Gilberto F. Vasconcelos indicou-me os seguintes
livros fundamentais para entender a cultura latino-americana.
1.
Parménides-Mallarmé – “Necesidad y
Azar”.
Barcelona: Anthropos, 1985. autor:
Juan David Garcia Bacca
Fue un gran divulgador de la
filosofía: elaboró numerosas introducciones, prólogos, reseñas y antologías de
autores clásicos y modernos y compuso muchas obras de este género. Como
traductor vertió a los Presocráticos y la obra completa de Platón, e hizo traducciones de
obras sueltas de Aristóteles, Jenofonte, Tucídides, Euclides y Plotino y entre lós modernos Kant, Hegel, Marx, Heidegger y algunos filósofos escolásticos
- Historia de la nación latinoamericana, dois tomos – 1968. autor: Jorge Abelardo Ramos
A influência do pensamento de Trotsky,
especialmente a partir de sua produção ligada à realidade da América Latina,
e Jorge Abelardo Ramos será crucial para este despontar da esquerda pouco
numerosa, mais tarde definido como nacional em oposição à esquerda estalinista,
reconhecer o caráter revolucionário do nacionalismo dos países semi-coloniais
(ou dominados pelo imperialismo do século XX). Ramos foi um dos
pilotos mais lúcidos e determinados políticos dessa linha na Argentina[5].
Seu trotskismo é formado com base em suas
interpretações dos diálogos entre Trotsky e Mateo Fossa - como sua teoria sobre o que
convencionou chamar de “Esquerda
Nacional”: se chega por
esse caminho ao carácter revolucionário do nacionalismo dos países atrasados.
Um nacionalismo de vasto alcance, latinoamericanista misturado com palavras de ordem de
Trotsky como a dos “Estados
Unidos Socialistas da América Latina”, com fortes influências de Manuel Ugarte especialmente
da “La Patria Grande”, e
dos escritos de Marx sobre questões coloniais. Assim
considerando desde a perspectiva da “Esquerda
Nacional” a Argentina dependente como semicolonia ou
diretamente como colônia)
3.
O Estilo
literário de Marx - autor: Ludovico Silva - editora: Expressão
Popular
No Brasil, reina um quase desconhecimento em
torno de Ludovico Silva (na verdade, Luis José Silva Michelena, venezuelano
nascido em Caracas, em 1937, e precocemente falecido em 1988). Salvo para uns
poucos especialistas no entre nós tão maltratado pensamento latino-americano, a
sua obra é praticamente ignorada. Fato lastimável: Ludovico Silva foi um pensador
com o qual há muito que se aprender e cuja relevância exige uma atenção
cuidadosa (já se disse que ele está, para a cultura da esquerda na Venezuela
nos anos 1960/1970, como Mariátegui esteve para a peruana nos anos 1920). Em El estilo literario de Marx,
publicado em 1971 e agora traduzido no Brasil, todas as características do
trabalho intelectual de Ludovico Silva estão presentes: a criatividade, o
domínio seguro dos instrumentos da análise literária imanente (sem ignorar o
enquadramento histórico da textualidade), o conhecimento filosófico e um
tratamento original do seu objeto. Neste ensaio brilhante e polêmico, Ludovico
Silva nos apresenta Marx sob uma luz singular: um mestre do estilo, artesão da
linguagem, um criador não somente de uma nova teoria social, mas
também da forma necessariamente culta e elegante que ela exigia.
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