Sei que sou um ser político contestador. Tenho horror do sistema que me rodeia, ele é cruel, eu sou doce, ele é mercenário e castrador, eu sou poeta e livre. Sei que são palavras ácidas e velhas, como é revolução, indignação, rebeldia, criação - são coisas de artistas velhos, saudosistas, desacreditados no mundo cultural que hoje estamos vivendo.
Não falo isso para os velhos rebeldes de minha geração, não! Falo aos jovens artistas que hoje vivem presos, conformados entre a burguesia autofágica das famílias dos gangsteres e os falsos deleites de uma aristocracia decadentes de proprietários. Saibam que só se libertarão, agregados a poderosa burocracia estatal do sistema predador que lhes rodeiam e que lhes alimentam, corrompendo-os.
Pobres criaturas, presas fáceis do capital financeiro, desta matilha de vorazes famintos comandada pelo feitor social que provém a todos o mínimo necessário a suas medíocres existências comportadas e previsíveis e, meus queridos amigos, ai daqueles idiotas que se rebelar contra os juros impostos pelo sistema, eles são considerados pestilentos a polis e geralmente morrem na miséria e no esquecimento.
UM POEMA DO VELHO CAMÕES
Saudade
“Que dias há
que nalma me têm posto
um não sei quê
que nasce não sei onde
vem não sei como
e dói não sei por quê.”
UM POEMINHA SACANA.
“Qual é o bicho que mata home?
- O bicho que mata home
véve debaixo da saia,
tem crista igual à do galo,
esporão que nem arraia,
e uma lasca no meio
onde o pau veio trabaia!”
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