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sábado, 28 de abril de 2012
NOTÍCIAS AINDA QUE TARDIA
Morreu na sexta feira passada, em Belo Horizonte, o cineasta e professor da UFMG José Américo Ribeiro era mestre em Artes (Ênfase em Produção Cinematográfica) pelo Department of Photography and Cinema the Ohio State niversity/Columbus ( Estados Unidos), doutor em Artes (Ênfase em cinema) pelo Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Dirigiu mais de 20 filmes de média e curta metragens, entre os quais Morte Branca (1968). Recebeu o prêmio Resgate do Cinema Mineiro em 2004, no 6º Festival Internacional de Curta Metragem de Belo Horizonte. Integrou o conselho curador do 43º Festival de Inverno da UFMG, realizado em 2011. É autor do livro O cinema em Belo Horizonte - do cineclubismo à produção cinematográfica na década de 60, publicado pela editora UFMG, fruto de tese de doutorado.
Ele estava no cinema Paladium assistindo um filme quando um infarto fulminante o pegou de surpresa e o levou para a sua grande viagem rumo ao infinito. O cineasta Fabio Carvalho registrou poeticamente o acontecido no seu roteiro: “Nova Aurora”, aqui publicado.
Zé Américo participou como ator do meu filme “Labirinto de Pedra” (aqui também publicado) e sempre foi um apaixonado pela sétima arte, assim como o foi o professor José Tavares de Barros, que já nos deixou faz algum tempo e por incrível que pareça dá o nome da sala de exibição onde ocorreu essa nossa triste perda. É cinematográfica as coincidências da história, nomes e homenagens a parte.
Convivi fraternalmente com esses dois personagens do cinema mineiro e me admira muito o fato de ter escrito os comentários ao texto do Fábio sem ainda saber do acontecido. Falei do personagem descrito, que de pronto me sensibilizou pela emoção ao vê-lo entrando no cinema, sem saber ainda que era o Zé, o amigo que assistia a sua última sessão de cinema... E esta foi a maneira que em Juiz de Fora, tempos atrás, morria, em uma exibição do filme “O Corpo que Cai” do Hitchcock, outro ser encantado pelo cinema, o grande artista plástico Arlindo Daibert. Uma história mágica sobre a qual fiz um curta-metragem chamado “Vertigem”. Outro que morreu assistindo também um filme na madrugada foi o nosso singular ator Guaracy Rodrigues de tantos filmes inigualáveis.
Fico agora sabendo, também pelo Fábio, que o seu roteiro, “Nova Aurora”, sobre o Zé Américo, vai virar também um filme.
Adianto a todos que esse vai ser um belo filme como foi em vida o seu protagonista.
Às vezes fico pensando: Terei a honra de uma morte tão cinematográfica como a que tiveram esses meus velhos camaradas?
Que viva os nossos companheiros nesta nova aurora. Viva o Cinema Brasileiro feito em Minas Gerais! Viva Humberto Mauro! Viva Shubert Magalhães, Maurício e Ricardo Gomes Leite! Viva Tatá, Guará Rodrigues, Ezequiel Neves, Rodrigo Santiago, José Aurélio Vieira, Paulo Augusto, Flavio Marcio, Robson Terra, Osvaldo Medeiros, Arthur Pereira, Milton Campos Neto, Marcão, Roberto Wagner, e tantos outros artistas mineiros que eu conheci e trabalhei nesta minha jornada cinematográfica pelo Brasil que me deixaram saudades ... Sarava!
Veja alguns dos seus filmes no link:
http://www.youtube.com/bhfilmesderua
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