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quarta-feira, 2 de maio de 2012

REFLEXÃO

A História é Cíclica


Ouvi pelo rádio a notícia da nomeação, pela Presidenta Dilma, do Deputado Federal Brizola Neto para ser o novo Ministro do Trabalho do seu governo. Não me espantei, pois acho que a história é cíclica e o fato novo me levou há 64 anos atrás quando então Presidente Getúlio Vargas nomeou o seu tio avô João Goulart para a mesma pasta. Brizola Neto, que se parece fisicamente com o tio avô, eu conheci ainda vereador no Rio de Janeiro. Quando lançou a sua candidatura a Deputado Federal, fui convidado para ser o diretor dos programas de propaganda eleitoral na TV, que mesmo sem grandes recursos de produção o ajudaram a se eleger com uma surpreendente votação. Fiquei seu amigo, mas o serpentário que habita a política brasileira fez com que eu me afastasse. Na sua segunda campanha política, que ele ficou na suplência, eu não participei. Nutro por ele uma profunda simpatia política e ideológica, fui do grupo de Minas Gerais na fundação do PDT, nasci em berço político e por ter conhecido pessoalmente o seu avô, o Governador Leonel Brizola e o irmão de sua avó Neuza, o Presidente João Goulart, pois ambos foram amigos do meu pai, que foi deputado e Presidente do PTB (o velho) mineiro, vejo no Brizola Neto todas as qualidades ideológicas, trabalhistas e reformadoras, dos grandes homens públicos brasileiros que no passado recente tanto se distinguiram, nacionalmente e historicamente, familiarmente, estes três gaúchos de fibra. Assim acredito que a partir de agora com Brizola Neto Ministro do Trabalho do Brasil, nasce uma nova liderança trabalhista na política nacional e, se ele estiver iluminado pelas energias passadas, o seu caminho é longo.

Você Acredita

Depois do sucesso espetacular do esotérico escritor Paulo Coelho agora é a música sertaneja que invade e faz com que a “Europa se curve perante o Brasil”, como diria Vinícius de Morais em relação ao sucesso que lá fazia a bossa nova. Eu, particularmente, estou atônito com essa euforia da mídia com a venda de um Brasil que não me encanta, não me seduz e mesmo dançante, ou esotérico, não me traz nenhuma alegria, não me provoca nenhum saber. A mídia que rege o mundo da informação, dominada pelos piores interesses do capital, valoriza determinadas manifestações artísticas, por determinado tempo, apresentando, a grande maioria das pessoas, criações onde predominam o chulo, o besteirol, o inútil, valorizando circunstâncias culturais que alienam as jovens cabeças das coisas que verdadeiramente interessam ao seu desenvolvimento, pois estas informações podem provocar a centelha que ascende o espírito elevado do homem e isso, na certa, é perigoso para o sistema.

No Cinema

O filme Xingu, uma superprodução (10 milhões), não atingiu o público esperado, o prejuízo colocou um dos seus produtores (Fernando Meireles) desesperado com a performance do cinema brasileiro, distanciado do seu público (Cidade de Deus) está pensando em se mudar do Brasil. Um filme que custou 10 milhões de reais precisa de 2 milhões de espectadores para se pagar. Será que o experiente diretor não sabia disso ou o filme foi subsidiado pelas benesses das leis de incentivo e em verdade não trouxe o prejuízo mais sim o lucro para quem nele trabalhou. E se o filme é bom, o resto não interessa e ninguém precisa ficar triste, muito menos mudar de país.

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