Foto de Jose Vieira em Búzios
Este Mundo É Um Hospício
A esquerda ganhou o poder no Brasil.
É claro que o império do Tigre de papel não abandonaria a presa tão facilmente.
Por mais paradoxal que seja, aqueles que conquistaram belicamente a liberdade, derrotando com a aliança dos países aliados os exércitos nazifascistas, a maior expressão ideológica de direita radical na história, bandearam-se e depois se cooptaram e novamente se agruparam detonando a explosão nuclear no Japão, matando, em um único instante, mais do que toda a guerra.
A morte de toda uma população civil desprotegida de duas grandes cidades japonesas foi o primeiro ato da barbárie de quem se pensava que iria se dedicar a pratica da liberdade e da democracia, mas, ao avesso da história, passaram a dominar o mundo com o pensamento, o saber e a tecnologia dos derrotados. Assim, em pouco tempo, puderam criar um poder mundial de direita, muito mais forte, organizado, sofisticado e inteligente, um complexo muito mais louco do que o ariano Adolfo poderia imaginar, destinado a privilegiar os escolhidos por eles e a massacrar, de formas sutis, os seus inimigos. A última vitória da direita mundial se deu com a derrubada o regime comunista da União Soviética.
Foram sessenta e sete anos de exploração e domínio das elites financeiras, donas dos bancos, fabricantes das doenças e dos remédios, incentivador da energia suja que move o planeta e do alimento envenenado pelo agro-tóxico, são eles os donos do grande mercado mundial dos aparelhos eletrônicos, são os donos do dinheiro de papel eletrônico e das máquinas sofisticadas onde se giram milhões e milhões de números de uma bolsa que nada significa para a grande maioria, são eles que vivem como nobres e comem do que de melhor pode ser comprado e o mundo continua sofrendo de fome, ignorância, miséria, doenças e a destruição de todas as tradições que compõem a pluralidade cultural-educacional dos povos e também são eles os causadores do que é de tudo o pior, pois aqui se anuncia o inexorável nos muitos distúrbios gerados pelos grandes interesses financeiros contra fatores naturais, provocando em todo mundo um grave desequilíbrio sócio-ambiental e o prenúncio do caos.
Por tudo isso é que hoje a política é um apêndice do grande circo dos interesses financeiro que se armaram de todo poder da mídia para enganar e desacreditar àqueles que conseguem por algum tempo colocar a cabeça para respirar o ar puro da liberdade. Mas quem são essas pessoas, famílias, tão poderosas?
Não vejo mais propósito corretos nos termos: direita e esquerda. Não vejo coerência de pensamento nos partidos e aglomerações políticas que elas representam. Uma hora a direita, para dar um golpe, como foi o caso do nacional socialismo na Alemanha de 1930, passa a ser de esquerda e a esquerda, conforme os interesses, passam a ser de direita, como foi no Brasil.
Hoje eu vejo no homem de vanguarda a única chance que o mundo tem de ressurreição. Existem no mundo vários tipos de homens. O guerreiro, o pensador e o criador. Muitos são religiosos, outros não. Todos podem ser inteligentes, expertos, educados. Dependendo das circunstâncias, uns tem sorte, outros não. Mas todos são guiados pela mídia e pela informação universal, para o bem ou para o mal. Eles vivem em todos os segmentos possíveis da natureza humana, podemos notar duas vertentes de comportamentos: um é de vanguarda e o outro de retaguarda. Um quer avançar o outro quer ficar ou voltar ao que nunca foi.
Pensando em alguns aforismos que explicassem alguns pontos do que ando pensando, me deparei com alguns: “Na política a vanguarda não existe, estão todos na retaguarda. No trabalho de um medico a vanguarda é a antropofagia de todas as curas disponíveis e conhecidas em suas diversas manifestações, mas a sua retaguarda é acadêmica. Na arte a vanguarda é a rebeldia, a retaguarda pastiche. Na religião não há vanguarda, pois sua retaguarda é a fé”.
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