que está parado no meio da rua pegando alguma coisa (um bolo de dinheiro) que estava no asfalto. Dinheiro perdido pelo seu pai quando, com ele, atravessava a rua. Muita gente assistiu a cena. O pai do garoto estava do outro lado da rua, distraído, quando sentiu falta do menino, surpreso, vendo a cena, corre para pegar o filho salvo da mão de Erodino.

Erodino salvou o menino Mateus de cinco anos! Comentavam as pessoas na rua e todos foram cumprimentar o jovem herói. Pela primeira vez na sua vida havia sido respeitado, cresceu sua auto-estima, neste dia foi até aplaudido...

A cidade banhada pelo sol e pelo mar situa-se em uma região, em um ponto turístico, muito procurado por estrangeiros em busca de suas famosas praias, repletas de mulheres louras e morenas, amazonas de poucas roupas.

Cinco anos depois Erodino, com quinze anos, andava com seu amigo Mateus pelas ruas do bairro. Mateus foi quem abreviou o nome de Erodino, o seu ídolo, para Erói, o seu protetor.

Erói vivia na rua. Na sua casa o seu pai continuava a maltratar Erundina.

Quando ele fez 20 anos, tentando separar uma briga do pai, que batia com um cinto de couro na sua irmã, esmurrou o velho bêbado que caiu desmaiado. Erói fugiu definitivamente de casa e passou a viver na casa do malandro Pedro, seu amigo de infância, que comandava o tráfico no bairro, levou com ele Erundina.

Erói passou a vender droga para manter o seu sustento.

Seus principais fregueses eram os amigos ricos de Mateus.

Erói vivia com Erudina, mas amava Madelena, que amava Mateus, que não amava ninguém.

Erundina esta com 32 anos, Erói com 25 anos, Mateus com 20 anos e Madalena com 19 anos.

Mateus, Madalena e Erói, andam a beira mar, na praia vazia...

Assim começa a história do Herói Marginal.

Assim termina uma parte dessa história.

Um comentário:

Anônimo disse...

José Sette,tenho uma história que aconteceu em BHZ, com Sergio Bandeira,Linquinho e eu (Lina), na Álvares Cabral onde morávamos.
Era um domingo noite,Linquinho vai para o restaurante Lucas e encontra Sergio Bandeira completamente imundo,sem um tostão furado, chegando de trem na classe indigente vindo de Montes Claros onde foi se apresentar e acabou roubado por uma mulher no hotel,motel.Na madrugada, Linquinho volta bêbado e com Sergio bêbado igual.Dormiu depois de muito cantar no banheiro. Me vi às voltas com Sergio por alguns dias quando viajamos e Sergio teve de sair da casa.Quando voltamos de viagem decobrimos que por lá ele ficou e me levou várias roupas, cheques etc. Uma aventura. Lina