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sábado, 5 de fevereiro de 2011

SCIEN

A Filtragem do Conhecimento

Este é um aspecto fundamental da ciência e da natureza humana. As pessoas tendem a ocultar aquilo que não se encaixa. E na ciência, as descobertas que não se encaixam no modelo padrão, tendem a ser eliminadas. Não são ensinadas ou discutidas. “Mesmo as pessoas que têm conhecimentos científicos não sabem nada sobre isso.

No livro “Arqueologia Proibida”, os cientistas Richard Thompson e Michael Cremo, mostram o que acontece com provas que contradizem as regras. “Durante os últimos 150 anos os arqueólogos e antropólogos ocultaram quase todas as provas de suas descobertas”
O que estamos falando, por exemplo, foi demonstrado em Hyatlico, no México, em 1996, quando a arqueóloga Jean Steen Mackintyre ameaçou desmentir a teoria de que a humanidade é relativamente nova na Terra. No México ela descobriu ferramentas de pedras e ossos humanos e os submeteu a uma bateria de exames, que apontou 250.000 anos. Isso lhe arruinou a carreira por completo. “Pensávamos que era um sítio antigo em 1966. Talvez um sítio de 20 mil anos atrás, e naquela época isso foi considerado muito exagerado. Quando calculamos a data usando muitos métodos, concluímos que era um sítio de 250 mil anos. Eu ficaria feliz com esta data. Teria feito a minha carreira. Mas fui bastante ingênua e pensei: Vou continuar com esta data, temos a informação e os fatos. Vamos trabalhar a partir dos fatos. Não imaginava que isso arruinaria minha carreira”, disse ela em uma entrevista para um documentário no Discovery Channel. Todas as oportunidades profissionais se frustraram. O sítio foi fechado e foi negada a permissão para investigações.

O que aconteceu com a arqueóloga, aplica-se a outros ramos da ciência e também da arte. Tem coisas para serem lembradas e coisas que devem ser esquecidas. Tudo que estiver fora do sistema imposto ao homem através da história escrita e contada, tudo que é novo, na concepção e na forma do saber e do fazer, se, apesar de tudo, conseguir existir, deve ser afastado pelo filtro do conhecimento e eliminado da memória e da história. Até os ditos mais inteligentes muitas vezes são enganados por informações trucadas e/ou escondidas. Quanto maior o número de homens desinformados, mais fácil se exerce o poder, e isso é tão antigo.

O povo é desinformado pela cultura do favorecimento e do medo. Bastou descobrir, inventar, criar, alguma coisa que contradiga o estabelecido, seja a mais nova ou as mais antigas das inspirações, que logo surgem os patrulheiros positivistas da ordem, da moral e do bom costume, para arrumar um jeito de esconder a novidade.

Todos deveriam se libertar das amarras dos néscios, dos que atropelam a verdade, dos que querem um mundo egoísta e desnaturado. Dos que enterram tesouros e descobertas essenciais ao desenvolvimento humano. Dos que se ocultam nas cavernas do saber. As cavernas possuem valores ligados aos sonhos, aos estímulos da imaginação oprimida, amores ocultos, lugar de mistérios, descobertas, câmara secreta, ou mesmo moradia.

Na produção cinematográfica esse simbolismo é potencializado e é oferecido ao espectador de forma mais definitiva ou não, de acordo com a visão do autor/roteirista, do diretor, sofrendo por vezes influências também dos produtores ou patrocinadores. Os exemplos são muitos, basta pesquisarem na internet que nós vamos encontrar o que se quer escondido da maioria das pessoas comuns.

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