PARAÍSOS DEVASTADOS
O QUE QUEREMOS?
- “Digo o que quero e não preciso me explicar para ninguém. Eu
não sou daqui, simplesmente estou aqui, mas acima de tudo sou brasileiro, assim
posso dizer o que eu penso sobre essa cidade, sobre o meu país...”.
Essa foi a resposta que deram ao delegado dois garotos que
foram presos por estarem registrando os conflitos na rua do Rio de Janeiro, com seus celulares, quando
abruptamente caiu sobre os manifestantes toda a repressão policial, com gás,
porradas a solta e tiros de borracha e alguns outros tiros que pareciam verdadeiros.
Os garotos, acompanhados por advogados solidários ao movimento, continuam a
narração: “- foi ai que correndo, junto com a multidão, escondemo-nos em um café
onde iniciamos o contra-ataque com rojões e pedras. Estávamos protegidos pelas
barricadas, formadas com mesas e cadeiras, quando a polícia militar invadiu o
espaço, que estava entulhado de gente, com força total...”.
O assunto que corre à boca-miúda em qualquer roda de botecos
hoje, são as manifestações espontâneas dos jovens nas ruas das cidades
brasileiras. Cada um tem pela mídia uma opinião diferente sobre o acontecido. Nunca
se sabe de todos os fatos e onde se esconde a verdade.
Anarquistas, socialistas e comunistas, direitistas e
esquerdistas, fascistas, banditistas e oportunistas, polícia e ladrão, armam
diariamente o circo da revolta nas ruas em frente aos prédios públicos onde se
encurrala o poder “democrático” constituído.
Para todos os inimigos não é o estado, nem o sistema
capitalista neoliberal, mas sim os políticos e a corrupção que os envolvem. Ora
meu deus! Não mudando o sistema não se transforma o estado e nem se substitui o
mau pelo bom político.
A rebeldia, origem e necessidade humana, forja a esperança
perdida em uma nova revolta social que se delineia a margem do sistema
estabelecido e pode estabelecer o primeiro passo da revolução.
É preciso lembrar que a moderna revolução é um estado de
espírito, e é o mote para o homem achar o rumo certo das suas novas reivindicações
políticas, é a energia vital para que todo esse jovem movimento não se perca no vazio da história.
ARTE DE FURTAR
Hoje ele está cada vez mais encrencado e desesperado com todas as manifestações de rua pedindo o seu afastamento do governo do Rio. Pequeno histórico do governador: em 1990 foi eleito deputado estadual pelo PSDB e reeleito em 94, 98. Em 1999, Sérgio Cabral volta para o PMDB, e ainda como presidente da ALERJ, se aproxima do então governador do estado, Anthony Garotinho.
Em 2002, foi eleito senador pelo Estado do Rio de Janeiro em aliança com Rosinha Garotinho
(esposa de Anthony Garotinho) que ganhou a eleição para o governo. Em 29 de outubro de 2006, com apoio dos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho, foi eleito, em segundo turno, governador do Rio de Janeiro pelo PMDB. Em outubro de 2010, foi reeleito governador. São 23 anos de política e de poder. Se ele ganhasse 30 mil reais por mês e nada gastasse, em 23 anos ele teria economizado - 30x 12 = 360 x 23 = 8280 (milhões). Mesmo assim, sem nada gastar, não daria para comprar hoje as duas mansões. Ele conseguiria economizar todo esse dinheiro? E quanto a família dos outros políticos? Garotinho conseguiria economizar tanto? E a família Pezão? E a família de todos os secretários? E os deputados, prefeitos e vereadores? É muito imposto X dinheiro do trabalho do povo jogado no lixo!
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