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quarta-feira, 29 de maio de 2013

ARTISTA X PREFEITO NO RIO SEM GRAÇA

(A NOTÍCIA) JORNAL "O GLOBO"
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, se envolveu em uma briga com um músico em um restaurante de comida japonesa no Horto, Zona Sul do Rio, na noite deste sábado (25).
Eduardo Paes tinha ido jantar com a mulher e um casal de amigos, quando foi abordado pelo músico Bernardo Botikay, conhecido como Botika. Em seu perfil numa rede social, Botika contou que xingou Paes quando o viu nas mesas na calçada. "Não aguentei e fui brusco, agressivo e certeiro", postou.
“A gente [Botika e a mulher] verbalizou, sem educação (e não me arrependo)”, acrescentou.
Após o xingamento, de acordo com o músico, Paes deu um soco na cara dele e sua mulher também acabou se machucando na confusão com os seguranças do prefeito.

Em entrevista à CBN, o músico declarou que foi agressivo verbalmente com o prefeito e que em um determinado momento, Paes perdeu a paciência.
Em nota, Paes disse que jantava com a mulher quando foi "gratuita e insistentemente ofendido por um casal desconhecido", e que a discussão "transformou-se em um princípio de desentendimento físico", que obrigou a intervenção de sua segurança. O prefeito acrescentou que críticas são bem-vindas, mas que agressões pessoais em momentos privados diante da esposa não são aceitáveis.
Ao fim da nota, Paes se desculpa: "Apesar da agressividade do casal, eu não poderia ter reagido como o fiz. Peço desculpas à população da minha cidade pela maneira como agi".
O músico registrou boletim de ocorrência na 15º DP (Gávea) e procurou o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito. O delegado Orlando Zaccone informou que o caso foi registrado como lesão corporal e que vai ouvir todos os envolvidos a partir desta segunda-feira (27).
A FANFARRADA BURGUESIA CARIOCA OBSERVADA PELA ÓTICA DO POETA
Tavinho (ops) Paes. Muito bom!!!
RIO DE JANEIRO - CIDADE MARRAVILHA!
BOTIKA, na saída do boteco japonês com nordestino fatiando sashimi, pergunta ao macho de um casal frugal saboreando acepipes encharcados de soja torrada e tornada óleo: O SENHOR É O EDUARDO PAES? (deveria ter perguntado:o senhor é o fantasma reencarnado do Carlos Lacerda?)
O PREFEITO EDUARDO PAES, com a boca flambando pelo wasabi, responde caricato: NÃO, EU SOU O CÉZAR MAIA! (do qual foi Secretário do meio Ambiente e subPrefeito da Zona Oeste e herdou o rincão carioca para seu lazer provinciano ... e se fosse o CÉSAR MAIA quem tivesse sido indagado se seria EDUARDO PAES, responderia que era o Eduardo Paes ou diria: Não, mas este menino obediente está sob meu controle e à minha disposição!)
... deboche lá e cá: cena perfeita para o descaracterizado Rio de Janeiro, atualmente mais parecido com Campos dos Goitacazes, de dia, e Pindamonhangaba, à noite ... a UNESCO é capaz de credenciar a idade dos Jogos Olímpicos como Patrimônio Histórico e Cultural da Deshumanidade
... depois do surto psicótico mútuo, teve xingamentos inúteis e o prefeito, num ato de civilidade maquiavélica (Maquiavél é claro: A VIOLÊNCIA É UMA PRERROGATIVA INALIENÁVEL DO ESTADO) deu um soco na cara do Botika, interrompendo o fluxo das palavras ... a namorada do roqueiro, percebendo a gravidade da situação,age com moderada histeria e entra no octógono, tentando evitar o bizarro confronto entre categorias diferentes: um peso pena o outro médio pesado - envergaduras desconhecidas, mas acho que são baixinhos e estavam enfezados (curiosa essa palavra: ENFEZADO - é mais ou menos entupido de fezes) ... um fuzuê pra cartunista deitar e rolar ... confusão inadequada para um restaurante japonês, onde Arigatô nem sempre acaba em Sayonara...
... segundo o Diário do Nordeste (municiado por informações pelo O Globo): "De acordo com o músico, após ser atingido por um soco desferido pelo prefeito, um dos seguranças o pegou pelo braço para afastá-lo de Paes.A namorada de Botkay também teria ameaçado agredir o prefeito, mas acabou contida por outro segurança. No tumulto, ela caiu na calçada e machucou os joelhos. O casal registrou ocorrência na delegacia da Gávea, na zona sul do Rio.
Na nota, Paes afirma que em 20 anos de vida pública acostumou-se "a ouvir críticas e até receber agressões", mas afirma não ser aceitável "agressões pessoais em momentos privados diante da minha esposa".
DÚVIDAS LACANIANAS (o inconsciente não está dentro da sua cabeça; é o que foge dela e, geralmente,sai pela boca ...escorrega):
- que segurança é esse que acompanha o casal jantando? Estaria comendo sushis caros também? Quem pagava esta conta? A conta do segurança pode ser paga pelo Estado? Que tipo de privacidade é essa? Que membro do Executivo é esse que perde a cabeça com um garoto franzino na rua e age como se fosse um Brucutu? ...ah se o Erikson Pires estivesse vivo e por perto ... isso ia parar no IML e a foto do prefeito imobilizado num mata-leão ia parar na capa da VEJA e roubar a homenagem ao defunto Civita!!!
- ... para mim, uma das surpresas mais graves e importantes, que precisa ser confirmada, é a resposta do Prefeito: SOU CÉSAR MAIA!
...o que há por trás disso? O que ele quis dizer com este "chiste" sem graça? As posses de serviços dos 12 anos de mandato (durou por 3 mandatos - 1993 a 2005 - ex-PCB, saiu do PDT e elegeu-se pelo PMDB; eleito, mudou de sigla e reelegeu-se pelo PFL e mudou pro PTB no meio do segundo mandato, com o qual ganhou o terceiro mandato, mas acabou indo pro DEM para aposentar-se como dono de taxis, fornecedor de bebidas e uma série de outras atividades (conquistas que o tornam um BEM SUCEDIDO comunista), incluindo as desportivas e culturais) ... e o PAES disse que era ele ...porque será? podia ter escolhido outro nome, antes de bater no garoto magrinho ... e se dissesse GAROTINHO? ... o deboche maior poderia ser: ROSINHA!, mas ia virar assunto pra Cartunista... (aliás, esse é o prefeito que menos interessa aos chargistas e caricaturistas, mas,agora, depois do incidente encheu o prato para o pessoal do traço afiado...)
... pra mim, a violência fica de lado e deve ser tratada em fôro adequado - a delegacia (diga-se de passagem, lugar em que o Prefeito (e suas famosas Secretarias do Não Pode Isso Não Pode Aquilo, sente-se em casa) ...ofato importante foi o que escorreu pela sua boca: SOU CESAR MAIA!
... pelo menos uma coisa tiramos desse episódio:quando você encontrar o Eduardo Paes por aí saboreando sushi, não pergunte se ele é da familia da Dira, da Juliana nem da Minha (deixem esses Paes em Paz) ... para ser elegante e demonstrar respeito e apoio pergunte: O SENHOR É O CESAR MAIA?
... agora, se quiser levar uns socos, experimente perguntar ao César Maia se ele é o EDUARDO "Carlos Lacerda" PAES?

2 comentários:

Anônimo disse...

A queixa foi retirada. Segue texto do facebook de Francisco Bosco: "Francisco Bosco
23 hours ago
E eis que Bernardo Botikay e Ana Maria Bonjour, que me acusaram de ser dissimulado, fake, cúmplice de agressão e de ficar em cima do muro, além de terem me xingado inúmeras vezes (afinal, argumento é coisa pra almofadinhas) - eis que o casal que denegriu publicamente a honestidade de minhas posições políticas decide que um caso de tamanha gravidade termine em... pizza. Que comportamento coerente com tanta autoproclamadas radicalidade e bravura (e entretanto eu é que sou «fake»). No fim das contas, eu, que fui acusado [sic] de conciliador, não fiquei em cima do muro, mas contra os dois lados do muro (nunca se teve notícia de um oportunista como esse), enquanto os soi-disant radicais reproduziram um dos piores vícios da política brasileira, resolvendo tudo na base de um acordo que impede que os fatos sejam investigados a fundo. Taí uma regra que não costuma falhar: todo moralista tem pernas curtas.
Considero que ter sido constrangido, xingado e caluniado me dá o direito de concluir em tom um pouco mais incisivo: quero dizer que, para mim, Bernardo Botikay e Ana Maria Bonjour se portaram como dois falsos heróis, no fundo covardes, além de levianos e rudimentares do ponto de vista crítico. É que aqui tem outra regra, essa infalível: quanto mais obtuso, mais cheio de certezas."

Anônimo disse...

Fizeram um acordo com o prefeito como cita Francisco Bosco, muito mal explicado, depois de tudo. Se proclamaram anarquistas apaixonados, levaram fama de heróis, desistiram do enfrentamento e sairam muito provavelmente com um dinheirinho no bolso e alguma promessa. Vá saber. O velho jeitinho brasileiro fez com que mais uma vez tudo terminasse em pizza!