ABAIXO TEXTOS - CRÍTICAS - ENSAIOS - CONTOS - ROTEIROS CURTOS - REFLEXÕES - FOTOS - DESENHOS - PINTURAS - NOTÍCIAS

Translate

domingo, 6 de fevereiro de 2011

ATLÂNTIDA (FINAL)


Documentário produzido pela BBC onde o escritor e pesquisador Grahan Hancock é contestado sobre os seus livros onde ele afirma o mito de Atlântida.
http://www.youtube.com/watch?v=C8qm2-V9RvQ
Se a Atlântida tem seu rastro mais remoto nas palavras de um filósofo, a Lemúria contou com a ciência para ser divulgada. Esse continente situava-se – dependendo da opinião – no leste da África, no Oceano Pacífico ou até além das suas margens, invadindo áreas hoje ocupadas pela Ásia e pelas Américas. A origem de seu nome está nos lêmures, primatas espalhados pelo hemisfério norte há cerca de 50 milhões de anos e hoje encontrados no sudeste da África, sul da Índia e Malásia.
O cientista Slater, em meados do séc. XIX havia ficado estupefato ao descobrir que um grupo de primatas, os lêmures, habitavam tanto em Madagascar como na Malásia. Dado que era impossível que estes monos tivessem atravessado o oceano índico a nado, se fazia obrigado a pensar que, em algum momento indeterminado da história, ambas as regiões haviam estado unidas. Foram muitos aqueles que a partir desta teoria, rebatizaram a Mu com o nome de Lemuria, em honra destes animais tão viajantes. Darwin sentiu-se ditoso de saber que o berço do mundo levava nome de um macaco.
O primeiro a propor a existência da Lemúria foi um zoólogo da Royal Society, Philip Schlater. Para justificar sua posição, ele listou indícios geológicos e botânicos de 22 espécies de fósseis encontradas tanto no litoral da África do Sul quanto no sul da Índia.
Nomes ilustres do meio científico, como o biólogo evolucionista Thomas Huxley e o naturalista Alfred Russell Wallace, apoiaram Schlater. Ernst Haeckel, divulgador da teoria darwinista na Alemanha, não só aprovou a idéia da Lemúria, como colocou ali o “provável berço da raça humana, que com toda a probabilidade ali se desenvolveu a partir de macacos antropóides”.
O endosso acadêmico foi ampliado por antropólogos e religiosos partidários da tese de que a humanidade se espalhara pelo mundo a partir de um único ponto. Daí ao tema chegar – como no caso da Atlântida – ao terreno do ocultismo foi um passo curto.
Uma cultura superior teria florescido na Terra desde há 100.000 anos até há 25.000, ainda que alguns a estendam até os 12.000, incluindo a Atlântida como pertencente à mesma?
Em meados do século 19, animais e vegetais de características semelhantes localizados em locais tão distantes, como era o caso das lêmures, favoreciam a hipótese de que em tempos remotos havia uma massa de terra pela qual ocorreu todo o trânsito dessas espécies. O primeiro a propor a existência da Lemúria foi um zoólogo da Royal Society, Philip Schlater. Para justificar sua posição, ele listou indícios geológicos e botânicos de 22 espécies de fósseis encontradas tanto no litoral da África do Sul quanto no sul da Índia.
Nomes ilustres do meio científico, como o biólogo evolucionista Thomas Huxley e o naturalista Alfred Russell Wallace, apoiaram Schlater. Ernst Haeckel, divulgador da teoria darwinista na Alemanha, não só aprovou a idéia da Lemúria, como colocou ali o “provável berço da raça humana, que com toda a probabilidade ali se desenvolveu a partir de macacos antropóides”.
O tema não despertou maior atenção até a Renascença, época em que as navegações oceânicas e referências enigmáticas sobre outros povos nas tradições de culturas nativas americanas deram novo fôlego às especulações.
Dois sacerdotes católicos, o bispo espanhol Diego de Landa e o abade francês Charles de Bounbourg, ajudaram a reforçar o mito atlante.
Atlântida então entrou no limbo do esquecimento do conhecimento ocidental por centenas de anos até ter seu mito resgatado pelo editor e ex-congressista americano Ignatius Donnelly em dois livros do fim do século XIX, “Atlantis, the Antidiluvian World”, de 1882 e “Ragnarok: The Age of Fire and Gravel”, de 1883. O primeiro se tornou um estrondoso sucesso de vendas, com mais de 50 edições lançadas até meados do século passado, a obra apresentava a Atlântida como “o Jardim do Éden”, o “foco das tradições das antigas nações” e “a memória universal de uma grande terra, na qual a primeira espécie humana desfrutara dias de paz e felicidade”. Donnelly recorreu não apenas aos “documentos” de Landa e Bounbourg, como também recolheu registros de praticamente todas as civilizações antigas, dos maias e índios americanos aos egípcios e fenícios. Seus equívocos são nítidos, mas despertou o interesse pelo tema.
Supõe-se que esse antepassado humano vivia em Atlântida, e tinha o cérebro 30% maior. Enquanto o cérebro do homem moderno tem entre 1200 e 1300 centímetros cúbicos, o homem de Cro-Magnon, que apareceu na Europa há 60 mil anos A.C., tinha 1600 cm cúbicos. Segundo o estudioso, essa espécie viveu até uns 10 mil anos A.C.
Os teóricos da Atlântida argumentam que os historiadores, arqueólogos, e demais pesquisadores tentam esconder a verdade com medo de ter que reescrever toda a história antiga, rever conceitos oficialmente aceitos. Mas eles não explicam como foram construídas as pirâmides, como existiram inúmeros artefatos e achados arqueológicos encontrados na Ásia, África e América e inter-relacionados.
Deuses como Osíris, Viracocha e Quetzacoatl poderiam ter sido pessoas que vieram de longe? Sobreviventes de um dilúvio que destruiu seus lares e civilizações?
Mas há outra evidência. Existem velhos mapas revelando que antigos navegadores tinham um conhecimento sobre o globo que nunca foi explicado.
Mas ainda existe mais? A cada ano pode contemplar-se um grande grupo de aves que se dirigem em formação ao centro do oceano Atlântico e que revoam desesperadamente por cima das águas, como querendo pousar sobre elas. Seu instinto as levou ali. O mesmo acontece com outros animais, como os lemines, um pequeno grupo de roedores escandinavos que periodicamente, a cada três anos e meio, quando sua população cresce excessivamente, eles atravessam o país até chegar ao mar, nadando para o oeste, para ir em manada morrer no centro do Atlântico. Lendas locais afirmam que os lemos tentam nadar para uma terra que existia a oeste, onde havia comida em abundância. Pássaros migratórios que cruzam o oceano da Europa para a América do Sul, quando se aproximam dos Açores, começam a voar em círculos concêntricos, como se procurassem uma terra onde estivessem acostumados a pousar para descansar e se alimentar. Não a encontrando, seguem viajem. Isso também acontece na viajem de volta.
Existem na Bretanha antiqüíssimas “avenidas” de menires as quais descem pelo litoral do Atlântico e continuam sob o mar? Alguns estudiosos acreditam que estas devam levar à cidades gaulesas que agora jazem sob o mar…
Ambos demonstravam um conhecimento da astronomia assustador expresso nos grandes monumentos sagrados que construíram. Apesar de não conhecerem a polia ou a roda, podiam construir usando grandes pedras muito bem encaixadas em um estilo único, com ângulos em forma de L e prensas de metal. Ambas usavam a mumificação para preservar e honrar seus mortos.
Curiosamente, os egípcios antigos eram imberbes (não possuíam pêlos faciais), mas os seus deuses eram representados com longas barbas, e os faraós, em determinados ritos, usavam uma espécie de barba decorativa. Consta que existe um registro o qual descreve uma expedição enviada por um faraó da Segunda Dinastia para descobrir o que aconteceu à Atlântida e descobrir se ainda restara alguma coisa. Segundo o que pode ser levantado, a expedição voltou cinco anos depois, sem cumprir a missão.
O famoso continente submerso tornou-se conhecido por muitos nomes legendários – tais como Campos Elísios, pelos gregos; Campos dos Papiros (Sekhet Aaru), pelos Egípcios; Aztlan, pelos Maias; Rutas, pelos Hindus. Da mesma maneira, o Paraíso, local onde várias civilizações dizem ser a origem dos deuses, era Atlântida.
Na tradição oral de muitos povos antigos, nos relatos de textos bíblicos, em documentos toltecas e nos anais da doutrina secreta, existem coincidências que nos fazem crer que outrora existiu um continente no meio do Oceano Atlântico, que um dia foi tragado pelas águas revoltas.
O grego Kantor relata uma visita ao Egito, onde ele viu uma coluna de mármore com hieróglifos sobre a Atlântida.
O historiador grego Ammianus Marcellinus escreveu sobre a destruição da Atlântida.
O historiador grego Timagenus escreveu sobre a Guerra entre a Atlântida e a Europa e disse que as tribos da antiga França diziam que ela era seu lar original.
Theopompos, um historiador grego, escreveu sobre o enorme tamanho da Atlântida e suas cidades de Machimum e Eusebius e sobre uma idade de ouro, sem doenças e sem trabalhos manuais.
Os bascos da Espanha, os guals da França, as tribos das Ilhas Canárias e dos Açores, uma tribo na Holanda e dezenas de tribos indígenas, todas falam de suas origens em uma grande perdida e submersa terra atlântica.
Os irlandeses tinham tanta certeza da existência da “Ilha de São Brendan” (como era chamada por eles), que foram realizadas 6 (seis) expedições a fim de encontrá-la, além de tratados para dividi-la quando assim a fosse. E os gauleses, habitantes da antiga Gália, acreditavam que haviam sofrido invasões de um povo cuja terra natal era uma ilha a qual afundara no meio do oceano.
Uma das lendas mais antigas da Índia, conservada nos templos por tradição oral e escrita, reza que há várias centenas de mil anos, havia no Oceano Pacífico um imenso continente, que foi destruído por convulsões geológicas e cujos fragmentos podem ver-se em Madagascar, Ceilão, Sumatra, Java, Bornéu e ilhas principais da Polinésia. Segundo os Brahmanes, essa região havia alcançado um alto grau de civilização e a península do Industão, acrescida pelo deslocamento das águas na ocasião do grande cataclisma, não fez mais que continuar a cadeia das primitivas tradições originadas no mesmo continente. Essas tradições dão o nome de Rutas aos povos que habitavam o imenso continente equinocial; e de sua linguagem é que derivou o sânscrito…

Nenhum comentário: