FIM DE MAIS UM CINEMA
O cinema da praia de
Ipanema está fechado e o contrato com a estação botafogo foi rompido por
ganância ou incompetência do estado a quem foi doado o espaço. O Laura Alvim é administrado pela Secretaria de
Cultura do Estado. O espaçofoi doado por sua última proprietária, Laura de
Villalba Alvim (1902-1984),em 1983, para fosse utilizado como centro
cultural. Além dos três cinemas, a casa
abriga um café, uma livraria, um teatro com 245 lugares, uma galeria de
arte e um museu. Dizem que uma nova
licitação de ocupação das três salas
já está em andamento. É esperar pra ver!!!
O CINEMA NIGERIANO NAS TELAS DA CAIXA CULTURAL RIO Mostra “Nollywood –
O caso do cinema nigeriano” reúne 12 filmes inéditos no Brasil e 4 mesas
de debate com convidados internacionais A CAIXA Cultural Rio de
Janeiro apresenta, de 06 a 18 de novembro, a mostra “Nollywood – O caso do
cinema nigeriano”, com uma seleção de 12 filmes produzidos em Nollywood, a
indústria cinematográfica da Nigéria, que em 2012 celebra oficialmente
vinte anos. Todos os filmes são inéditos no Brasil, selecionados pelos
curadores Maria Pereira e Bond Emeruwa. A programação fornece ao público
um panorama histórico das expressões e práticas de Nollywood, desde o
clássico “Living in Bondage” até “Tango With Me” - grande produção
recentemente em cartaz no circuito nigeriano e europeu -, e traz alguns de
seus profissionais mais expoentes para mesas de debates na CAIXA Cultural.“Na
escolha dos títulos, uma lista de dificuldades, a começar pelo desafio de
eleger 12 filmes de uma cinematografia vastíssima e inédita no Brasil.
Foram pré-selecionados 35 filmes a partir de sua relevância na história de
Nollywood, seja pelo êxito comercial alcançado, debate que foi capaz de
provocar na sociedade ou pela notoriedade obtida internacionalmente. Para
este olhar histórico foram considerados três grandes períodos. Momentos
que, segundo profissionais nigerianos e estudiosos sobre o tema, marcam
propostas estéticas e estruturas de produção e distribuição da indústria:
1992-98 (conhecida como “The Beggining” ou “Classics VHS”); 1999-2007
(nomeada como o Boom); e 2008 até o presente (chamada de Nollywood Now ou
New Nollywood)”, explica a curadora Maria Pereira. No período de 14 a 17
de novembro (quarta-feira a sábado), sempre às 19h, acontecem os debates
com diretores dos filmes programados e especialistas como Zeb Ejiro, Kunle
Afolayan, Mahmood Ali-Balogun, Marco Aurélio Marcondes, Julia Levy,
Jonathan Haynes, além do curador Bond Emeruwa, cineasta e produtor
nigeriano, também presidente da Associação de Cineastas, Entre os temas em
pauta, o contexto de realização e difusão dos filmes no continente africano e propostas
alternativas para o cinema brasileiro inspiradas na experiência nigeriana.
O Familiar é um ser terrível engendrado como
fruto do pacto de Patrão com Zupay, uma entidade maligna, com o intuito de
garantir terras e poder. Em troca, o sangue e a alma dos peões, que são
violentamente explorados pelo Patrão, são destinados a Zupay, cabendo ao Familiar, que se manifesta por
várias formas, o dever de manter o mando de Patrão sobre tudo e todos na
região. No entanto, surge uma forma de resistência, liderada por outros seres
que visam libertar os peões de sua escravidão.Filmado em Salta e Tucumán, em 1972,
durante o governo do General Lanusse, El
Familiar é exibido
comercialmente na Argentina somente em outubro de 1975, após ter ficado
censurado, durante anos. O filme, sob tom alegórico, retrata a ação do
imperialismo estrangeiro, auxiliado pelas forças conservadoras nacionais
(latifundiários e militares), em pugna com as organizações guerrilheiras do
país. Getino se inspirou no folclore do Norte argentino para criar a sua
alegoria de uma Argentina convulsionada pela violência política. Zupay é um ser
maligno, às vezes interpretado como sendo o próprio diabo. É um ser que
representa o mal, o sofrimento, o infortúnio. Por sua vez, o Familiar é o cão
do diabo ou, às vezes, o próprio diabo, embora se manifeste sob outras formas,
como o de uma grande serpente, chamada Viborón.
Segundo as lendas da região açucareira de Tucumán, os senhores de engenho
sacrificavam um peão ao Familiar, em troca de um ano próspero. É descrito como
um enorme cão preto ou como um demônio, arrastando uma corrente, ou então, como
um cão sem cabeça, que atravessa os canaviais atrás de suas vítimas. Octavio
Getino nasceu na cidade de
León, Espanha, em 6 de agosto de 1936. Fugindo do franquismo, se fixa na
Argentina, em 1952, com os seus pais. Vinculado ao peronismo, cria ao lado de
Fernando Pino Solanas o Grupo Cine Liberación e
ambos realizam a mítica trilogia fílmica La
hora de los hornos (1966/8).
Em seguida, os dois fundadores do Grupo, junto com Gerardo Vallejo, codirigem
os longas Perón: actualización
política y doctrinaria para la toma del poder (1971) e Perón, la revolución justicialista (1971). É corroteirista de El camino hacia la muerte del viejo
Reales (1968), de Vallejo.
Escreve e dirige em 1972 o seu único longa de ficção, El Familiar. Com a posse do
presidente peronista Héctor J. Cámpora, Getino é convidado a dirigir o Ente de
Calificación Cinematográfica, o temível órgão de censura criado em 1969. Libera
vários filmes até então proibidos, mas permanece poucos meses no cargo,
retirando-se por divergências com o governo. Após o Golpe militar de 1976,
exila-se no Peru e, em seguida, no México, onde inicia a sua profícua tarefa de
pesquisador, realizando vários estudos sobre mercado audiovisual, comunicação e
cultura na América Latina, com várias publicações importantes sobre o tema. Com
a redemocratização da Argentina, regressa em 1987, e assume a direção do
Instituto Nacional de Cinematografía (INC), de 1989 a 1990. Leciona na
Universidad Nacional Tres de Frebrero e na sede argentina da FLACSO (Faculdade
Latino-Americana de Ciências Sociais).
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