UM AUTOR
POUCO CONHECIDO
Maurice Blanchot (1907 – 2003) dizia que a morte não é a
experiência patética de uma última possibilidade humana, mas que pode ser o
sussurrar interminável da existência, aquilo que uma obra faz murmurar. Tomar a
experiência psicanalítica, a literatura ou o cinema como “força subversiva”
pode ser tomá-los também como este murmúrio- " uma obra que faz
murmurar”.Conceber uma “narrativa” implica constituir destinos possíveis para
esta força pulsional mortífera, inscrevendo a pulsão no registro da
simbolização. Não conheço nada mais bonito do que a possibilidade de se contar
e recontar- a reinvenção da escrita ou do sonho cinematográfico. Um mundo sem
arte é um mundo definitivamente morto e sem nenhum sussurro de vida.
Maurice Blanchot foi romancista e crítico de literatura.
Entre 1931 e 1944, exerceu o jornalismo no Journal de Bébats, em Combat, em
L'Insurgé e em Écoutes. Maurice Blanchot sempre tentou, com mais ou menos
razão, aparecer o menos possível.
Entre suas obras de ficção estão: Thomas L'obscur; Aminadab;
Le Très-haut; L'Arrêt de Mort, Au moment voulu etc..Seus principais livros de ensaios são: A parte do fogo, O
espaço Literário, O livro por vir, A conversa Infinita, A escrita do desastre,
A comunidade inconfessável, Foucault como eu o imagino etc..
Nenhum comentário:
Postar um comentário