Na criação só a antropofagia nos une, mas não é preciso comer o outro, é sim preciso não deixar ser comido. Cada país tem de preservar a sua cultura da voracidade com que o estrangeiro impõe a sua língua, o seu meio, a sua mensagem, sua visão e seus sentimentos sociais, que são totalmente distantes de nossas raízes e tradições. Almoçá-los antes de eles nos jantar. Devorá-los se for preciso. A criação tem de ser voraz e verdadeira. Não se importa e nem se exporta maciçamente as verdadeiras obras de arte de um país. Todos querem conservar as suas. Nós aqui temos que conservar as nossas. É preciso de imediato proteger a nossa melhor arte e deixar de se importar (com) o lixo estrangeiro. Já engolimos tudo que nos impuseram. Chegou a hora de vomitar. Mas isso, como tudo, passa. Vamos renascer mais fortes, só a grande arte sobrevive ao dilúvio e a babel. Por isso viva o teatro oficina livre e transformador. Viva o cinema de arte, a música experimental, a poesia pau-brasil. Viva as festas e os cancioneiros populares. Viva o chorinho, o baião e o samba. Viva a literatura de cordel. Viva a internet e a tecnologia da vanguarda. Viva o futuro moderníssimo discutindo o saber cultural do planeta nas universidades livres. Prevejo que um dia todos os internautas interessados estarão interligados na Grande Rede do Saber, repletos de gênios versados em todas as matérias, em todas as ciências do saber e da arte, onde tudo é discutido, informado, sabido e passado, um a um, por todas as formas e meios. Esta rede, totalmente diferente de um facebook, ainda está para ser criada. Pode ser construída por pessoas que falam e lêem o português, que vivem de norte a sul do país, nos mais sombrios recantos do planeta, esta universidade livre e de vanguarda cultural, antropófaga, bem que poderia nascer por aqui.
Militante inicia greve de fome acorrentado em frente à sede da Globo contra a criminalização de Pinheirinho
Militante inicia greve de fome acorrentado em frente à sede da Globo contra a criminalização de Pinheirinho
janeiro 30, 2012
Pedro Rios acorrentado em frente à central de jornalismo da rede Globo no bairro Jardim Botânico, Rio de Janeiro.
O militante Pedro Rios Leão, que esteve em Pinheirinho colhendo depoimentos dos moradores e registrando (veja o filme) as atrocidades cometidas pela PM de São Paulo e pela Guarda Municipal de São José dos Campos, iniciou neste domingo uma greve de fome em protesto contra a cobertura injusta que a rede Globo e a mídia deram ao caso. Em sua página no facebook, Pedro anunciou:‘Amigos entusiastas da ação direta: eu não aguento mais saber que existe uma cidade sitiada, com assassinos no comando, e ficar em casa e ninguém falar nada. Chamem de estresse pós traumático mas eu decidi me algemar por uma semana na frente da rede globo sem comer. Já que eu não me sinto seguro indo para São José. Vou radicalizar no Rio. A denúncia está sendo traduzida e veiculada internacionalmente. Pinheirinho depende de vocês. Lembre-se: Não curta! Compartilhe! - Espero que os jornalistas desse país (que eu sei que tem internet) em algum momento pensem ‘pô, aquele maluco lá fazendo greve de fome e eu calado em assassinato de criança por causa do meu emprego. Eu acredito no amor, no povo, no ser humano e na bondade. Estou me preparando psicologicamente para o protesto e vou abandonar o ambiente virtual. Deixo aqui dois relatos, que carregam a minha alma, enquanto o meu corpo estiver na Rua Lopes Quintas velando pelas crianças de Pinheirinho. manifesto na cinelândia. Assista o documentário curta-metragem “Eu queria matar a presidenta: depoimentos da guerra civil brasileira” filmado por Pedro Rios em Pinheirinho.
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