Fidel Castro Ruz
18 de outubro de 2011
ONTEM falei da Venezuela aliada ao império, onde Luis Posada Carriles e Orlando Bosch organizaram a brutal sabotagem a uma aeronave em pleno voo da Cubana de Aviação, que causou a morte e o desaparecimento de todos os passageiros, inclusive do time júnior de esgrima, que conquistou todas as medalhas de ouro no Campeonato Centro-Americano e do Caribe, do qual esse país foi sede, e que hoje, quando têm lugar os Jogos Pan-Americanos em Guadalajara, são recordados com mágoa.
Não era a Venezuela de Rómulo Gallegos e Andrés Eloy Blanco, mas a do trânsfuga, traidor e venenoso Rómulo Betancourt, invejoso da Revolução Cubana, aliado ao imperialismo, que tanto cooperou com as agressões a nossa Pátria. Depois de Miami, aquela propriedade petroleira dos Estados Unidos foi o principal centro da contrarrevolução contra Cuba; cabe a ele, perante a história, uma parte importante da aventura imperialista na Baía dos Porcos, do bloqueio econômico e dos crimes contra nosso povo. Dessa maneira, deu-se início à era tenebrosa, finalizada no dia em que Hugo Chávez jurou o cargo sobre a "moribunda constituição" que o ex-presidente Rafael Caldera sustinha em suas mãos tremebundas.
Haviam já decorrido 40 anos depois da vitória da Revolução Cubana e mais de um século de saque ianque do petróleo, das riquezas naturais e do suor dos venezuelanos. Muitos deles morreram em meio à ignorância e à miséria, impostas pelas canhoneiras dos Estados Unidos e da Europa!
Felizmente, existe a outra Venezuela, a de Bolívar e Miranda, a de Sucre e uma legião de líderes e pensadores brilhantes que foram capazes de conceber a grande pátria latino-americana, da qual sentimos que fazemos parte e, pela qual, resistimos mais de meio século de agressões e bloqueios.
"... impedir a tempo com a independência de Cuba que os Estados Unidos se estendam pelas Antilhas e caiam, com essa força a mais, sobre nossas terras da América. Tudo quanto fiz até hoje, e farei, é para isso", revelou o Apóstolo de nossa independência, José Martí, na véspera de sua morte em combate.
Precisamente nestes dias, encontra-se entre nós Hugo Chávez, como quem visita um pedaço da grande pátria latino-americana e caribenha, concebida por Simón Bolívar; ele compreende melhor que o resto o princípio martiano de que "... o que ele não terminou de fazer, está ainda sem fazer até hoje: porque Bolívar tem ainda muita coisa que fazer na América".
Conversei longamente com ele ontem e hoje. Expliquei-lhe com o afã que dedico as energias que me restam aos sonhos de um mundo melhor e mais justo.
Não é difícil partilhar sonhos com o líder bolivariano, quando o império mostra já os sintomas inequívocos de uma doença terminal.
Salvar a humanidade de um desastre irreversível pode simplesmente depender da burrice de qualquer presidente medíocre, dos que dirigiram nas décadas mais recentes esse império e, inclusive, dalgum dos cada vez mais poderosos chefes do complexo militar industrial que rege os destinos desse país.
Nações amigas, com crescente peso na economia mundial por seus avanços econômicos e tecnológicos e como membros permanentes do Conselho de Segurança, como a República Popular da China e a Federação Russa, junto aos povos do chamado Terceiro Mundo, na Ásia, África e América Latina, poderiam atingir esse objetivo. Os povos das nações desenvolvidas e ricas, cada vez mais espoliados por suas próprias oligarquias financeiras, começam a desempenhar seu papel nessa batalha pela sobrevivência humana.
Entretanto, o povo bolivariano da Venezuela se organiza e se junta para enfrentar e derrotar a nojenta oligarquia a serviço do império, que pretende galgar novamente o poder nesse país.
A Venezuela, por seu extraordinário desenvolvimento educacional, cultural, social, seus enormes recursos energéticos e naturais, deverá ser um modelo revolucionário para o mundo.
Chávez, que surgiu das fileiras do Exército Venezuelano, é metódico e incansável. Eu venho observando-o há 17 anos, desde que visitou Cuba pela primeira vez. Ele é uma pessoa muito humanitária e respeitosa da Lei; jamais tentou fazer a ninguém alvo de retaliações. Os setores mais humildes e esquecidos de seu país agradecem-lhe imensamente, pela primeira vez na história, o fato de ver seus sonhos de justiça social tornados realidade.
Eu disse a Hugo: "Vejo às claras que a Revolução Bolivariana poderá criar empregos em breve tempo, não só para os venezuelanos, mas também para os irmãos colombianos, povo trabalhador, que junto a vocês todos, lutou pela independência da América, cujo 40% vive na pobreza e uma parte considerável na pobreza extrema.
A respeito desses e outros assuntos, tive a honra de conversar com nosso ilustre visitante, o ícone da outra Venezuela.
18 de outubro de 2011
ONTEM falei da Venezuela aliada ao império, onde Luis Posada Carriles e Orlando Bosch organizaram a brutal sabotagem a uma aeronave em pleno voo da Cubana de Aviação, que causou a morte e o desaparecimento de todos os passageiros, inclusive do time júnior de esgrima, que conquistou todas as medalhas de ouro no Campeonato Centro-Americano e do Caribe, do qual esse país foi sede, e que hoje, quando têm lugar os Jogos Pan-Americanos em Guadalajara, são recordados com mágoa.
Não era a Venezuela de Rómulo Gallegos e Andrés Eloy Blanco, mas a do trânsfuga, traidor e venenoso Rómulo Betancourt, invejoso da Revolução Cubana, aliado ao imperialismo, que tanto cooperou com as agressões a nossa Pátria. Depois de Miami, aquela propriedade petroleira dos Estados Unidos foi o principal centro da contrarrevolução contra Cuba; cabe a ele, perante a história, uma parte importante da aventura imperialista na Baía dos Porcos, do bloqueio econômico e dos crimes contra nosso povo. Dessa maneira, deu-se início à era tenebrosa, finalizada no dia em que Hugo Chávez jurou o cargo sobre a "moribunda constituição" que o ex-presidente Rafael Caldera sustinha em suas mãos tremebundas.
Haviam já decorrido 40 anos depois da vitória da Revolução Cubana e mais de um século de saque ianque do petróleo, das riquezas naturais e do suor dos venezuelanos. Muitos deles morreram em meio à ignorância e à miséria, impostas pelas canhoneiras dos Estados Unidos e da Europa!
Felizmente, existe a outra Venezuela, a de Bolívar e Miranda, a de Sucre e uma legião de líderes e pensadores brilhantes que foram capazes de conceber a grande pátria latino-americana, da qual sentimos que fazemos parte e, pela qual, resistimos mais de meio século de agressões e bloqueios.
"... impedir a tempo com a independência de Cuba que os Estados Unidos se estendam pelas Antilhas e caiam, com essa força a mais, sobre nossas terras da América. Tudo quanto fiz até hoje, e farei, é para isso", revelou o Apóstolo de nossa independência, José Martí, na véspera de sua morte em combate.
Precisamente nestes dias, encontra-se entre nós Hugo Chávez, como quem visita um pedaço da grande pátria latino-americana e caribenha, concebida por Simón Bolívar; ele compreende melhor que o resto o princípio martiano de que "... o que ele não terminou de fazer, está ainda sem fazer até hoje: porque Bolívar tem ainda muita coisa que fazer na América".
Conversei longamente com ele ontem e hoje. Expliquei-lhe com o afã que dedico as energias que me restam aos sonhos de um mundo melhor e mais justo.
Não é difícil partilhar sonhos com o líder bolivariano, quando o império mostra já os sintomas inequívocos de uma doença terminal.
Salvar a humanidade de um desastre irreversível pode simplesmente depender da burrice de qualquer presidente medíocre, dos que dirigiram nas décadas mais recentes esse império e, inclusive, dalgum dos cada vez mais poderosos chefes do complexo militar industrial que rege os destinos desse país.
Nações amigas, com crescente peso na economia mundial por seus avanços econômicos e tecnológicos e como membros permanentes do Conselho de Segurança, como a República Popular da China e a Federação Russa, junto aos povos do chamado Terceiro Mundo, na Ásia, África e América Latina, poderiam atingir esse objetivo. Os povos das nações desenvolvidas e ricas, cada vez mais espoliados por suas próprias oligarquias financeiras, começam a desempenhar seu papel nessa batalha pela sobrevivência humana.
Entretanto, o povo bolivariano da Venezuela se organiza e se junta para enfrentar e derrotar a nojenta oligarquia a serviço do império, que pretende galgar novamente o poder nesse país.
A Venezuela, por seu extraordinário desenvolvimento educacional, cultural, social, seus enormes recursos energéticos e naturais, deverá ser um modelo revolucionário para o mundo.
Chávez, que surgiu das fileiras do Exército Venezuelano, é metódico e incansável. Eu venho observando-o há 17 anos, desde que visitou Cuba pela primeira vez. Ele é uma pessoa muito humanitária e respeitosa da Lei; jamais tentou fazer a ninguém alvo de retaliações. Os setores mais humildes e esquecidos de seu país agradecem-lhe imensamente, pela primeira vez na história, o fato de ver seus sonhos de justiça social tornados realidade.
Eu disse a Hugo: "Vejo às claras que a Revolução Bolivariana poderá criar empregos em breve tempo, não só para os venezuelanos, mas também para os irmãos colombianos, povo trabalhador, que junto a vocês todos, lutou pela independência da América, cujo 40% vive na pobreza e uma parte considerável na pobreza extrema.
A respeito desses e outros assuntos, tive a honra de conversar com nosso ilustre visitante, o ícone da outra Venezuela.
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