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domingo, 4 de julho de 2010

POESIA

Cantando no Ofurô Abro mão de todos os meus vícios
Se você me mostrar outro caminho
Quanto mais, mais - disse alguém:
Isto só não basta... Minto
Não sou quem sou...
Adivinho por instinto
Por isso Coltrane, Hendrix, Elvis
Pinxinguinha, Mão de Vaca, Jobim
Não me contento e me espanto a toa
Isto só, não basta - disse alguém
Quanto mais - mais minto
Não sou adivinho
Por instinto
Abro mão de todos os meus vícios
Não há outro caminho
Mas sinto insisto
Que ser é estar...
Não sou quem sou... Adivinha!
Quem sou eu?...
Não sou pitangueira nem dou manga
Não sou quem pretendes
Ter – A ter - Ser – em você
Anda, diz logo quem sou eu
Uva ou abacaxi?
Beije-me agora
Eu não estou nem aí
Para quem é você
Se sou ateu
Eu não acredito em Deus.
Pergunte a mamãe e se puder ao papai
Quanto te custa o saber
O que se passa no seu coração
Não é com você - Eu não!
Se só queres romã
E quero-te mais
Quanto mais - mais
Quero você
Disse-me ninguém
Alguém além de mim
Além de ti
Além de todos nós
Por tanto
Deixe-me na montanha a sós
É certo
Tamanha lucidez
Invejo toda a luz de teus olhos
Desejo o seu desejo
O medo e o método
Chinês oriental
Incerto é o seu beijo de lado
Deitado enfim
Mais eterno
Mais cardíaco
Mais rebelde
Mais terno
Mais direto
Mais aflito
Tempestade
Temporal
Atemporal
Vento
Vendo o vendaval
O furacão
Mais e mais que eu
Quero seu o meu pensamento
O seu momento no meu eu
Enfim quero você dentro de mim.

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