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sábado, 12 de maio de 2012

SACRIFÍCIO ROMANO


INSÓLITOS MOMENTOS
Hoje não tenho nada para dizer, nada para ver, nada mesmo, a não ser o sol que explode pelos buracos negros fazendo um calor febril nas ruas da cidade para logo sofrer uma frente fria - ventos fortes finalizam o dia e a noite acorda com raios e trovoadas anunciando uma possível tempestade. A chuva faz cair à temperatura da rua matando molhado de febre e frio quem não tiver agasalhado. O resto da noite permanece inalterado, mas alguma coisa pode mudar de repente, sem aviso prévio. Os catastrofistas de plantão estão atentos a estas singularidades do tempo. Tudo pode acontecer quando do alinhamento do cosmo, alertam eles: uma pedra cai no seu pé; um dente cai da sua boca; você cai do seu corpo e não tem ninguém para te levantar neste seu novo mundo.


VEJA O LIVRO E LEIA O FILME
Há tempos passados eu comecei a escrever um texto sobre um cineasta, um artista, que tinha uma sólida formação intelectual e, por uma série de circunstâncias do sistema de produção dos seus filmes, é levado a corromper a sua arte em função de suas dificuldades financeiras. O texto virou um roteiro cinematográfico intitulado “A ÚLTIMA CENA”. Outro dia eu tive o prazer de apresentá-lo a um grupo teatral aqui da cidade de Cabo Frio, que sob o comando do ator Jose Facury promoveu uma reunião dos seus atores para uma leitura do roteiro. Gostei do que eu vi e ouvi. Foi uma noite agradável, pois pude apresentar, aos artistas de teatro, as minhas idéias sobre cinema.

Estou publicando “A Última Cena”, completo, na página ROTEIROS deste blog.

PARAÍSOS DEVASTADOS
Estive pensando na revolução libertária socialista e vejo o quanto distante ela se torna na história da nossa contemporaneidade. As revoluções se apagam na cabeça dos homens pelo deslumbramento momentâneo a deusa do consumo capitalista e pela esperança da fé redentora, da fartura e do futuro da humanidade. Aos seus olhos, os homens, sucumbindo na fome do poder e nos deleites macios das quinquilharias da vida, acomodados na soberba social, se afogam na volúpia dos piores vícios e, corrompido pelo medo da morte, acumulam fortunas na esperança de poder comprar tudo e todos e assim se tornar um rei ou um deus do paraíso que já não mais existe.

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