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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

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BRASIL OCULTO


Amazonas, do tupi AMAXON, “puras, virgens, sem união sexual”; AMAXÁ, AMAXANA, AMANJÁ, IEMANJÁ – Sereias ou Nereidas (do mar), enquanto o termo XANA se refere às sereias dos lagos.

Antes de Cabral, ninguém apareceu por aqui! Era o pensamento vigente no começo dos estudos sobre as terras brasileiras...

A Pedra da Gávea, repleta de caracteres cuneiformes, entre outros megalíticos encontrados na cidade do Rio de Janeiro e em todo território nacional, refutam a tese que o descobrimento do Brasil deu-se pelos navegadores das caravelas portuguesas.

Enquanto os sábios de nossa enfatuada ciência dormiam tranqüilos sobre suas teses incontestáveis, a história que a história não conta, seguindo seu curso impavidamente, começava a instigar as mentes daqueles que não se contentam apenas com as teorias oficialmente reconhecidas.

A maior contribuição para o desvendamento do mistério viria em 1928, quando o sábio amazonense Bernardo da Silva Ramos publicou o livro Inscrições e Tradições da América Pré-Histórica, especialmente do Brasil.

Trata-se de uma obra monumental, em dois volumes e cerca de 1100 páginas, com a reprodução das inscrições encontradas de Norte a Sul de nosso país, pelo próprio Ramos e outros arqueólogos, repletas de caracteres fenícios, gregos, árabes e até chineses.

Quem poderia desautorizar um Bernardo Ramos, cognominado pelo Prof. Henrique José de Souza como o "Champollion brasileiro"? Seu trabalho sobre a Pedra da Gávea conforma o Capítulo XIV do primeiro volume de sua grandiosa obra, o maior e mais minucioso levantamento arqueológico já feito por um cientista em nosso país.

As escritas encontradas na monumental Pedra pelo eminente professor eram de origem fenícia! Mas, como? Caracteres fenícios no Brasil? Impossível! Estas eram as expressões exaltadas dos representantes da ciência oficial, para quem, antes de Cabral, nossa Terra não poderia, a bem do conforto da versão oficial, ter recebido a visita de quaisquer outros povos.

Como um cientista do porte de Bernardo Ramos não poderia ser acusado publicamente de louco ou visionário, o assunto passou, sub-repticiamente, ao longo do tempo, para o terreno das “hipóteses voluntariamente esquecidas” e o corpo científico não se sentiu mais tão ameaçado

Os fenícios eram um povo, cuja principal característica era o comércio. Eles já existiam por volta de 2000 A.C. e alcançaram o apogeu em 1020 A.C., decaindo posteriormente com as invasões dos gregos, através de Alexandre, o Grande, e dos romanos. Byblos, Sidon e Tiro foram, sucessivamente, capitais do império. Não eram guerreiros e nem pretendiam conquistar terras, mas tão somente abrir novos entrepostos comerciais, intenção que os fez tornarem-se hábeis navegadores.

Os Fenícios sempre foram um enigma até certo ponto misterioso. Constituíam uma potência que se estendia desde a costa do Líbano até o estreito de Gibraltar, e muito mais além. Habitavam as costas do Mediterrâneo, a estreita e fértil faixa localizada entre o mar e as montanhas do Líbano. Seu pequeno território, a presença de vizinhos poderosos e a existência de madeira de carvalho em abundância nas florestas de suas montanhas, excelente para a construção naval, podem ser indicados como elementos adicionais que empurraram os fenícios para a exploração dos mares. Eles visitaram com suas numerosas frotas de navios, além de toda a orla mediterrânea da Europa, a costa setentrional da África, penetraram o Mar Negro e ultrapassaram, deixando o Mediterrâneo, pelos chamados “Pilares de Hércules” (hoje Estreito de Gibraltar) alcançando a costa africana do Atlântico, para o Sul e, para o Norte, as ilhas britânicas. Navegaram pelas costas africanas e atravessaram o atlântico para visitar “o Novo Continente”. Utilizando a navegação por orientação estelar, as correntes marítimas e os ventos...

Bibliografia:

Título: Inscrições e Tradições da América Pré-Histórica, Especialmente do Brasil.
Autor: Bernardo da Silva Ramos
Edição: Imprensa Nacional, Rio de Janeiro, 1928.

Título: Cidades petrificadas e inscrições lapidares do Brasil
Autor: Tristão de Alencar Araripe
Edição: Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil. Tomo L, Rio de Janeiro, 1887.

Título: A suposta glaciação do Brasil
Autor: John Casper Branner
Edição: Revista Brasileira, Vol. VI, Rio de Janeiro, 1896


Título: Inscripções em rochedos do Brasil
Autor: John Casper Branner
Edição: Revista do Instituto Arqueológico Pernambucano. Recife, 1904

Título: O segredo das minas de prata
Autor: Pedro Calmon
Edição: Rio de Janeiro, Editora A Noite, 1950

Título: Escrita Pré-Histórica no Brasil
Autor: Alfredo Brandão

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