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sábado, 15 de outubro de 2011

NOTA

A Exibição do filme "Liberdade"
Paulo Cotias (*)
Certa vez ouvi dizer que liberdade é um termo que não temos como explicar, mas que não há uma só pessoa que não entenda. Em um momento no qual o país já estava exausto dos mandos e desmandos, do chicote e da mordaça, tão largamente usados pelo ditatorial regime militar brasileiro, surge à oportunidade de reconstruir os cacos de um tempo perdido. Às vezes a história permite que um sussurro se transforme em esperança, em grito, em bandeira e ação… Dando aos miseráveis homens ao menos um alento, quando não, uma chance única de transformação. Era a redemocratização voltando à cena, ainda tímida, frágil, embalada no colo das elites e das forças reacionárias… Mas também acalentada pelas forças progressistas, plurais, embrionárias, sabedoras da necessidade de formar uma só torre, numa Babel de falas, articulações e cores. Essa explosão se traduz em imagens pelo olhar de José Sette de Barros, cujo filme apropriadamente chamado de Liberdade, foi visto e discutido pelos acadêmicos de História da nossa Universidade Estácio de Sá.
Sette apresenta o caldeirão mineiro que fervia a sopa política, servida ainda quente para um Brasil que buscava o refrigério da repressão. Surge a personagem central do filme, Tancredo Neves, síntese da alma mineira, conciliadora por natureza, capaz de esgarçar o tecido da democracia até que se mostrem as fibras sem, no entanto, rasgá-lo. Fica o agradecimento de um amigo que aprecia sua obra, sua inteligência e sua maneira de apresentar o mundo por meio de lentes próprias, alternativas, inovadoras. É a arte ajudando a construir a história ou vice-versa, não importa… Importa sim, é a oportunidade das novas cabeças-pensantes, aprenderem a pensar. E José Sette nos proporcionou, mais uma vez, exatamente isso.
(*) Coordenador do Curso de História da Universidade Estácio de Sá.


Ao Mestre com Carinho!
Sexta-feira, 14 de Outubro de 2011
Obrigada, mestre, por compartilhar tanta sensibilidade e sabedoria com todos nós!
O documentário nos trouxe à consciência a importância das manifestações políticas, artísticas, culturais, enfim, o períodoa histórico focalizado, exaltando a liberdade e o compromisso de sua eterna vigilância.

Sua presença entre nós, a trajetória brilhante, a capacidade de transformar obstáculos em desafios, faz de você não só um cineasta admirado e aplaudido, como também uma referência de luta, competência e sucesso.

Para nós, nos primeiros passos acadêmicos, sua inestimável contribuição enriquece, dinamiza e estimula à realização dos ideais sonhados.

Beijos afetuosos,
Luciene Ciciiani

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