O PAPA
"O
perdão é sempre fácil de conceder, o mais difícil é ter coragem de
pedi-lo."
Morrison West
Eu acredito que qualquer igreja precisa de um dirigente
competente, de um homem forte, que administre todo o poder de “Deus” aqui na
terra.
De todas as igrejas a católica é a que mais acumulou
riquezas, pois sempre esteve aliada aos poderosos e aos interesses do estado,
sejam eles quais fossem nos últimos dois mil e treze anos de muita guerra e
pouca paz no mundo da fé.
Se uma igreja nova, como a Universal do Bispo Macedo,
acumulou tão grande quantidade de poder, em tão pouco tempo, pode-se imaginar o
quão grande e opulento é o poder do Deus católico de Roma.
Posso dizer que ali, em Roma, os interesses ocultos em cada
concílio são de vida ou de morte – de vida, aonde não se admite a desobediência
das suas tradições seculares ou de morte, como constatação da dúvida por seus
valores maiores. O Rei está morto. Viva o Rei.
A igreja de Roma é dominada pelas forças mais retrógadas e
egoístas que existem hoje na terra, é sem dúvida a mais conservadora de todas
as outras que querem existir e competir com ela em nome de um deus homem.
Esquecem que também são homens sem serem deuses e cometem os
mesmos erros de todos os mortais.
Vamos trocar as máscaras, mas permaneceremos os mesmos
animais famintos – uns de poder - outros de saber e outros, mais ainda, de
comer os que têm pela frente.
Não creio em nenhuma igreja; em nenhum partido político; em
nenhuma fé que derruba montanhas, mas acredito indubitavelmente no ser humano e
em sua transformação histórica por força das revoluções que se sucedem no caos
de cada um de nós.
Pela coragem de pedir o perdão de seus seguidores o
intelectual Joseph Ratzinge torna-se Francisco e esse mistério representa um
belo exemplo de transformação em nossa conturbada contemporaneidade e só isso
já me basta para despertar em mim a força de uma revolução se processando na
história de uma igreja que traz consigo mais de um bilhão de almas perdidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário