UMA DATA A SER LEMBRADA E DOIS POETAS DE PESO PARA NÃO SEREM ESQUECIDOS
HOJE, 25 DE MAIO, O ENIGMÁTICO CINEMATÓGRAFO JOAQUIM PEDRO DE ANDRADE (1932) ESTARIA COMPLETANDO 80 ANOS.
SAIBA MORRER O QUE VIVER NÃO SOUBE
Meu ser evaporei na lida insana
do tropel de paixões que me arrastava.
Ah! Cego eu cria, ah! mísero eu sonhava
em mim quase imortal a essência humana.
De que inúmeros sóis a mente ufana
existência falaz me não dourava!
Mas eis sucumbe Natureza escrava
ao mal, que a vida em sua origem dana.
Prazeres, sócios meus e meus tiranos!
Esta alma, que sedenta e si não coube,
no abismo vos sumiu dos desenganos.
Deus, ó Deus!… Quando a morte à luz me roube
ganhe um momento o que perderam anos
saiba morrer o que viver não soube.
Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765-1805)
Sorriso Cerrado
Do Guimarães fez-se rosa
Enveredada, sorriso teu.
Teu sorriso fez-se corte,
Espinhaço orgulho meu.
Corre sangue peito aflora
Forte escuro feito breu
Entrelaçado ao buriti
No sertão que se perdeu.
José Vieira
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