Iracema está encostada em uma árvore no meio da mata quando, por trás, se aproxima Jaci.
Jaci:
- Iracema onde você foi? Você sabe que estamos atrasadas em nossa missão. Você não podia ter saído no barco sem a presença de Sérgio. E depois não foi a Ilha do Farol, onde eu estava te esperando. O que está acontecendo com você?
Iracema:
- Não quero mais participar desta sua vingança... Eu gostei do Henri...
Jaci:
- Foi bom você dizer a verdade, mas você não está fazendo o combinado. O dom do desaparecimento só eu possuo e eu sou o seu álibi, agora se eu desaparecer, o que poderá acontece com você?
Iracema:
- Depende do seu ponto de vista... Não gosto de ver ninguém sofrendo.
Jaci:
Iracema:
- Depende do seu ponto de vista... Não gosto de ver ninguém sofrendo.
Jaci:
- Os pontos de vista na arte da vida são diferentes ainda que eles coexistam na mesma pessoa. Todos os sofrimentos que nos cercam, é necessários sofrê-los igualmente e você já sabia disso quando viemos para cá.
Iracema:
- Eu imaginava que sabia..., hoje vejo que nada sei.
Jaci:
Iracema:
- Eu imaginava que sabia..., hoje vejo que nada sei.
Jaci:
- Do mesmo modo que a criança, através de todos os estágios da vida, se desenvolve até a velhice e até a morte, do mesmo modo nós nos desenvolvemos através de todos os sofrimentos deste mundo.
Iracema:
- Estou cansada e quero ir embora para casa.
Jaci:
- Nós terminaremos antes do dia amanhecer o que viemos até aqui fazer, não há como voltar atrás, até lá você esta presa a mim, não lhe cabe ainda o manto da liberdade.
Iracema:
- Meu corpo já não agüenta mais essa miséria de vida.
Jaci:
Iracema:
- Estou cansada e quero ir embora para casa.
Jaci:
- Nós terminaremos antes do dia amanhecer o que viemos até aqui fazer, não há como voltar atrás, até lá você esta presa a mim, não lhe cabe ainda o manto da liberdade.
Iracema:
- Meu corpo já não agüenta mais essa miséria de vida.
Jaci:
- Todos nós, não temos um corpo, mas um sofrimento crescente, e esse os conduzem através de todas as dores, seja sob que forma for até alcançarmos a redenção
Iracema:
- Não quero mais Jaci passar por isso! Não tenho mais força para interpretar esse papel...
Jaci:
- Não lhe faltam forças... Você tem é medo...
Iracema:
- Tenho sim! E ele está acabando comigo...
Jaci:
- Se não cessas o ter medo, olhando furtivamente tudo com o poder do teu olhar, fazendo crescer as raízes do horror em profundidade e em comprimento - nada te poderá deter em seu caminho sem volta para as terras do sem fim.
Iracema:
- Por vezes parece que as coisas serão assim: eu tenho tal tarefa a cumprir, disponho de tantas forças quantas são necessárias para levá-la a bom termo... Mas meu Deus! Preciso criar raízes, ter filhos, eu sou uma mulher normal. Liberdade! O que mais me resta?
Jaci:
- Em virtude, não das raízes, mas da força do teu olhar, que enche o mundo enquanto mergulha nele como uma criança no banco acolchoado de uma diligência que corre atormentada através da tempestade e da noite, nós terminaremos o nosso trabalho e ambas estaremos livres de todos os compromissos... Liberdade! Com bastante tempo teu e boa vontade minha para o trabalho, onde está o obstáculo ao êxito da nossa imensa tarefa?
Iracema:
- Mas eu gostei do Henri e ele não matou ninguém...
Jaci:
- Não percas tempo a procurá-lo, talvez ele já não exista...
Iracema se vê sozinha na floresta. O sol já se esconde quando ela volta para cidade.
Movimento de Passagem
Documentário com denúncia de corrupção comandada pelos mesmos personagens político e administrativo da cidade e seus governantes.
Iracema:
- Não quero mais Jaci passar por isso! Não tenho mais força para interpretar esse papel...
Jaci:
- Não lhe faltam forças... Você tem é medo...
Iracema:
- Tenho sim! E ele está acabando comigo...
Jaci:
- Se não cessas o ter medo, olhando furtivamente tudo com o poder do teu olhar, fazendo crescer as raízes do horror em profundidade e em comprimento - nada te poderá deter em seu caminho sem volta para as terras do sem fim.
Iracema:
- Por vezes parece que as coisas serão assim: eu tenho tal tarefa a cumprir, disponho de tantas forças quantas são necessárias para levá-la a bom termo... Mas meu Deus! Preciso criar raízes, ter filhos, eu sou uma mulher normal. Liberdade! O que mais me resta?
Jaci:
- Em virtude, não das raízes, mas da força do teu olhar, que enche o mundo enquanto mergulha nele como uma criança no banco acolchoado de uma diligência que corre atormentada através da tempestade e da noite, nós terminaremos o nosso trabalho e ambas estaremos livres de todos os compromissos... Liberdade! Com bastante tempo teu e boa vontade minha para o trabalho, onde está o obstáculo ao êxito da nossa imensa tarefa?
Iracema:
- Mas eu gostei do Henri e ele não matou ninguém...
Jaci:
- Não percas tempo a procurá-lo, talvez ele já não exista...
Iracema se vê sozinha na floresta. O sol já se esconde quando ela volta para cidade.
Movimento de Passagem
Documentário com denúncia de corrupção comandada pelos mesmos personagens político e administrativo da cidade e seus governantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário