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domingo, 1 de maio de 2011
UM SANTO GUERREIRO
Outro dia estava no Rio de Janeiro, no bairro do Leme, levando ao correio uma correspondência para Cinemateca Brasileira com dois dos meus filmes “Janela do Caos”, sobre o poeta Murilo Mendes e “Eu e os Anjos”, sobre o poeta Augusto dos Anjos, que serão exibidos em uma próxima programação da cinemateca sobre a poesia brasileira. Caminhava pela Avenida Princesa Isabel quando avistei, ao lado de uma banca de jornal, uma inconfundível figura da cultura cinematográfica brasileira, um ícone das melhores cabeças da minha geração, um rebelde e incansável guerreiro a quem sempre nutri uma singular admiração. Quando o vi parado, me olhando de esgueiro como se estivesse em dúvida de quem era eu, não me contive, levantei os braços, aumentei os passos e fui me aproximando cheio de admiração dizendo: Sérgio Santeiro! Coincidência para os tolos; para nós a história. Ele abriu um sorriso de um irmão saudoso e nos abraçamos carinhosamente. Passamos a tarde toda de sol conversando, rindo e relembrando dos acontecimentos que marcaram nossas vidas, acariciados pela brisa fresca do outono carioca, sentados em um bar a beira mar, onde bebemos muitos chopes, varias bagaceira e comemos uma bandeja repleta de pedaços de peixe apimentados, sempre muito bem servidos por amigos garçons e garçonetes. Estávamos à vontade e felizes.Sentamos do lado de fora aonde podíamos fumar. O lugar estava repleto de belas mulheres que entravam e saiam fogosas chamando a atenção do meu velho e querido amigo. Penso comigo: Mando dois grandes poetas para São Paulo e me encontro casualmente com outro, ao vivo, nas Ruas do Rio de Janeiro. Pode haver maior prazer para um artista? Salve meu poeta Santeiro! Foi uma alegria passar o dia ao seu lado.
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