NA MEMÓRIA
O antropólogo, poeta e escritor Nunes Pereira (Moronguêtá, Baíra, Panorama da Alimentação Indígena, A Casa das Minas, etc.), meu dileto amigo, me confidenciou um poema popular do Maranhão que dialoga com a graça desta minha caricatura que recebi de um artista amigo.
Na tribo dos jurupicaris
Disse o tuxaua sacana a sua discípula pudica:
- Tenho verdadeira adoração por sua bunda...
Bunda paz e troféu.
Bunda que uma paixão me inunda
E se estou de chapéu, tiro o chapéu.
Bunda, eu terei de ti profundas queixas
Se não deixares a minha triste pomba
Desvirginar as suas rosais bochechas...
E o poema segue, só que eu não me lembro do resto...
O antropólogo, poeta e escritor Nunes Pereira (Moronguêtá, Baíra, Panorama da Alimentação Indígena, A Casa das Minas, etc.), meu dileto amigo, me confidenciou um poema popular do Maranhão que dialoga com a graça desta minha caricatura que recebi de um artista amigo.
Na tribo dos jurupicaris
Disse o tuxaua sacana a sua discípula pudica:
- Tenho verdadeira adoração por sua bunda...
Bunda paz e troféu.
Bunda que uma paixão me inunda
E se estou de chapéu, tiro o chapéu.
Bunda, eu terei de ti profundas queixas
Se não deixares a minha triste pomba
Desvirginar as suas rosais bochechas...
E o poema segue, só que eu não me lembro do resto...
Um comentário:
estavamos conversando no bar do arnaudo, em santa tereza, sobre o baiano gregorio de matos, e entre goles de cerveja lembrei do poeta paraense bruno de menezes, não por acaso, seu amigo:
tenho adoração por tua bunda
bunda paz e trofeu
bunda, que ao ver-te
uma paixão me inunda
e se estou de chapéu, tiro o chapéu
bunda terei de ti profundas queixas
se não deixares que esta pobre pomba
durma entre estas virginais bochechas
Bruno de Menezes
Filmando
Ó figurinha de cinema!
Passaste,
em ondas de "organdy",
esvoaçante e serpentina.
Os braços nus, em gestos de haste,
a boca rubra e tão pequena
que nunca vi
mais pequenina.
Meu jarro ideal de Becerril...
E o teu olhar...
Ó minha "girl", loura e risonha!
Queres um rei? Sou Boabdil!...
Dou-te um riquíssimo alcaçar,
dou-te a Avenida do Bolonha!
Publicado no livro Bailado Lunar: versos (1924). Poema integrante da série Ba-ta-clan.
In: MENEZES, Bruno de. Obras completas. Belém: Secretaria de Estado da Cultura, 1993. v.1, p.83. (Lendo o Pará, 14
teremos que garimpar para descobrir em que livro foi publicada
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