O cinema brasileiro está de luto.
Paulo César Saraceni partiu para a sua grande viagem rumo ao infinito.
Porto das Caixas; O Desafio; Capitu; Casa Assassinada e Anchieta, são filmes que engrandeceram o novo cinema de arte e experimental que surgiu no âmago do cinema novo depois da revolução estética de Glauber Rocha com seu filme Câncer.
Sarraceni está agora no mesmo patamar histórico dos grandes cineastas brasileiros contemporâneos, sintonizado as estrelas dos amigos que já partiram: Glauber Rocha, Rogério Sganzerla, Fernando Campos, Joaquim Pedro, Roberto Santos, Shubert Magalhães, Jairo Ferreira, Luiz Otávio Pimentel, David Neves, Maurício Gomes Leite, Oscar Maron.
Conheci Sarra (assim que eu o chamava) no Festival de Cinema de Brasília e de cara vi que ele era uma pessoa extremamente doce e delicada, sem nenhuma frescura exibicionista, coisa comum na turma do cinema novo, mesmo sem saber quem eu era, me tratou com cortesia e ficamos horas bebendo e falando de mulheres na pérgula do Hotel Nacional. Ele era um galã que as mulheres amavam e os homens invejavam.
Na exibição do meu último filme AMAXON (que não foi exibido) ele estava pacientemente presente na primeira fila. Um gentleman! Um nobre malandro carioca! Um ser encantado pelo cinema.
É preciso fazer as justas homenagens a esse artista brasileiro que nos deixou, exibindo os seus filmes poéticos, únicos, repletos de singularidades.
Viva Saraceni!
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