OS SENADORES QUEREM ACABAR COM A TV BRASIL
A cada dia nós ouvimos novas notícias da defesa intransigente dos fundamentalistas-religiosos no processo político brasileiro. Eles vêm interferindo, reivindicando privilégios e assumindo o controle de uma parte da mídia, com o firme propósito de chegar ao poder. Para isso acontecer precisam converter os desesperados, os fracos e a maioria dos trabalhadores deste país, na fé de dias melhores, a esperança dos milhões em vida ou a salvação eterna e nestas divagações ocultas continuam se enriquecendo e se promovendo a custa do trabalho e da ignorância deste povo.
É preciso lembrar aos senadores que a Arquidiocese do Rio de Janeiro tem um órgão de mídia próprio, a Rádio Catedral. A Santa Missa continua sendo transmitida em todas as manhãs de domingo pela Rede Globo. As confissões evangélicas, nem se fala: quase todos têm espaços alugados em emissoras privadas, e não custa nada lembrar da Rede Record (propriedade da Igreja Universal do Reino de Deus) e da Nossa TV (canal de TV a cabo da Igreja Internacional da Graça de Deus).
Pra que querem mais espaço na mídia? Se a ideia é dar espaço às religiões, que tal conceder espaço às que nunca o tiveram? Alguém já viu um programa de rádio ou TV das religiões afro-brasileiras? Da umbanda, macumba ou candomblé?
Senhores senadores: a TV Brasil, que os senhores querem transformar em um templo religioso, pertence ao estado brasileiro e o estado é laico como diz a constituição:
"Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;"
Mas o que são a Constituição Federal e as leis do Estado laico para os fundamentalistas de todas as religiões, que querem transformar o Brasil num Estado teocrático, regido pelos ditames da SUA religião? (O duro vai ser: qual destas religiões será a mandatária num Estado teocrático, a católica ou a evangélica? Os primeiros ainda sonham com a volta da situação dos tempos do Império e da Constituição de 1934, onde eram a religião oficial do Estado. Mas os segundos estão agindo de modo mais agressivo, e podem surpreender nesta disputa. Noites de São Bartolomeu à vista?)
É como disse um cineasta em uma lista de discussão: - O que mais me surpreende, contudo, é quem participa desta lambança fundamentalista. Que o senador da Igreja Universal Marcelo Crivella entre nisso é compreensível. Mas um homem que eu achava de esquerda como Lindbergh Farofa, digo, Farias (e do PT, porra!) entrar nisso? Que decepção!... Já sei em quem eu não vou votar mais...
A cada dia nós ouvimos novas notícias da defesa intransigente dos fundamentalistas-religiosos no processo político brasileiro. Eles vêm interferindo, reivindicando privilégios e assumindo o controle de uma parte da mídia, com o firme propósito de chegar ao poder. Para isso acontecer precisam converter os desesperados, os fracos e a maioria dos trabalhadores deste país, na fé de dias melhores, a esperança dos milhões em vida ou a salvação eterna e nestas divagações ocultas continuam se enriquecendo e se promovendo a custa do trabalho e da ignorância deste povo.
É preciso lembrar aos senadores que a Arquidiocese do Rio de Janeiro tem um órgão de mídia próprio, a Rádio Catedral. A Santa Missa continua sendo transmitida em todas as manhãs de domingo pela Rede Globo. As confissões evangélicas, nem se fala: quase todos têm espaços alugados em emissoras privadas, e não custa nada lembrar da Rede Record (propriedade da Igreja Universal do Reino de Deus) e da Nossa TV (canal de TV a cabo da Igreja Internacional da Graça de Deus).
Pra que querem mais espaço na mídia? Se a ideia é dar espaço às religiões, que tal conceder espaço às que nunca o tiveram? Alguém já viu um programa de rádio ou TV das religiões afro-brasileiras? Da umbanda, macumba ou candomblé?
Senhores senadores: a TV Brasil, que os senhores querem transformar em um templo religioso, pertence ao estado brasileiro e o estado é laico como diz a constituição:
"Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;"
Mas o que são a Constituição Federal e as leis do Estado laico para os fundamentalistas de todas as religiões, que querem transformar o Brasil num Estado teocrático, regido pelos ditames da SUA religião? (O duro vai ser: qual destas religiões será a mandatária num Estado teocrático, a católica ou a evangélica? Os primeiros ainda sonham com a volta da situação dos tempos do Império e da Constituição de 1934, onde eram a religião oficial do Estado. Mas os segundos estão agindo de modo mais agressivo, e podem surpreender nesta disputa. Noites de São Bartolomeu à vista?)
É como disse um cineasta em uma lista de discussão: - O que mais me surpreende, contudo, é quem participa desta lambança fundamentalista. Que o senador da Igreja Universal Marcelo Crivella entre nisso é compreensível. Mas um homem que eu achava de esquerda como Lindbergh Farofa, digo, Farias (e do PT, porra!) entrar nisso? Que decepção!... Já sei em quem eu não vou votar mais...
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