Sertão
Canudos
pré-história
Memória quase
morta
por de sol sobre
buritis
neste fundo de
ravina
guardado e quase
secreto
corre o enorme
rio
sertanejo e
baldio
velho chico
riobaldo
profundamente
brasileiro
já são poucos os
que se LEMBRAM
talvez a última
geração
assim cada
violeiro
cada velho
contador de casos que morreM
é como se uma
biblioteca inteira se perdesse
num incêndio-
Antonio da morte – Santo guerreiro
no sertão
Vejo o lago do
sobradinho com alguns telhados
Eles aparecem à
flor da água
Ao lado da capela
da igreja
no que sobrou da
cidade
MARIA SANTÍSSIMA
RAINHA CELESTE
PELO VOSSO BENTO
FILHO
LIVRAI-NOS DA
PESTE
JOSE SETTE SALVADOR 1976
É ISSO QUE ACONTECE NO SISTEMA BRASILEIRO DOMINADO
PELOS BANCOS
Se um correntista tivesse depositado R$ 100,00 (Cem Reais) na
poupança em qualquer banco, dia 1º de julho de 1994 (data de lançamento do
Real), teria hoje na conta R$ 374,00 (Trezentos e
Setenta e Quatro Reais). Se esse mesmo correntista tivesse sacado R$ 100,00
(Cem Reais) no Cheque Especial, na mesma data, teria hoje uma dívida de
R$139.259,00 (Cento e Trinta e Nove Mil e Duzentos Cinquenta e Nove Reais) no
mesmo banco.
Ou seja: se tivesse usado R$ 100,00 do Cheque
Especial hoje estaria devendo o equivalente a nove carros populares. Já com o
valor da poupança conseguiria comprar apenas dois pneus. Não é à toa que o
Bradesco teve em torno de R$ 2.000.000.000,00 (Dois Bilhões de Reais) de lucro
liquido somente no 1º semestre de 2013, seguido de perto pelo Itaú. Dá para
comprar um outro banco por semestre!
TODAS AS REFORMAS DO SISTEMA BRASILEIRO, POLÍTICO, ECONÔMICO,
TRIBUTÁRIO, SAÚDE, EDUCAÇÃO, AGRÁRIO, CULTURAL, HABITACIONAL, URBANO E RURAL,OU
SEJA: É PRECISO DE UMA REFORMAGERAL NO BRASIL.
VIVA A BOLÍVIA!
EVO MORALES DÁ UM TAPA NOS ETERNOS EXPLORADORES DO POVO ANDINO
O Presidente boliviano EVO MORALES intima Chefes de Estado europeus a quitarem a
dívida estratosférica que a Europa possui com a América Latina.
Com linguagem simples, que era transmitida em tradução
simultânea a mais de uma centena de Chefes de Estado e dignitários da Comunidade
Européia, o Presidente Evo Morales conseguiu inquietar sua audiência quando
disse:
"Aqui eu, Evo Morales, vim encontrar aqueles que
participam da reunião.
Aqui eu, descendente dos que povoaram a América há
quarenta mil anos, vim encontrar os que a encontraram há somente quinhentos
anos.
Aqui pois, nos encontramos todos. Sabemos o que somos,
e é o bastante. Nunca pretendemos outra coisa.
O irmão aduaneiro europeu me pede papel escrito com
visto para poder descobrir aos que me descobriram. O irmão usurário europeu me
pede o pagamento de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei a
vender-me.
O irmão rábula europeu me explica que toda dívida se
paga com bens ainda que seja vendendo seres humanos e países inteiros sem
pedir-lhes consentimento. Eu os vou descobrindo. Também posso reclamar
pagamentos e também posso reclamar juros. Consta no Archivo de Indias, papel
sobre papel, recibo sobre recibo e assinatura sobre assinatura, que somente
entre os anos 1503 e 1660 chegaram a San Lucas de Barrameda 185 mil quilos de
ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.
Saque? Não acredito! Porque seria pensar que os irmãos
cristãos pecaram em seu Sétimo Mandamento.
Expoliação? Guarde-me Tanatzin de que os europeus, como Caim,
matam e negam o sangue de seu irmão!
Genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores,
como Bartolomé de las Casas, que qualificam o encontro como de destruição das
Indias, ou a radicais como Arturo Uslar Pietri, que afirma que o avanço do
capitalismo e da atual civilização europeia se deve à inundação de metais
preciosos!
Não! Esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de
quilos de prata devem ser considerados como o primeiro de muitos outros
empréstimos amigáveis da América, destinado ao desenvolvimento da Europa. O
contrário seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito
não só de exigir a devolução imediata, mas também a indenização pelas
destruições e prejuízos. Não
Eu, Evo Morales, prefiro pensar na menos ofensiva
destas hipóteses.
Tão fabulosa exportação de capitais não foram mais que
o início de um plano ‘MARSHALLTESUMA’, para garantir a reconstrução da bárbara
Europa, arruinada por suas deploráveis guerras contra os cultos muçulmanos,
criadores da álgebra, da poligamia, do banho cotidiano e outras conquistas da
civilização.
Por isso, ao celebrar o Quinto Centenário do
Empréstimo, poderemos perguntar-nos: Os irmãos europeus fizeram uso racional,
responsável ou pelo menos produtivo dos fundos tão generosamente adiantados
pelo Fundo Indoamericano Internacional?
Lastimamos dizer que não. Estrategicamente, o
dilapidaram nas batalhas de Lepanto, em armadas invencíveis, em terceiros
reichs e outras formas de extermínio mútuo, sem outro destino que terminar
ocupados pelas tropas gringas da OTAN, como no Panamá, mas sem canal.
Financeiramente, têm sido incapazes, depois de uma
moratória de 500 anos, tanto de cancelar o capital e seus fundos, quanto de
tornarem-se independentes das rendas líquidas, das matérias primas e da energia
barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo. Este deplorável quadro
corrobora a afirmação de Milton Friedman segundo a qual uma economia subsidiada
jamais pode funcionar e nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o
pagamento do capital e os juros que, tão generosamente temos demorado todos
estes séculos em cobrar. Ao
dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos
europeus as vis e sanguinárias taxas de 20 e até 30 por cento de juros, que os
irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo. Nos limitaremos a exigir a
devolução dos metais preciosos adiantados, mais o módico juros fixo de 10 por
cento, acumulado somente durante os últimos 300 anos, com 200 anos de graça.
Sobre esta base, e aplicando a fórmula europeia de
juros compostos, informamos aos descobridores que nos devem, como primeiro
pagamento de sua dívida, uma massa de 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de
quilos de prata, ambos valores elevados à potência de 300. Isto é, um número
para cuja expressão total, seriam necessários mais de 300 algarismos, e que
supera amplamente o peso total do planeta Terra.
Muito pesados são esses blocos de ouro e prata. Quanto
pesariam, calculados em sangue?
Alegar que a Europa, em meio milênio, não pode gerar
riquezas suficientes para cancelar esse módico juro, seria tanto como admitir
seu absoluto fracasso financeiro e/ou a demencial irracionalidade das bases do
capitalismo.
Tais questões metafísicas, desde logo, não inquietam os
indoamericanos. Mas exigimos sim a assinatura de uma Carta de Intenção que
discipline os povos devedores do Velho Continente, e que os obrigue a cumprir
seus compromissos mediante uma privatização ou reconversão da Europa, que
permita que a nos entregue inteira, como primeiro pagamento da dívida
histórica."
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