Ando relendo alguns livros e folheando outros. Tive uma grata surpresa ao me reencontrar com o velho amigo Nunes Pereira e reler algumas lendas do seu Decameron Indígena – “Moronguêtá” – Civilização Brasileira – 1967 – Dois volumes. Nunes Pereira escreveu também “Baíra” – 1940, “Os Índios Maués” - 1954, além do extraordinário “Panorama da Alimentação Indígena” – 1964. Ele tornou-se meu amigo e com ele convivi fraternamente até a sua morte. Nunes nasceu em São Luis do Maranhão, a 26 de junho de 1893. Quando o conheci ele já tinha feito oitenta anos e escrito importantíssimos livros para a preservação da cultura do índio brasileiro. Moronguêtá é conversa, diálogo, é a fina arte de contar histórias. E entre uma história e outra ele nos traz o lendário de várias tribos que hoje se extinguiram. Fui com ele a São Luis do Maranhão filmar A Casa das Minas, na Rua São Pantaleão, onde ele nasceu e onde iniciei o filme que faria sobre as origens do culto Vodu no Brasil... Depois de alguns anos de convivência à distância, ele reaparece em 1985, (foto) homenageado no meu filme 100% Brazileiro, mas isso já é outra história...
Nunes Pereira fala sobre sua amizade com o francês Blaise Cendrars e o movimento modernista de 22, no cenário da Oficina Goeldi em BH, durante as filmagens de "Um Filme 100%Brazileiro".
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