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terça-feira, 22 de junho de 2010

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Bilhete a um cineasta canalha. Olha! Canalha. Você é um sujeito provocante, USA as palavras de uma forma estranha, tentando rebuscar no texto irônico a paranóia do nada... do nada ver, do que não está com nada, do que realmente nada interessa, pelo simples prazer de se achar o máximo... e nada mais. A quem interessa essa tal de filme comigo? Aos que fazem do cinema um filme barato? Aos que querem fazer um negocinho? Ou aos burrocratas da arte? - "Naquelas mãos só passaram papéis" - Volumes de documentos, papéis, fotografias, exigências, nada consta, folha corrida, etc., burrocracia - a cada dia aumenta mais, dificultando o artista, sempre que possível, fazer cinema. Agora mais uma? Se um empresário quer fazer uma filme sei lá o quê, tudo bem! Será um bom negócio? Sei lá! Mas prefeitura, erário, governo, erário, presidência, erário, criar regras do que pode, do que não pode. Só mais papéis, é demais, sou contra.
Mas, em verdade, nada disso me interessa. O que me interessa é a lei do curta, a criação dos cinemas digitais, a reformulação das leis de incentivo, a conquista das tevês públicas, a conquista das salas de exibição estrangeiras pelo cinema brasileiro e muitas coisas mais.
Eu não ia entrar nesse papo, mas, quando o canalha é pouco gentil com uma linda mulher, inteligente, sensível, produtora, excelente atriz mineira, que expressava com razão os seus justificados temores e estando sintonizado nas suas reflexões, me sinto no direito de entrar nessa batalha de letras com um único e irônico parágrafo.
O pensamento conservador, quando quer ser engraçado, fala por ironia o que não sabe explicar, simplesmente por se achar melhor e querer ridicularizar o outro, vende a sua arte e tal qual perfume barato jogado em uma rica penteadeira de cristal, bem cafona, lambuza o rosto refletindo o seu saber no contra mão da sua história.

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